PIASSI, L. P. C. Contacts: Science fiction in science teaching from a sociocultural co Contacts: Science fiction in science teaching from a sociocultural co Contacts: Science fiction in science teaching from a sociocultural co Contacts: Science fiction in science teaching from a sociocultural context ntext ntext ntext. 2007. 453p. Thesis (Doctoral) -
Este trabalho, partindo da apresentação de propostas de ensino de ciências com o uso da ficção científica e fundamentando-se em referenciais dos estudos literários críticos sobre o gênero, objetiva argumentar que sua maior contribuição para a educação científica não se situa nem na precisão científica, nem na qualidade didática e nem mesmo no potencial lúdico que esse tipo de narrativa desperta. Sem desconsiderar a importância desses aspectos, mostramos que o sentido de levar a ficção científica para as aulas de ciências está nos mecanismos de produção ficcional que, por características que lhe são próprias, envolve um modo especial de raciocinar sobre o mundo natural. Tais mecanismos baseiam-se em conjecturas que promovem o chamado estranhamento cognitivo capaz de promover, nos estudantes, a problematização que pode ser o ponto de partida para uma abordagem crítica, não apenas de conceitos e leis, mas, também, de suas implicações e motivações epistemológicas e socioculturais.
Obras de ficção científica têm sido apontadas como um recurso importante para o ensino de ciências. Entretanto, mais do que um possível recurso didático para facilitar o aprendizado de ciências, a ficção científica constitui por si só uma modalidade de discurso sobre a ciência na medida em que expressa, por meio do cinema e da literatura, interesses e preocupações em torno de questões científicas presentes que influem diretamente no âmbito sociocultural. É comum, entretanto, considerar a possível qualidade didática das obras ficcionais apenas em função da suposta correção científica dos conceitos que apresenta, procedimento esse que ignora as condições de produção do discurso ficcional. Neste trabalho, propõe-se uma metodologia de análise do conteúdo de obras de ficção científica em sua relação com o conhecimento científico, que procura evidenciar, mediante elementos de análise literária e de semiótica, o processo de construção daquilo que denominamos elementos contrafactuais. Tal análise assume a obra não como um simples recurso didático, mas como um discurso regido por mecanismos ficcionais e que se vale desses mecanismos para veicular posições, ideias e debates em torno de temas científicos atuais. Como resultado, foi produzida uma categorização dos elementos construída a partir da semiótica greimasiana, empregando uma base de traços distintivos assumidos como lexemas, para a elaboração das categorias. Cada uma dessas categorias, ao representar mecanismos narrativos distintos, tem a potencialidade de uma forma de exploração diferente em termos didáticos.
Resumo: Quando se fala em usar ficção científica em aulas de física, o filme 2001: uma odisseia no espaço, dirigido por Stanley Kubrick, aparece como referência mais ou menos obrigatória. Nosso objetivo é argumentar que o interesse da comunidade de educadores em física por esse filme é consequên-cia de uma escolha narrativa de Kubrick e de Arthur Clarke, o prestigiado escritor de ficção científica que, junto com o diretor, elaborou o roteiro. Mostramos, empregando instrumentos teóricos derivados da semiótica greimasiana, que, nesse particular segmento da obra, a opção foi expressar uma determinada visão sobre o ser humano e sua relação com o mundo físico por meio da ciência. Concluímos que uma obra como a de Kubrick vai muito além de um recurso didático atraente, sendo uma referência cultural importante, uma narrativa sobre a ciência e os desejos humanos, expressos na ideologia de uma sociedade que se sustenta no conhecimento científico.Palavras-chave: Cinema. Ficção científica. Ensino de física. Exploração espacial. Semiótica. Abstract:In proposals for using science fiction in physics classes, the movie 2001: A Space Odyssey, directed by Stanley Kubrick, appears as more or less mandatory. In this paper we intend to argue that the interest of the community of physics educators about this film is the result of a narrative choice of Stanley Kubrick and Arthur C. Clarke, the renowned science fiction writer who, along with the director wrote the screenplay. We show, using theoretical tools derived from Greimasian semiotics, which in this particular segment of the movie picture, the choice was to express a particular view about humanity and its relationship with the physical world through science. We conclude that a work like Kubrick's film goes beyond the potential for a mere attractive teaching resource, being an important cultural reference on the role played by science in the socio-historical context.
Resumo: Neste trabalho pretendemos mostrar que a ficção científica pode ser trazida para o contexto da educação científica para discutir a ciência em perspectiva ampla, oferecendo conexões com o contexto social e possíveis futuros imagináveis. Para isso, realizamos um apanhado das razões dadas por autores para o uso didático do gênero, e questionamos a visão de que se trata de um simples elemento motivador de interesse. Procuramos abordar a questão do interesse trazendo as contribuições teóricas de Georges Snyders e de Paulo Freire, e, depois, apresentar a visão dos críticos especializados em ficção científica. Finalmente, articulamos ambas as perspectivas, procurando mostrar como a ficção científica possui características que justificam sua presença nas atividades educativas de ciências, com sentido efetivamente motivador, não como artifício para angariar a simpatia dos estudantes por ciência, e sim porque é capaz de apresentar questões significativas sobre as quais todos gostaríamos de nos debruçar.Palavras-chave: Ficção científica. Educação em ciências. Crítica literária. Pedagogia crítica. Abstract:In this work we intend to show that science fiction could be brought to science education to discuss science in a broad perspective, providing connections to the social context and to possible imaginable futures. For that, we made a list of reasons given by authors for the didactic use of the genre and wondered about the vision that it is a simple matter of stimulating students' interests. We tried approach the question of interest by bringing theoretical contributions from Georges Snyders and Paulo Freire, thereafter presenting the view of specialized science fiction scholars. Finally, we articulated both perspectives by showing how science fiction has features that justify its presence in science didactic activities, which have an effective sense of motivation, not as an artifice to gather sympathy from students toward science, but by being able to present meaningful questions about what all of us would like to approach.
Resumo: O objetivo deste trabalho, partindo das considerações sobre cidadania e inclusão apresentadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino de ciências, é trazer uma reflexão de tais conceitos em função de referenciais teóricos das pedagogias críticas e de estudos acadêmicos no ambiente escolar. O que se pretende mostrar são os limites relativamente estreitos das concepções apresentadas nesses documentos curriculares, concepções, muitas vezes, aceitas como guia para a transformação do ensino de ciências na direção dos interesses socioculturais dos estudantes. Partindo disso, e considerando estudos acadêmicos realizados em ambiente escolar, procuramos mostrar que a universidade pode ter um papel mais relevante na proposição de mudanças curriculares mais efetivas no sentido de atender às demandas sociais.Palavras-chave: Cidadania. Inclusão. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino de ciências. Ensino Fundamental. Abstract:In this paper we intend to perform a critical analysis of citizenship and inclusion concepts presented in the Brazilian National Curriculum Parameters (PCN) for science teaching. Such analysis will be based on theoretical references from critical pedagogies and on classroom academic research.Our intention is to demonstrate the limited character of PCN's proposals for improving both school citizenship and inclusion in science teaching from a sociocultural perspective. Based on this, and considering academic studies in school environments, we show that the university may have a greater role in proposing more effective curricular changes in order to meet social demands.
Em aulas de ciências e astronomia básicaé muito comum que os estudantes pensem que as estações do ano ocorrem por causa da variação da distância Terra-Sol. O argumento mais usado pelos professores contra essa concepçãoé o fato de as estações do ano serem invertidas nos hemisférios sul e norte. No entanto, dificilmente mostra-se aos professores e alunos a contra prova, ou seja, que se calcularmos os efeitos da variação da distância Terra-Sol na temperatura da Terra, as estações do ano, ou a diferença de temperatura média observada entre inverno e verão não podem ser explicadas. Nesse trabalho, mostramos a relação entre a temperatura na Terra e a distância de nosso planeta até o Sol. Alguns outros fatores importantes como albedo da Terra e a influência do raio e da temperatura do Sol também são discutidos. Além disso, abordamos alguns aspectos ligados a essa questão que normalmente são deixados de lado nas aulas de astronomia. Palavras-chave: ensino de astronomia, sistema solar, estações do ano, clima da Terra, radiação solar.It is very common in basic Science and Astronomy classes students imagine that seasons occur due the varying Earth-Sun distance along a year. The most common teacher's explanation against this conception is the fact that the seasons are opposite in south and north hemispheres. However, the inverse proof is rarely shown to both teachers and students, namely that the influence of the Earth-Sun distance variation in our planet temperature is much lower than actually observed. In this work, we present the relationship between Earth temperature and the distance from our planet to the Sun. Some other factors like Earth's albedo and Sun radius and temperature were also discussed. Besides, we discuss some other aspects about this problem normally not presented in astronomy classes. Keywords: astronomy teaching, solar system, seasons of the year, earth climate, sun radiation. IntroduçãoO estudo das estações do anoé um dos principais tópicos para a introdução da astronomia no ensino básico. Todas as principais civilizações que desenvolveram alguma forma de calendário e a observação mais sistemática do céu fizeram-no a partir da observação da variação climática anual. Em uma sociedade agrária, onde os ritmos de plantio e colheita são determinados pelas estações do ano, os ciclos anuais de insolação determinaram diversos aspectos da vida social, cujos resquícios hoje ainda se verificam em festas religiosas de solstícios como o Natal e São João e de equinócio como a Páscoa.Entretanto, embora o estudo das estações do ano seja um dos temas mais abordados no ensino de ciên-cias, ainda hoje verificamos entre professores [1,2] 2 Osângulos de inclinação dos eixos imaginários dos planetas são medidos em relaçãoà direção perpendicular ao seu plano orbital. Uma inclinação nula, portanto, significa que o eixo imaginário de rotaçãoé perpendicular ao plano orbital do planeta.
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