The rehabilitation process of asphalt pavements using the technique of milling and filling can cause several environmental problems due to either the disposal of the milled asphalt mix or the exploration of natural resources. One alternative to mitigate these impacts is to reuse this milled material, known as reclaimed asphalt pavement (RAP), in the construction of new pavement layers. Within the several available techniques to reuse the RAP, cold recycling using an emulsified asphalt-recycling agent has shown great potential. The aim of this study is to evaluate the application of a cold recycled asphalt mix using 100% RAP with an emulsified asphalt-recycling agent as a new pavement base course. A trial section was built employing this material as a pavement base course in a heavy traffic highway in Brazil, and its structural behavior was monitored for 12 months using a Falling Weight Deflectometer (FWD) to assess its performance over time. Furthermore, a laboratory-testing program was performed to evaluate the recycled mixture stiffness and strength through resilient modulus and indirect tensile strength tests. These tests were used to investigate the influence of the storage interval (7, 14, and 28 days) considering the time between mixing and compaction of the mixture. The effect of the curing time after compaction (1, 3, 7, 26, and 56 days) was also assessed. It was verified in laboratory and in the trial section that the stiffness increases with curing time. Furthermore, the backcalculated elastic resilient moduli indicated values in the same order of magnitude to those obtained in the laboratory tests. In addition to the laboratory test findings, it was also observed that the longer the period of storage, the higher the values of stiffness and tensile strength for short periods of curing. This behavior was not verified when longer curing periods were used. In general, the use of cold recycled asphalt mixtures as base course of new pavements proved to be a promising alternative to reuse RAP.
INTRODUÇÃOFíler mineral, ou material de enchimento, é definido como um material constituído de partículas minerais, passando pelo menos 65% na peneira de 0,075 mm de abertura de malha quadrada, provenientes não apenas dos próprios agregados empregados na mistura asfáltica, mas também de outras fontes, como pó calcário, cal hidratada, cimento Portland etc.As partículas maiores do fíler fazem parte do agregado mineral, com a função de preencher os vazios e interstícios dos agregados graúdos, promovendo o contato pontual entre as partículas maiores e dando maior resistência às misturas. Já as partículas menores do fíler se misturam com o ligante asfáltico, aumentando sua consistência e cimentando as partículas maiores, formando o mástique (Craus et al., 1978).As características do mástique influenciam o comportamento reológico, mecânico, térmico e de sensibilidade à água das misturas asfálticas. A rigidez do mástique também influencia as tensões desenvolvidas e a resistência à fadiga a temperaturas intermediárias, bem como afeta a resistência à deformação permanente da mistura asfáltica a altas temperaturas e as tensões desenvolvidas e a resistência ao trincamento a baixas temperaturas (Kim et al., 2003).As propriedades do mástique são determinadas pelo tipo e teor dos seus componentes, pelas propriedades reológicas do ligante asfáltico e pela forma e estrutura dos grãos de fí-ler. O mástique tem grande influência na estrutura da mistura asfáltica em nível micro estrutural (Tunnicliff, 1962), afetando sua trabalhabilidade, rigidez e propriedades mecâ-nicas finais.Segundo Bechara et al. (2008), a relação f/a do fíler mineral é a principal variável associada ao efeito do mástique sobre as propriedades mecânicas, determinada pela quantidade de finos na composição granulométrica da mistura asfáltica, em relação ao teor de ligante asfáltico efetivo.Os fileres, quando combinados com o ligante asfáltico, provocam alterações nas propriedades físicas e químicas dos ligantes, causadas pelas diferentes propriedades dos fileres, em função do tipo, natureza e concentração do fíler na mistura (Kavussi et al., 1997). No mástique, o ligante asfáltico manifesta sua natureza elástica, viscoelástica ou viscosa em função da temperatura ou do tempo de carregamento, enquanto o agregado mineral preserva sua natureza elástica independentemente das condições de temperatura e de carregamento (Faxina et al., 2009).A adição de fíler provoca modificações no comportamento reológico do mástique asfáltico, com o aumento do módulo complexo e redução do ângulo de fase. Os efeitos são mais significativos e favoráveis em temperaturas altas, aumentando a rigidez do ligante, que tem módulo complexo menor nessa faixa de temperatura. Porém, a baixas temperaturas, o fíler aumenta ainda mais a rigidez do ligante asfáltico, com redução da capacidade de relaxar tensões. A adição de fíler mineral ao ligante asfáltico provoca um au- Resumo: Este trabalho avalia a influência do fíler mineral e do tipo de ligante no comportamento reológico de mástiques asfálti...
A deformação permanente é um dos defeitos mais comuns que ocorrem em pavimentos asfálticos brasileiros, reduzindo o conforto ao rolamento, a segurança do usuário, e aumentando custos operacionais. O presente trabalho tem como objetivo principal investigar um trecho monitorado (300 metros) da BR-222, localizado no Estado do Ceará, e um trecho monitorado da BR-116, no Estado de São Paulo. Para tanto, verificou-se o comportamento das misturas asfálticas adotadas nessas rodovias, tanto em laboratório por meio dos ensaios uniaxial de carga repetida e <em>Triaxial Stress Sweep</em> (TSS), como em campo por meio da verificação do afundamento de trilha de roda. A mistura cearense foi dosada pelo método Marshall e foi utilizado o CAP 50/70 da Lubnor. A mistura paulista foi dosada pela metodologia Superpave e foi utilizado o CAP 30/45 da Replan. Os resultados apontam que, em campo, quatro meses após liberação do trecho, a mistura asfáltica do Ceará apresentou afundamentos de trilha de roda. Em laboratório, a mesma mistura também se mostrou frágil para os dois ensaios de deformação permanente analisados. A mistura asfáltica de São Paulo apresentou até abril de 2015 (período investigado), após 3,5 anos da execução, um bom desempenho em campo, sem afundamento de trilha de roda. Em laboratório, de acordo com o ensaio uniaxial de carga repetida essa mistura apresentou um <em>Flow Number</em> (FN) adequado para um tráfego pesado, na extensão em que é válida a aplicação dos limites sugeridos nacionalmente. Porém, no ensaio TSS, essa mistura não ultrapassou o ensaio de referência, impossibilitando a previsão da evolução dessa falha e sugerindo fragilidade quanto à deformação permanente, em desacordo com o resultado apresentado em campo até o momento.
O principal resíduo das indústrias de fundição é a areia de fundição de descarte que, no ano 2007, no Brasil, ultrapassou os três milhões de toneladas. Com o objetivo de preservar os recursos naturais e diminuir a degradação do meio ambiente, procuram-se alternativas para reutilizar a areia de fundição em grandes quantidades e a utilização na construção de rodovias fornece oportunidades. Assim, este trabalho avaliou a possibilidade de reutilizar a areia de fundição, misturada a solos argilosos, como material de base e subbase para rodovias de baixo volume de tráfego e vias urbanas para a região de Sertãozinho/SP, que é geradora de resíduo de areia de fundição, mas carece de jazidas de solos arenosos para a construção de rodovias. No estudo foi empregada a técnica de estabilização granulométrica para obter misturas solo-areia em diferentes proporções, nas quais foram realizados ensaios de classificação, propriedades mecânicas e ambientais. Os resultados dos ensaios mostraram que solos argilosos com 60% de areia de fundição adicionada poderiam ser utilizados como material de sub-base e base para pavimentos de tráfego leve, com baixo risco de poluir o meio ambiente.<br /><br /><strong>Abstract</strong>: The main residue of the foundry industries is the foundry sand that in 2007, in Brazil, exceeded three millions tons. The modern world searches the preservation of the natural resources and the reduction of the environment degeneration. Aiming at these objectives, new alternatives are researched to reuse the foundry sand in large amounts and the pavement construction provides opportunities. This paper evaluated the reuse of the foundry sand in pavement sub-bases and bases, through its incorporation to clay soils from Sertaozinho/SP. This region has a high production of foundry metals and residues, and does not have natural sandy soils deposits for pavement construction. This study used the mechanic stabilization technique to obtain soil-sand mixes and classification tests, mechanical properties tests and environment tests were done in these artificial soils. The results showed that clay soils with the addition of 60% of foundry sand could be used as sub-base and base material for low traffic pavements, with low risk of environment pollution.
Abstract:The effects of different contents of foundry sand (FS), in a lateritic clayey soil (LG') and a non-lateritic clayey soil (NG') and the addition of 3% of hydrated lime, on the resilient modulus (MR) were investigated. The cyclic triaxial test was performed on the specimens after curing periods of 0, 7, 28 and 84 days. Five models were evaluated according to their precision to represent the MR. Environmental tests were also executed on soil sand and soil sand lime mixtures. The results showed that the addition of FS reduced the modulus of LG' mixes. Nevertheless, the mixes LG' plus 20% of FS and NG' plus 40% of FS and hydrated lime showed the highest results. Additionally, was observed that hydrated lime increased the MR, and this was more obvious at high curing periods. The environmental tests results indicate that FS reuse is not dangerous.Keywords: Waste foundry sand. Lateritic soils. Resilient módulus.Resumo: Neste estudo são avaliados os efeitos da adição de diferentes teores de areia de fundição residual (AFR) e de 3% de cal hidratada a dois solos argilosos, um de comportamento laterítico (LG') e um não-laterítico (NG'), à luz dos valores do módulo de resiliência (MR), obtido de ensaios triaxiais cíclicos para diversos tempos de cura (0, 7, 28 e 84 dias). Cinco modelos foram avaliados segundo seu desempenho para representar o MR. Também foram realizados ensaios ambientais em misturas dos solos com AFR e com cal hidratada. Concluiu-se que a adição da AFR reduziu os valores dos módulos das misturas com LG', mas teores de 20 e 40% incrementaram o MR do solo NG'+Cal. Já a adição da cal aumentou os valores de MR das misturas e foi verificado que o tempo de cura é determinante para ganhos significativos. Os ensaios ambientais não indicaram maiores riscos com relação ao reaproveitamento do resíduo.Palavras-chave: Areia de fundição residual. Solos lateríticos. Módulo de resiliência.
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