Introdução: O transplante dentário consiste numa técnica de transferência do dente de um alvéolo ao outro na maxila ou mandíbula, sendo uma boa opção terapêutica para pessoas que perderam o dente de forma precoce. Para a prática clínica o transplante de interesse é o autógeno, ou seja, um dente do próprio indivíduo. Para isso existem alguns critérios, como o bom estado de saúde geral e local do paciente, o sítio receptor sem danos na estrutura e compatível com o dente doador e deve ter boa parte da raiz desenvolvida. Objetivo: relatar um caso clínico de transplante dentário autógeno como opção de reabilitação oral natural e mais econômica. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, 20 anos, compareceu a clínica para exodontia do dente 47, com queixa de incomodo e realização prévia de tratamento endodôntico. Ao exame clínico e de imagem foi possível constatar que o elemento dentário 47 estava impossibilitado de restaurar e que o 48 era compatível com tamanho do 47. Em seguida foi realizado exodontia dos dois elementos e exercido o transplante do elemento 48 no sítio do elemento 47, previamente preparado. Após 12 meses de acompanhamento foi possível observar nova formação de ligamento periodontal. Conclusão: Com isso, foi observado que o transplante dentário se torna uma opção terapêutica viável devido ao seu baixo custo e o dente pertencer ao próprio indivíduo.
Os problemas relacionados à dor orofacial e disfunção temporomandibular afetam o funcionamento psicossocial e a qualidade de vida dos indivíduos. Objetivo: Identificar a presença da disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular na matriz curricular das Instituições de Ensino Superior da região Nordeste do Brasil. Metodologia: A pesquisa tratou-se de um estudo transversal que se deu em duas etapas: inicialmente, realizou-se a busca pelas instituições credenciadas pelo Ministério da Educação, sendo excluídas aquelas que apresentavam o curso como não iniciado, interrompido ou extinto; em seguida, buscou-se a matriz curricular de cada instituição, registrando a presença da disciplina, carga horária da disciplina, ensino teórico ou teórico-prático, carga horária total da graduação e categoria administrativa (pública ou privada). Foram excluídas as instituições que não apresentaram a matriz curricular disponível em seus endereços eletrônicos. Resultados: Das 101 instituições selecionadas, 49 apresentaram a disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular em sua grade, sendo 83% de categoria administrativa privada. A carga horária total do curso de Odontologia correspondeu, em média, a 4.232 horas, entretanto, a carga horária da disciplina apresenta um pouco mais de 1% do total ofertado. Menos da metade dos cursos, 43%, aborda a disciplina de modo teórico-prático, sendo o restante apenas teórico. Conclusão: Ainda é baixa a presença da disciplina de dor orofacial e disfunção temporomandibular nos cursos de Odontologia do Nordeste brasileiro. Em razão da sua relevância, devem ser planejadas medidas para que sua inclusão seja priorizada.
Introdução: Mucocele é uma lesão benigna comum da mucosa oral e que se origina de glândulas salivares. O termo refere a uma cavidade contendo muco no seu interior, uma vez que o termo “cele” vem do grego “kele” que pode significar hérnia ou tumefação, sendo especialmente empregado para denominar cavidades vazias. Objetivo: O objetivo deste trabalho é relatar um caso clínico de mucocele labial em uma criança de 2 anos, removido por meio da excisão cirúrgica total da lesão. Relato de caso: Paciente do gênero feminino, leucoderma, compareceu a clínica de Odontopediatria do Centro Universitário Tiradentes - UNIT. A mãe relatou no momento da consulta que há uns 30 dias surgiu uma “bolinha” no lábio inferior da criança que doía quando a mesma se alimentava. Ao exame clínico foi observada uma lesão bolhosa, com limites nítidos, com aproximadamente 10 mm de diâmetro, de consistência fibrosa, móde base séssil, de coloração normocrômica, com características semelhantes de uma mucocele. Foi realizada a excisão cirúrgica da lesão e o material colhido foi fixado em formol a 10% e encaminhado para exame histopatológico. Posteriormente, foram recomendadas orientações pós-operatórias, bem como cuidados no local da lesão e prescrição de analgésico. O resultado do exame histopatológico confirmou o diagnóstico de cisto de retenção de muco (mucocele). Conclusão: A mucocele é a lesão mais comum em pacientes jovens e apresenta sinais patognomônicos característicos. Dentre as diversas técnicas terapêuticas o tratamento cirúrgico conservador ainda é a técnica mais utilizada, mostrando ser uma conduta eficaz, simples e de bom prognóstico.
Introdução: Angina de Ludwig (AL) é uma infecção da cabeça e pescoço, potencialmente fatal, que acomete os espaços fáscias submandibulares, sublinguais e submentoniano. A diabetes mellitus (DM), por suas repercussões imunológicas e microvasculares, pode predispor a AL ou modificar a resposta do paciente a essa infecção. Objetivo: avaliar o impacto da diabetes melittus nos pacientes com AL. Metodologia Trata-se de uma revisão de literatura na qual foi proposta uma estratégia de busca que utilizou, como base de dados, o MEDLINE, acessado via PUBMED, limitada ao idioma inglês e a publicações do período de 1954 a 2020. Na pesquisa foram utilizados os seguintes descritores: “Ludwig’s angina” e “diabetes”. Incluíram-se relatos de caso e estudos observacionais que abordavam a angina de Ludwig em pacientes diabéticos. Resultados: foram encontrados 26 artigos e, após a leitura dos seus resumos, foram eliminados 12 artigos que não estabeleceram nenhuma relação entre AL e DM. Em relação ao tempo de internação hospitalar, os pacientes diagnosticados com hiperglicemia passam mais dias no hospital, devido a complicações e acompanhamento clínico. As bactérias do gênero Klebsiella pneumoniae foram encontradas em maior quantidade na cultura de pacientes diabéticos. A terapêutica medicamentosa mais utilizada empiricamente foi a associação entre amoxicilina, clavulanato de potássio e metronidazol. Conclusão: é possível observar que a Angina de Ludwig tem seu curso clínico modificado pela diabetes mellitus. As complicações envolvendo a associação DM e AL ocorrem tanto em pacientes diabéticos sem controle glicêmico, como naqueles diabéticos controlados, ainda que em menor grau.
Introdução: O cisto odontogênico calcificante (COC) surge na cavidade bucal como uma tumefação de crescimento lento, normalmente indolor, com prevalência na região anterior de maxila e mandíbula sem predileção por gênero, acometendo idade média de 30 anos. Objetivo: O objetivo desse trabalho é relatar a importância do diagnóstico junto a abordagem cirúrgica minimamente invasiva para patologias de grandes dimensões. Relato de caso: Paciente de 14 anos de idade, com queixa de aumento de volume progressivo do lado esquerdo da face próximo ao nariz, há cerca de 01 (um) ano, sendo submetido a marsupialização e biópsia incisional como abordagem cirúrgica inicial para o tratamento. Discussão: O relato de caso possui características semelhantes ao encontrado na literatura sobre COC até o presente momento, concordando com diagnóstico, tratamento e acompanhamento pós-cirúrgico. Conclusão: A marsupialização realizada mostrou regressão do tamanho da lesão e formação de áreas de calcificação da lesão, trazendo benefícios para o paciente.
Introdução: A miíase é uma condição patológica caracterizada pela infestação de larvas dípteras em tecidos vivos ou cavidades necróticas, essas larvas se desenvolvem como parasitas sendo alimentadas pelos tecidos do hospedeiro. Tal afecção pode ser classificada em primária, que consiste no desenvolvimento das larvas a partir do tecido vivo (biófago), ou secundária, que é caracterizada por seu desenvolvimento a partir do tecido morto (necrófagos). Objetivo: relatar um caso de miíase submandibular em região direita, tratada com ivermectina posteriormente à terapia cirúrgica. Relato de caso: Paciente do gênero masculino, 46 anos, compareceu ao Hospital Geral do Estado com queixa de lesão em região submandibular. Ao exame clínico e de imagem foi possível confirmar o diagnóstico de miíase. Em seguidao o paciente foi conduzido ao centro cirúrgico, onde foi realizado a remoção mecânica das larvas, seguida de desinfecção da lesão e prescrição medicamentosa. A lesão respondeu bem ao tratamento com ivermectina 150 μg/kg, administrada por via oral, em dose única. Conclusão: Com isso, foi observado que a remoção de todas as larvas associada à terapia antibiótica, consiste em um bom tratamento para paciente com miíase em região oral e maxilofacial.
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