Docente e estagiários, cartógrafos em construção, se dispõem e se desafiam a mergulhar em processos de subjetividades, como exercício cartográfico, desvelando a si mesmos nas relações construídas no Estágio Supervisionado II da graduação em Letras, Língua Portuguesa e Literaturas da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus IV, Jacobina/BA. Experiência em que fazem vazar as diferenças nas vozes que emergem e se entrecruzam a partir das narrativas escritas, sentidas e tensionadas pelas palavras, que ganharam corpo e novos sentidos por meio de dispositivos de construção de dados como o diário de bordo. O que aqui apresentamos são os afetamentos e pousos que nos tomam e nos fazem refletir as processualidades em que imergimos, transformando a nós mesmos e também os territórios que habitamos no Estágio Supervisionado, realizado em espaços não escolares da cidade de Jacobina/BA, apresentando outros modos de habitar a docência sempre em devir.
Plantas alimentícias não convencionais (PANC) são alimentos com alto potencial nutricional que apresentam consumo local ou regional. Tradicionalmente, não são consumidas pela população em larga escala, exercendo influência na alimentação de populações específicas. Dentre as diversas PANC encontradas no Brasil, destaca-se a Pereskia aculeata Miller, conhecida popularmente como ora-pro-nóbis (OPN). Essa PANC pertence à família Cactacea e foi apelidada de “carne de pobre”, devido ao seu alto teor de proteínas. O consumo regular das PANC pode proporcionar diversos benefícios para a saúde dos indivíduos, devido a composição nutricional e potencial biológico. Na medicina popular brasileira, o OPN é utilizado como anti-inflamatório, anticarcinogênico emoliente e cicatrizante de feridas cutâneas. Na indústria de alimentos, o OPN pode ser utilizado como ingrediente, principalmente a farinha das folhas, que pode servir como um elemento enriquecedor na formulação de pães, bolos, massas e outros. Portanto, apesar do potencial alimentar ainda pouco explorado, observa-se o crescente interesse pelo uso de OPN na alimentação humana, devido a suas características promissoras, que elevam seu potencial de crescimento no mercado. Com isso, o objetivo desta revisão é destacar aspectos nutricionais da Pereskia aculeta Miller, ressaltando seus benefícios à saúde e o potencial para uso industrial, visto que a popularização do consumo de plantas alimentícias não convencionais, além de contribuir para a consolidação de dietas diversificadas, também se constitui como uma alternativa de renda para muitas comunidades rurais.
Ao conceber a literatura como meio de representação e de compreensão do eu e do mundo, entende-se que o cruzamento dessa arte com outras linguagens artísticas pode corroborar um espaço formativo ainda mais plural, no que tange a formação dos sujeitos, dentro ou fora do ambiente escolar. Nesse sentido, este trabalho objetiva compreender como o diálogo da literatura com outras artes pode constituir um espaço formativo de fomento à leitura literária e quais suas implicações na formação leitora do sujeito. Os relatos aqui apresentados foram tecidos a partir da aplicação da oficina “Literatura e Outras Artes”, na Casa Santa Luzia, em Jacobina/BA, produto do componente curricular Estágio Supervisionado II, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – Campus IV. A metodologia utilizada foi a Cartografia, pautada na abordagem qualitativa, num movimento de intervenção e pesquisa concomitantemente. A Cartografia – como metodologia de pesquisa emergente no campo social e aplicada em contextos de investigação na área da Educação – permitiu-nos mapear os processos formativos dos sujeitos participantes das oficinas aplicadas, no que tange aos conhecimentos literários e à sua formação leitora. A abordagem teórica está imersa nos estudos de Paulo Freire (1989), Rildo Cosson (2012), Roxane Rojo (2009), dentre outros, para discutir, respectivamente: O ato de ler; letramento literário; multiletramentos e múltiplas linguagens. Os resultados reverberam a relevância do diálogo da literatura com outras artes no fomento a leitura literária e processos formativos do sujeito, assim como compreender as vivências e experiências dos participantes desta pesquisa com a leitura e literatura.
Este artigo localiza-se no contexto em que a pandemia da Covid-19 impactou inúmeras atividades em todo mundo, sobretudo as práticas de ensino e formação de professores nas licenciaturas. Aqui são abordas experiências docentes mediadas via tecnologia e consolidadas no curso livre “Escola em Cena”, realizado com vistas aos componentes curriculares dos Estágios Supervisionados e Práticas Pedagógicas do Curso de Letras, Língua Portuguesa e Literaturas, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) – DCH – Campus IV. Em função das limitações da perspectiva traçada na construção deste trabalho, nos atemos a um dos projetos executados no referido curso livre, a saber: “Literomusicalizando a Língua Portuguesa”. Nossa metodologia é de abordagem qualitativa, por trazer os impactos e possibilidades pedagógicas construídas pelos discentes do curso de Letras, então autores dos espaços digitais, os quais denominamos “cenários educacionais”. Baseamo-nos em autores como Bates (2017), Moran (2012), Pinheiro (2018), entre outros, a fim de fundamentar as discussões sobre as tecnologias digitais e a imersão das práticas educacionais nesse contexto. Os resultados desembocam nas possibilidades de ensino e formação de professores via mediação tecnológica, assim como horizontaliza uma série de questões que envolve o trabalho em Letras e suas possibilidades com as tecnologias digitais.
No seio da Literatura, a poesia oral, ou as poéticas da oralidade como um todo, abarcam metodologias de análise que se diferem daquelas da Crítica e Teoria Literárias conservadoras e tradicionalistas, uma vez que seu amplo suporte teórico e conceitual relaciona o escopo literário com muitos outros campos epistêmicos, como o do teatro, da música, da antropologia, da sociologia, da etnologia, entre outros. Em vista disso, este trabalho aspira discutir alguns pontos teóricos no que concerne à poesia oral e sua genealogia nas culturas populares, incursionando em suas interfaces metodológicas e epistemológicas. Para tanto, nos pautamos em uma revisão de literatura de textos e pesquisas de autores como: Zumthor (1993), Fernandes (2007), Culler (1999), Santos (1994), Burke (1989), entre outros.
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