Interseccionalidades Interseccionalidades Interseccionalidades Interseccionalidades InterseccionalidadesA sempre revisitada batalha pela incorporação de gênero e raça nas pesquisas educacionais parece ganhar fôlego em novas modalidades de acirradas disputas. Do processo crescente de valorização da perspectiva interseccional -como conceito caro às teóricas e nobre prática para as ativistas -até a resistência à incorporação da temática gênero e sexualidade nos Planos de Educação e implantação do Ensino de História e 2 Revista Estudos Feministas, Florianópolis, 26(1): e42585 DANIELA AUAD E LUCIANO CORSINO Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, parece haver ainda muito para se debater, sobretudo no que concerne ao acúmulo de conhecimento produzido na interface entre a Educação e os variados campos das Ciências Sociais.De um lado, se pretende interditar e/ou criminalizar o uso das palavras gênero, diversidade e sexualidade em todo e qualquer documento escolar. Tal tensionamento parece partir, majoritariamente, de setores que aparentam se ancorar em fundamentalismo religioso, falta de conhecimento e não compreensão de toda uma tradição de pesquisa no Brasil e no Mundo. De outro lado, se pretende que a categoria gênero seja considerada como uma espécie de check list doador de legitimidade e que muda a partir do ponto de partida de onde se origina a defesa da adoção do debate das relações de gênero, este, vale dizer, desde sempre presente na escola. Diferentes protocolos e prescrições são ofertados, a partir dos mais variados pontos de vista, tais como os Teóricos Queer, as Feministas Radicais Separatistas ou os que aparentemente baseiam-se em Foucault, para prescrever que não se deve enunciar nada que possa parecer uma prescrição, a qualquer tempo e em momento algum.Ao considerar esse amplo e diverso cenário, e na direção de caminhar por esse território de interfaces, no presente artigo almejamos debater elementos cruciais das relações entre educação, gênero e raça, a partir da teorização de conceitos que integram, numa unidade, gênero, classe, raça e orientação sexual. A inspiração primeira para a escrita se fundamenta em pesquisas bibliográficas e de campo, assim como pelo constante acionamento, em perspectiva feminista militante, de enfático ativismo. E há de se ressaltar que o conceito de ativismo adotado no presente texto: …trata-se também de um conjunto de ações, mas agora não é a dimensão coletiva que interessa em primeiro lugar; antes do agir coletivo, o que mais conta para o ativista é o seu compromisso ético com os outros e consigo mesmo. Tal compromisso ético do ativista implica tanto uma atitude de verdade e coerência consigo mesmo e nas relações que mantém com os outros, quanto a sua permanente reflexão e contínuos reajustamentos que devem proceder em razão de um ininterrupto cotejamento entre os seus pensamentos e as suas ações. No caso, trata-se de um cotejamento que se dá pelo rebatimento constante entre o que é possível pensar e dizer sobre cada situação e o que é possível fazer com ela, cont...
Neste trabalho, tratamos da possibilidade do ensino de temas que remetem às demandas do ambiente na prática pedagógica da Educação Física. Identificamos e classificamos essas demandas como administrativas e econômicas, estéticas e filosóficas, virtuais, históricas e geográficas, sociológicas e políticas, físicas e naturais. Discutimos como as dinâmicas específicas – da cultura, do movimento, do corpo e do ambiente – permitem suscitar certos questionamentos sobre a pertinência da temática e suas repercussões na profissionalidade dos docentes. Consideramos que, no contexto da intervenção cotidiana, há perspectivas de adaptação e de transformação que podem ser aprofundadas em conjunto com os alunos durante as aulas.
RESuMOO presente estudo teve como objetivo investigar o esporte radical de aventura Parkour, propondo reflexões sobre a inclusão dessa modalidade na Educação Física escolar. Utilizaram-se como pano de fundo dessa discussão as Orientações Curriculares do Município do Rio de Janeiro e os Parâmetros Curriculares Nacionais. Como metodologia foi utilizada a pesquisa bibliográfica, considerando-se a técnica de análise documental. Conclui-se que o esporte Parkour pode ser um importante tema para a Educação Física escolar, tendo em vista as diversas possibilidades para a contribuição com a formação integral do aluno, enquanto sujeito participativo e crítico na sociedade.
RESUMOO ano de 2015 foi marcado pelo fenômeno das ocupações de uma média de 213 escolas da rede estadual de São Paulo. O presente trabalho faz parte de pesquisa de doutorado em andamento e tem como objetivo central apresentar uma reflexão acerca da experiência de um pesquisador em ocupação realizada por jovens estudantes em uma escola da rede estadual de São Paulo. Por meio de pesquisa etnográfica, somaram-se 15 horas de observação e registros em diário de campo no interior da ocupação de uma escola localizada na zona norte de São Paulo. Dentre os fatos observados, destacam-se a forte autonomia dos/as jovens ocupantes, o ambiente democrático construído nas relações cotidianas e nos eventos promovidos, como as aulas abertas e as oficinas, assim como a tensão constante nas relações estabelecidas com os sujeitos contrários à ocupação. Verificou-se que a experiência da ocupação contribuiu efetivamente para a reflexão dos/as estudantes sobre a construção de uma escola democrática. PALAVRAS-CHAVE:Juventude. Democracia. Participação política. Etnografia. ABSTRACTThe year 2015 was marked by the phenomenon of occupations of 213 state public schools of São Paulo. The present work composes a doctoral research and its main objective is to present a reflection on the experience of a researcher in an occupation carried out by young students in a public state school of São Paulo. Through an ethnographic research, we added 15 hours of observation and records in field diaries within the occupation of a school located in the north area of São Paulo. Among the observed facts, the strong autonomy of the young occupants, the democratic environment built in everyday relationships and promoted events, such as open classes and workshops, as well as the constant tension in the relationships established with the subjects opposed to the occupation. It was verified that the experience of the occupation contributed effectively to the reflection of the students on the construction of a democratic school.
RESUMO O presente trabalho apresenta dados etnográficos de uma pesquisa de doutorado realizada em escola pública na zona norte de São Paulo. Na realidade pesquisada, as garotas negras tiveram um papel importante na organização e manutenção do movimento de ocupação ocorrido no final de 2015. Neste artigo, pretendemos evidenciar como a presença da cultura negra no currículo escolar de uma instituição de Ensino Médio, junto a outras políticas de valorização e reconhecimento dessa cultura, pode ter contribuído para a articulação dessas jovens na decisão sobre o movimento. A ocupação se deu em meio a uma movimentação maior ocorrida no estado de São Paulo em 2015, tendo como principais objetivos: a) resistir à reforma do Ensino Médio anunciada pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo e b) reivindicar uma escola mais democrática, que reconheça as diferenças e possibilite a participação das jovens nos processos de decisão. A pesquisa realizada nessa unidade escolar tem como fundamentação teórica os estudos da sociologia da educação e os estudos antirracistas. Realizou-se, através de observações e entrevistas semiestruturadas com estudantes e docentes antes, durante e após o período de ocupação. Percebe-se que apesar das dificuldades, como perseguições à docentes e estudantes que participaram e apoiaram o movimento, o processo de ocupação contribuiu para a constituição de saberes fundamentais para a construção de um pensamento democrático, antirracista e feminista na instituição.
Educação: teoria e prática, Rio Claro, SP, Brasil -eISSN: 1981-8106 Está licenciada sob Licença Creative Common Resumo O artigo apresenta argumentos para a discussão de uma pesquisa realizada em Escola Pública, evidenciando as identidades produzidas e reveladas pela rica mistura das especificidades das categorias sociais no âmbito das aulas de Educação Física. Nessas, assim como em outras situações escolares, as diferenças hierarquizadas estão intrinsecamente relacionadas aos conflitos raciais e ao modo como as/os professores lidam, usualmente de modo desigual, com alunos e alunas. As formas como os/as docentes separam ou misturam meninas e meninos e como sistematizam e escolhem temas e conteúdos revelam a importância do debate tanto da heteronormatividade quanto da exaltação de determinada raça/etnia em detrimento de outras. Assim, ao pensar, como pano de fundo, no ardente culto aos privilégios heterossexuais e na negação da negritude, o texto propõe reflexões que abordam tanto gênero quanto raça como categorias que estão intrinsecamente relacionadas e que se tornam emergentes nas políticas educacionais e nas práticas pedagógicas, a partir de imbricado feixe de categorias sociais. Palavras-chave: Educação Física Escolar. Política educacional. Relações de gênero. Relações raciais.Race relations and gender: school physical education from the perspective of the alchemy of social categories AbstractThe article presents arguments for a discussion of a research conducted in Public School, showing the identities produced and developed by the rich mix of specific
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