1. Recebido para publicação em 21/02/2001. Aceito para publicação em 22/12/2003 (000597). 2. FAEM/UFPel. Rua Gonçalves Chaves, 805/203, DCTA/FAEM/UFPel * A quem a correspondência deve ser enviada. -INTRODUÇÃONa década de 90 houve um importante incremento na área cultivada e na produção em pomares de caquis, especialmente nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Dentre as cultivares recomendadas, a mais difundida foi a Fuyu. Ela produz frutas médio-grandes, não taninosas com boa coloração e sabor. BEN-ARIE [3] descreve os principais atributos para a comercialização de caquis, da cultivar Fuyu, destacando que, para a colheita, visando a conservação por períodos prolongados, as frutas devem ser colhidas com coloração variando do amarelo-esverdeado ao amareloalaranjado, mais que 60N de firmeza de polpa, no míni-mo 14 o Brix de sólidos solúveis, e menos do que 3mg/kg de fenóis totais. Para frutas destinadas ao consumo imediato e/ou armazenamento por curtos períodos, pode-se retardar a colheita, colhendo-se as frutas com coloração amarelo-avermelhado ou avermelhada, e com menor firmeza de polpa. Ressalta, no entanto, que para esta cultivar há necessidade de uma firmeza de polpa mínima de 20N.No Rio Grande do Sul e Santa Catarina, a colheita desta cultivar coincide com a de outras regiões produtoras, especialmente o Estado de São Paulo. Por isto, há necessidade de adoção de medidas de manejo pré-colheita e de pós-colheita para controlar a maturação e/ou a conservabilidade para prolongar o período de oferta e garantir melhores preços ao produtor.Uma das alternativas consiste no emprego de produtos, em pré-colheita, capazes de retardar a velocidade da maturação, retardando a colheita. Neste particular são citados principalmente inibidores da síntese e/ou da ação do etileno, como aminoethoxivinilglicina, narbornadiene, tiosulfato de prata e 1-metilciclopropano [1,7,17]. A maioria destes produtos foi testada em outras espécies e os resultados foram variados, dependendo das características varietais e condições edafoclimáticas [1].Outros autores [2,5,8,9, 10] têm recomendado o emprego de giberelinas, como o AG 3 , na concentração de 30ppm [9,14], no controle da maturação de frutas. Segundo estes autores, o AG 3 age reduzindo a velocidade de evolução da coloração das frutas retardando a colheita. O AG 3 [13] atua inibindo a ação de clorofilases e inibindo a produção de etileno. Porém, não demonstram o mecanismo de ação e como este fitoregulador age nestas vias bioquímicas. Em caquis, os resultados são escassos, mas apontam para um bom potencial, principalmente reduzindo distúrbios fisiológicos na pós-colheita [4,14]. Entretanto, relatos feitos por produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo indicam que a aplicação de AG 3 permite retardar a maturação (comunicação pessoal).Dentro deste contexto, estudou-se o efeito do AG 3 aplicado na pré-colheita sobre a evolução da maturação de caquis da cultivar Fuyu. RESUMOObjetivou-se estudar o efeito da aplicação de Ácido Giberélico (AG 3 ) no retardamento da m...
Avaliou-se a eficiência do cálcio (CaCl2) na conservação de caquis Fuyu armazenados em temperatura ambiente (TA), atmosfera refrigerada (AR) e modificada (AM). Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os caquizeiros foram tratados com 1% de CaCl2, em pulverizações de cobertura total, a cada 15 dias, a partir de 90 dias antes da data prevista para a colheita. Para a testemunha, pulverizaram-se as plantas com água destilada. As frutas foram colhidas com 65-75mm de diâmetro, coloração verde-amarelada e armazenadas em: 1 - TA (23±3ºC e 75±5%); 2 - AR (0±0,5ºC e 90±5% de umidade relativa); e 3 - AM (filme de polietileno de baixa densidade 33µm, 29x46cm, 0±0,5ºC e umidade relativa 90±5%), durante 80 dias. As frutas foram submetidas a avaliações de perda de peso, firmeza de polpa, sólidos solúveis totais e escurecimento da epiderme. As avaliações foram efetuadas 24 e 96 horas após as frutas serem retiradas da câmara. Para as frutas armazenadas em TA, as análises foram realizadas a cada 4 dias, durante 20 dias. A aplicação de CaCl2 em pré-colheita melhorou o potencial de armazenamento, e a AM teve efeito sinérgico ao CaCl2 na melhoria do potencial de conservação dos caquis.
RESUMO -Avaliaram-se o efeito do controle da maturação e o comportamento pós-colheita de caquis 'Fuyu', tratados a campo com aminoethoxivinilglicina (AVG) e ácido giberélico (AG 3 ). Utilizou-se o delineamento completamente casualizado, com quatro repetições. As pulverizações foram realizadas com AVG a 50ppm e AG 3 a 30ppm, 30 dias antes da data prevista para a colheita. Após a colheita, os frutos foram armazenados em ambiente com temperatura 23±3o C e umidade relativa de 75±5% e, a cada quatro dias, foram realizadas avaliações da perda de peso, firmeza de polpa, produção de etileno e teor de clorofilas e de carotenóides. As aplicações de AG 3 e de AVG permitiram retardar o momento da colheita dos frutos e auxiliaram no armazenamento dos mesmos, através da preservação da integridade física dos frutos. Termos para indexação: regulador de crescimento, conservação, Diospyrus kaki, MATURATION CONTROL OF KAKI 'FUYU' USING AMINOETHOXIVINILGLICIN ADN GIBBERELIC ACIDABSTRACT -This paper aims to evaluating the effect of maturation control and the post-harvest behavior in relation to Kaki 'Fuyu' sprayed with aminoethoxivinilglicin (AVG) and Gibberelic acid (AG 3 ) in the field. As to spraying, AVG at 50 ppm and AG 3 at 30 ppm were used 30 days before harvest with four repeated applications at random. The fruits were stored at average temperatures of 23±3 o C and relative humidity of 75±5%; weight loss, pulp firmness, ethylene production, chlorophyll and caretenoid substances were evaluated every four days. The AG 3 and AVG applications permited to retard harvest and helped storing of the fruits, through the physical structure preservation of fruits.
O trabalho foi realizado no Departamento de Ciência e Tecnologia Agroindustrial, da UFPel/Pelotas, com o objetivo de avaliar a utilização de embalagens de polietileno de baixa densidade (PEBD) e do adsorvedor de etileno em caquis cv. Fuyu. Na safra de 2000-2001, os frutos foram armazenados a granel, em embalagens de PEBD de 0,022 mm contendo doze e 40 frutos e em embalagens de PEBD de 0,033 mm contendo doze frutos, sendo que apenas metade das embalagens possuía o sachê adsorvedor de etileno. De acordo com as variáveis analisadas (distúrbios fisiológicos, concentração/produção de CO2 e etileno), os frutos acondicionados nas embalagens de 0,022 mm contendo doze frutos, com e sem o adsorvedor, apresentavam-se em estádio menos avançado de amadurecimento e com qualidade superior aos demais tratamentos. Já na safra de 2001 - 2002, sob os mesmos parâmetros avaliados no ano anterior, foram testados o armazenamento a granel e o armazenamento em embalagens de PEBD de 0,022 mm, contendo doze, dezoito e 24 frutos, também com e sem a utilização de sachê adsorvedor de etileno. Após 90 dias de armazenamento refrigerado (AR), mais os cinco dias de simulação de comercialização, os frutos acondicionados nas embalagens de 0,022 mm, contendo doze e dezoito frutos, independentemente do sistema de adsorção de etileno, apresentaram os melhores resultados em todas as variáveis testadas.
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