Este artigo apresenta o trabalho de dez anos do grupo Humanidades, Medicina e Arte, que utilizou a literatura e outras artes como instrumentos para reflexão e escrita realizada por alunos da graduação. Posteriormente, outras práticas da Medicina Narrativa foram inseridas nos encontros e em algumas disciplinas. Para conhecer o impacto deste trabalho, realizamos um estudo sobre a percepção dos alunos após participação nessas atividades. Os resultados revelaram um impacto positivo aos participantes. Porém, são inúmeros os desafios para ampliação do alcance do grupo na educação médica.
Este artigo apresenta as estratégias de introdução da obra de José Saramago no ensino da medicina numa perspectiva da Medicina Narrativa atrelada ao contexto pandêmico da SARS-CoV-2. Em “As intermitências da Morte” um cenário fictício traz a Morte fazendo greve, interrompendo todos os óbitos. Em “Ensaio sobre a Cegueira”, uma epidemia atinge uma cidade deixando quase todos os habitantes cegos. Em ambos os casos, um grande desequilíbrio recai sobre a população que precisa aprender a viver com as novas situações de caos social e político. A partir dessas histórias, discussões literárias nas disciplinas de Geriatria, Bioética, Oftalmologia, Epidemiologia e outras disciplinas, podem tornar o ensino da medicina mais dinâmico e humanizado fomentando a reflexão sobre as particularidades socioeconômicas, políticas e culturais vivenciadas pelas pessoas que buscam atendimento de saúde, sobretudo no contexto brasileiro do Sistema Único de Saúde.
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