Este artigo apresenta o trabalho de dez anos do grupo Humanidades, Medicina e Arte, que utilizou a literatura e outras artes como instrumentos para reflexão e escrita realizada por alunos da graduação. Posteriormente, outras práticas da Medicina Narrativa foram inseridas nos encontros e em algumas disciplinas. Para conhecer o impacto deste trabalho, realizamos um estudo sobre a percepção dos alunos após participação nessas atividades. Os resultados revelaram um impacto positivo aos participantes. Porém, são inúmeros os desafios para ampliação do alcance do grupo na educação médica.
A Medicina Narrativa busca contribuir para a formação do profissional médico almejado nas diretrizes curriculares de 2014: humanista, ético, com responsabilidade social e com capacidade crítica para atuar nos diferentes níveis de atenção à saúde. Esse desafio pressupõe competências narrativas que a medicina narrativa busca desenvolver ao utilizar obras literárias e filmes, entre outras manifestações artísticas, no ensino médico. Nesse artigo apresentamos exemplos de inserção de três filmes e um texto literário em disciplinas que se caracterizam por conteúdos extensos e eminentemente técnicos, com pouco espaço para discussão de questões do processo de adoecimento que vão além desses aspectos. Essa fragmentação no ensino se reflete numa fragmentação no cuidado e nesse artigo apresentamos algumas sugestões de como introduzir nas disciplinas de conteúdos mais específicos, através das artes, discussões extremamente relevantes para o cuidado integral ao paciente.
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