Resumo São Paulo é uma megalópole com um padrão de ocupação marcado pelo protagonismo do automóvel, mas, recentemente, a agenda de mobilidade urbana ganhou novos significados e mobilizou novos atores. A partir da perspectiva teórica pós-positivista e das teorias de difusão de políticas públicas, buscou-se discutir como a ideia da política cicloviária se originou, se adaptou e enfrentou resistências no contexto político e social do município de São Paulo no governo Fernando Haddad (Partido dos Trabalhadores). Como resultado de pesquisa destacam-se, de um lado, o papel da comunidade política e epistêmica dos cicloativistas e o papel empreendedor do prefeito Haddad como elementos de apoio político. Em contraste, a imprensa paulistana desempenhou papel opositor à implementação da política, agindo como ator político no subsistema da política cicloviária, por meio do ataque sistemático à imagem das infraestruturas implantadas para as bicicletas.
Resumo Discute-se a formação da agenda de ciclomobilidade em São Paulo/SP enquanto um processo de resistência na configuração do espaço urbano, com raízes profundas e longevas no paradigma rodoviarista, na mercantilização do território, em contexto neoliberal. Por meio de pesquisa qualitativa que articula dados secundários e primários, argumenta-se que, em São Paulo, há movimentos de resistência ao processo de apropriação privada do espaço urbano no campo da mobilidade. Conclui-se que o ciclo-ativismo tem cumprido um papel importante na circulação de ideias de resistência e no tensionamento do paradigma rodoviarista, sendo um dos elementos que explicam a inserção da bicicleta na cidade, além do ciclo de manifestações de 2013 e a eleição de Fernando Haddad à prefeitura.
Concluir essa pesquisa só foi possível graças ao apoio, inspiração e generosidade de algumas pessoas. Indiretamente, seria impossível apontar todas e todos que, em alguma medida colaboraram com essa empreita. Ainda que esse agradecimento se estenda aos apoios indiretos, dedico algumas palavras a todas e todos cujo papel foi fundamental.Em primeiro lugar, agradeço a minha orientadora, Profa. Dra. Cristiane Kerches da Silva Leite, por me ensinar tanto. Ao longo dessa jornada, que teve inicio ainda nos tempos de graduação, contei com suas contribuições atentas e sinceras. Sem elas, as minhas "viagens" intelectuais não teriam nenhum destino.Também sou muito grato aos professores do Programa de Mestrado em Gestão de Políticas Públicas. Em especial, agradeço à Profa. Dra. Renata Mirandola Bichir pela ajuda constante, tanto na leitura crítica da minha qualificação, como pelas preciosas sugestões de leitura, tão importantes para a conclusão desse trabalho.Os atores entrevistados também merecem um agradecimento especial. Com todas e todos com quem conversei, em São Paulo, Rio Branco, Rio de Janeiro e Curitiba (à distância), sempre encontrei muito disposição, generosidade e paciência com esse pesquisador curioso e insistente.Agradeço ao povo acreano pelo acolhimento. Hoje consigo entender e compartilhar o orgulho pela região. Em especial, agradeço ao meu companheiro de cicloativismo, Valden Rocha, pelo apoio fundamental na investigação do caso de Rio Branco.Como sempre, é preciso agradecer minha família. À minha mãe, Matilde, um exemplo de superação, um poço infinito de amor e carinho, pelo apoio, interesse e admiração que demonstra pela carreira que escolhi. Ao meu primeiro pai, Edilson, pela visão crítica que sempre me ajuda a enxergar novos caminhos. Ao meu segundo pai, Nenê, pelo carinho e admiração. Aos meus três irmãos, Hugo, Pedro e Arthur, e minha irmã, Julia, pela paciência com as repetidas exposições do meu trabalho.Finalmente, agradeço à minha companheira de toda a vida, Heloísa, pela parceria incondicional, pela compreensão e pelo amor. Sem meu porto seguro, percorrer esse longo caminho teria sido muito mais difícil. " -O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, que formamos estando juntos. Existem duas maneiras de não sofrer. A primeira é fácil para maioria das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte deste até o ponto de deixar de percebê-lo. A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo, e abrir espaço" (CALVINO, 1990, p.150). Resumo ROSIN, Lucas Bravo. Bicicleta e políticas públicas no Brasil: comparando as trajetórias das agendas de políticas cicloviárias em Rio Branco (AC) e São Paulo (SP). 2020. 207f.
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