RESUMO:O objeto central deste texto é a análise de parte das discussões sobre o Programa Um Computador por Aluno, denominado PROUCA, que faz parte das políticas públicas educacionais no Brasil. O artigo é um estudo específico da pesquisa realizada no Projeto Aulas Conectadas? "Mudanças curriculares e aprendizagem colaborativa entre as escolas do projeto UCA em Santa Catarina" (2012 a 2013). Os fundamentos teóricos que se tecem com a empiria se vinculam à noção de cultura material escolar, à cultura escolar e à modernidade. Entre a observação participante e o cruzamento com as fontes documentais, buscou-se compreender as relações entre a materialidade digital, o laptop - UCA, com alguns elementos da política educacional suscitados pelo propósito de inovação escolar a partir deste "novo" objeto de ensino na prática escolar do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina.
Este texto apresenta dados que caracterizam a presença (física e retórica) e a circulação do cinematógrafo na escola brasileira. A documentação consultada permite construir (ou reconstruir) parte de uma narrativa que enaltece a modernidade e o progresso na educação através da invenção, fabricação e comercialização de um conjunto de artefatos, entre eles o cinematógrafo. Da narrativa da modernidade, fomentada pelas Exposições Universais, às alianças entre o setor educativo e a indústria que descobre na escola um grande mercado, vai-se construindo um mapa que retrata a presença de indústrias e representantes comerciais bem como, do próprio objeto na escola. Não menos importante é a formulação do Instituto de Cinema Educativo, suas funções e atividades e às relações comerciais estabelecidas com as indústrias internacionais de cinematografia. A narrativa dos conteúdos escolares estaria assim balizada por interesses da indústria e seus aliados e porta-vozes que irão defender a necessidade de industriar o professor.
Resumo Este artigo trata do tema da honra e das penas aplicadas aos alunos nas escolas. No caso específico deste texto, buscou-se reconhecer pela materialidade escolar - “Livro de Honra” do Grupo Escolar Lauro Müller de Florianópolis/SC, datado de 1914 a 1972 (também denominado Livro) - a produção do sentido de honra através dos dispositivos históricos e sociais. Realizou-se uma descrição do Livro e uma interpretação do seu conteúdo, cruzando-o com outros materiais tais como jornais, a legislação educacional e documentos escolares da época. O Livro, como dispositivo, funcionava como normatizador das condutas escolares desejadas, ao mesmo tempo em que honrava aqueles cujo status social já lhes conferia “honra”.
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