RESUMO:O objeto central deste texto é a análise de parte das discussões sobre o Programa Um Computador por Aluno, denominado PROUCA, que faz parte das políticas públicas educacionais no Brasil. O artigo é um estudo específico da pesquisa realizada no Projeto Aulas Conectadas? "Mudanças curriculares e aprendizagem colaborativa entre as escolas do projeto UCA em Santa Catarina" (2012 a 2013). Os fundamentos teóricos que se tecem com a empiria se vinculam à noção de cultura material escolar, à cultura escolar e à modernidade. Entre a observação participante e o cruzamento com as fontes documentais, buscou-se compreender as relações entre a materialidade digital, o laptop - UCA, com alguns elementos da política educacional suscitados pelo propósito de inovação escolar a partir deste "novo" objeto de ensino na prática escolar do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina.
Este artigo é recorte de pesquisa sobre práticas da infância na cidade de Florianópolis (SC), de 1930 a 1950, por meio de entrevistas com quinze antigos moradores tendo idade entre 70 e 90 anos. Objetiva apresentar a confluência entre memórias, histórias e identidades, reconhecida nos sentidos da experiência dos tempos de infância. Certeau (2009) é a lente teórica na compreensão das práticas; Benjamin (1994) dos sentidos da experiência que constituem a realidade vivida no processo entre lembrança e esquecimento; e, Pollak (1992) da relação entre memória e identidade. Os entrevistados, na maior parte das vezes, não se reconhecem nas narrativas da história oficial e/ou epopeica e assim se veem desprovidos de seus direitos às memórias, histórias e bens coletivos de uma cidade que se transformou. A infância que se apropria da cidade e seus sentidos, travando múltiplas relações, é também sujeito de sua própria história e, na contemporaneidade, essa infância de outrora conta a história de dois tempos: do presente e do passado.
O artigo apresenta narrativas memorialísticas sobre vivências da infância, nos caminhos percorridos entre a casa e as instituições escolares do centro urbano de Florianópolis (SC), na primeira metade do século XX: os Grupos Escolares Lauro Müller, Dias Velho, Silveira de Souza e Arquidiocesano de São José. As memórias sobre as “artes de fazer” da infância, capturadas por meio de quinze entrevistas, gravadas em áudio e imagem, são compreendidas na perspectiva de Michel de Certeau, especialmente no que se refere aos conceitos de “espaços praticados” e de “táticas”. Dentre as conclusões, ressalta que as memórias relampejam de um intenso processo de interação entre entrevistador e entrevistado e que a infância de outrora, nas memórias, é um agente social que faz uso de táticas dentro de uma margem própria à ordem social de cada tempo e contexto histórico.
Resumo Este artigo trata do tema da honra e das penas aplicadas aos alunos nas escolas. No caso específico deste texto, buscou-se reconhecer pela materialidade escolar - “Livro de Honra” do Grupo Escolar Lauro Müller de Florianópolis/SC, datado de 1914 a 1972 (também denominado Livro) - a produção do sentido de honra através dos dispositivos históricos e sociais. Realizou-se uma descrição do Livro e uma interpretação do seu conteúdo, cruzando-o com outros materiais tais como jornais, a legislação educacional e documentos escolares da época. O Livro, como dispositivo, funcionava como normatizador das condutas escolares desejadas, ao mesmo tempo em que honrava aqueles cujo status social já lhes conferia “honra”.
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