Objetivo: o objetivo desta pesquisa é mensurar e classificar traços de personalidade maquiavelista com o propósito de associá-los a comportamento contraproducente em futuros profissionais de contabilidade. Método: aplicação de 137 questionários em 2017, à alunos de 4 instituições de Ensino Superior de Minas Gerais (duas públicas e duas privadas) . Para análise conteúdo, os dados foram utilizados numa analise descritiva e quantitativa, e utilização de testes estatísticos para o estabelecimento de relações entre as respostas obtidas. Resultados: os resultados apontam para a preponderância de um perfil maquiavelista moderado, entre os futuros profissionais de contabilidade, porém não há evidências empíricas nesta amostra que possam levar a conclusão de que o maquiavelismo esteja relacionado ao comportamento contraproducente. A maioria dos entrevistados se autodeclaram com perfil baixo de contraproducência organizacional e interpessoal e há uma forte associação entre essas duas variáveis. Os resultados ainda permitem inferir que o traço de maquiavelismo parece ser em média mais evidente nos homens do que entre as mulheres. Contribuições: entender que o perfil maquiavelista moderado não apresenta necessariamente comportamento contraproducente contribui com a área de recursos humanos em seus processos seletivos e avaliações periódicas.
As empresas listadas na B3 são obrigadas, por força da lei, a passarem por auditorias regulares e a publicarem seus informes financeiros e suas informações complementares. Nesse sentido, as demonstrações financeiras auditadas configuram importante recurso para boa prática de governança e transparência nas corporações empresariais modernas. De modo a diminuir a assimetria informacional e melhorar essas práticas, a CVM instituiu a necessidade de rodízio de auditoria. A pesquisa investigou se a substituição do auditor independente impacta, de alguma maneira, no gerenciamento de resultados (proxy adotada para qualidade da auditoria) nas empresas listadas na B3 entre 2012 e 2016. A amostra foi de 207 empresas não financeiras, resultando em 1890 observações, sendo que o rodízio de auditoria independente foi observado 280 vezes (51% voluntários) ao longo do período. Por meio do método de accruals de Pae (2005) e após a exclusão dos outliers, foi realizada a análise das médias dos grupos de modo a identificar se elas eram estatisticamente diferentes. Constatou-se que a mudança de auditoria independente não afeta os accruals totais, mas reduz os discricionários. Isso pode estar relacionado ao pouco conhecimento sobre o contexto do cliente ou ao receio de assumir riscos judiciais, como também a detecção de erro ou revisão de procedimentos contábeis, por exemplo. De qualquer modo, a consequência para os stakeholders pode ser positiva, pois haverá uma nova perspectiva sobre os eventos econômicos e financeiros da organização, o que aumenta a qualidade e a relevância da informação contábil. Por outro ângulo, se a nova auditoria não possuir a expertise, inclusive com os conhecimentos específicos (sistemas contábeis e estrutura de controle interno da firma), a mudança pode resultar em perda para a informação contábil e, eventualmente, afetar a comparabilidade das demonstrações contábeis.
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