http://dx.doi.org/10.5007/2175-7941.2016v33n2p579 Os avanços da Ciência e da Tecnologia são de grande importância para a modernização da sociedade e se faz necessário a introdução dos primeiros conceitos científicos desde os anos iniciais de escolarização, visando fomentar na criança o interesse por assuntos relacionados à Ciência. Nesse sentido, no presente trabalho investigamos a inserção do ensino de Física junto aos anos iniciais do ensino fundamental, bem como avaliamos os resultados da introdução de módulos de Física em um programa formativo para professores dos anos iniciais sobre suas práticas docentes. Nos módulos de Física foram empregadas diferentes metodologias que consistiram em realização de atividades experimentais, debates e grupos de discussão. Participaram deste estudo 41 docentes, que foram sujeitos às técnicas para avaliação; questionário, grupo focal, fotografias e observação participante. Depois da análise dos dados, constatamos a ausência de temas relativos à Física durante as aulas de Ciências, com o predomínio do ensino da Língua Portuguesa e Matemática em detrimento do ensino de Ciências. Após a participação dos docentes no programa formativo, verificamos mudanças profícuas na prática dos mesmos, que em massa passaram a introduzir o ensino de Ciências/Física nas suas aulas. Ademais, seus alunos foram motivados intrinsecamente, despertando assim o interesse dessas crianças por assuntos relativos ao ensino da Física. Por fim, este trabalho nos possibilitou desconstruir as concepções dos professores acerca da impossibilidade de se ensinar Física para a criança, bem como apontou para a necessidade de ampliação na oferta de programas formativos nas áreas de Ciências para os anos iniciais da formação básica.
Os museus e centros de ciências, enquanto locais de educação não formal e voltados para a divulgação da ciência têm desenvolvido diferentes metodologias e ferramentas que buscam a interlocução entre a produção científica da academia e a população. Nesse sentido, tendo em vista a sua função social, na presente pesquisa buscamos investigar se a comunidade do entorno de um determinado museu de ciências, localizado na cidade do Rio de Janeiro tem como hábito visitar tal espaço, bem como de que forma se apropria desse local. Com isso, por meio de um estudo de caso e norteados pelos padrões da pesquisa qualitativa, utilizamos para a coleta de dados questionários e entrevistas semiestruturadas. Os resultados da pesquisa apontaram que a população residente do entorno não visita o museu em questão, assim como não o faz por desconhecer as atividades que são oferecidas, ou mesmo ignoram o que é um museu de ciências. Desta maneira, salientamos a necessidade de os museus de ciências buscarem novas estratégias de divulgações de suas ações e atividades, de modo a tornar este “não público” em público visitante, evidenciando ainda para a sociedade as suas potencialidades e diferentes possibilidades de educação e lazer.
Resumo: No presente trabalho, objetivamos avaliar um curso de formação continuada para professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental oferecido por um museu de ciência, localizado em uma região de grande vulnerabilidade social da Baixada Fluminense no Estado do Rio de Janeiro. O curso se baseou no modelo crítico-reflexivo, bem como a avaliação transcorreu após um semestre do término das atividades, por meio de entrevista semiestruturada e análise de fotografias. Com os resultados, verificamos mudanças significativas nas práticas dos docentes como a inserção de novas metodologias, interdisciplinaridade, planejamento e organização da disciplina de Ciências. Dessa forma, os docentes compreenderam a importância das Ciências para os anos iniciais, assim como reconheceram as diferentes possibilidades e potencialidades da disciplina para uma educação mais holística da criança.
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