RESUMO -O etanol atualmente produzido em nosso país é proveniente da fermentação do caldo de cana-de-açúcar e do melaço, substratos ricos em sacarose. A produção brasileira, no entanto, embora já bastante expressiva, pode vir a ter um aumento substancial quando a obtenção desse combustível for viabilizada também a partir de biomassa lignocelulósica. Nesse contexto, o resíduo da produção de milho aparece como destaque no cenário nacional e estadual. Em 2015, o estado de Santa Catarina produziu, em seus 465,4 mil hectares de área plantada, aproximadamente 2,5 milhões de toneladas deste resíduo. O desenvolvimento de um processo que disponibilize a glicose para uma posterior conversão em etanol, passa por uma adequada caracterização química da matéria-prima. Assim, neste trabalho, realizou-se a caracterização físico-química do caule e folha de milho, quanto à umidade, cinzas, extrativos e lignina insolúvel. O teor de umidade encontrado foi de 7,46% para o caule e 5,9% para a folha. A porcentagem de cinzas variou de 2,63% para o caule e 5,78% para a folha. Logo, os valores encontrados para a porcentagem de extrativos mantiveram-se dentro da faixa literária e possuem concordância, pois o caule e a folha apresentaram maiores índices de extrativos, quando comparados com a palha. INTRODUÇÃOA alta dependência da sociedade em relação aos combustíveis fósseis e as projeções negativas quanto às reservas desses serviram de alerta para que fontes renováveis de energia começassem a ser desenvolvidas em ritmo acelerado. Biocombustíveis, como o biodiesel e o etanol, passaram a serem visualizados como alternativas potencialmente viáveis, reduzindo os riscos de falta de energia para o crescimento e desenvolvimento dos países.Resíduo lignocelulósicos, como os obtidos durante a colheita do milho, podem possuir um alto teor de celulose e hemicelulose, polissacarídeos que a partir de sua hidrólise geram glicose e xilose, monômeros essenciais para produção de etanol 2G. Nacionalmente, a produção de milho ficou em torno de 53 milhões de toneladas no ano de 2011 e 55 milhões de toneladas no ano de 2012, de acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (2012), mostrando que entre as principais culturas de verão, o milho tem apresentado crescimento considerável ao longo dos anos e possui grandes áreas cultiváveis em diversas regiões do país. Portanto, existe grande geração de resíduos desse produto alimentício, como é o caso da folha, da palha e do caule do milho, que são na maioria dos casos subutilizados, mostrando-se promissores para a produção de etanol de segunda geração. Assim, a utilização dessa biomassa para a produção de bioetanol, perpassa, fundamentalmente, pelo conhecimento da composição físico-química da biomassa.
The demand for ethanol in Brazil is growing. However, although the country is one of the largest producers of this fuel, it is still necessary to diversify the production matrix. In that regard, studies with different raw materials are needed, mainly the use of low cost and high available wastes such as lignocellulosic residues from agriculture. Therefore, this study aimed to analyze the bioethanol production from corn stover. An alkaline pretreatment (CaO) was carried out, followed by enzymatic hydrolysis (Cellic Ctec2 and Cellic Htec2) to obtain fermentable sugars. The best experimental condition for the pretreatment and hydrolysis steps resulted in a solution with 0.31 gsugar∙gbiomass-1. Then, the fermentation was performed by the industrial strain of Saccharomyces cerevisiae (PE-2) and by the wild yeast strain Wickerhamomyces sp. (UFFS-CE-3.1.2). The yield obtained was 0.38 gethanol∙gdry biomass-1 was, demonstrating the potential of this process for bioethanol production.
Brasil é o segundo maior produtor de etanol, contudo ainda é necessário a diversificação da matriz de produção a fim de torná-lo mais atrativo para substituição como combustível alternativo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estudar a produção de bioetanol como biocombustível a partir do resíduo lignocelulósico do milho. Para tanto, executou-se um pré-tratamento seguido de hidrólise enzimática para obtenção de açúcares fermentescíveis. Em seguida, o hidrolisado obtido foi fermentado utilizando uma cepa industrial de Saccharomyces cerevisiae (PE-2) e outra selvagem, isolada a partir de biomassa de milho em decomposição, identificada taxonomicamente como uma nova espécie do gênero Wickerhamomyces. A partir desses processos determinou-se um rendimento de 0,376 g etanol / g glicose, demonstrando o potencial deste processo para a produção de bioetanol.
RESUMO -O Brasil é o segundo maior produtor de álcool combustível do mundo. O etanol atualmente produzido em nosso país é proveniente da fermentação do caldo de cana-de-açúcar e do melaço, substratos ricos em sacarose. A produção brasileira, no entanto, embora já bastante expressiva, pode vir a ter um aumento substancial quando a obtenção desse combustível for viabilizada também a partir de biomassa lignocelulósica. Nesse contexto, a biomassa de milho aparece como destaque no cenário nacional e estadual. Em 2015, o estado de Santa Catarina produziu, em seus 465,4 mil hectares de área plantada, aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de palha de milho. Há ainda, porém, grandes desafios a serem enfrentados para viabilizar essa forma de produção de etanol, que pressupõem a otimização das etapas de pré-tratamento da biomassa, hidrólise dos polissacarídeos e fermentação dos hidrolisados. Desse modo, a viabilidade e o desenvolvimento de tecnologias viáveis para a produção de bioetanol, a partir da palha de milho, perpassam, fundamentalmente, pela caracterização química da matéria-prima. Assim, neste trabalho realizou-se a caracterização química da palha de milho, quanto à umidade, cinzas e extrativos. Os resultados demonstraram que a palha apresenta um baixo conteúdo de matéria inorgânica e lignina insolúvel e um alto conteúdo de extrativos.
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