Objetivo: caracterizar mulheres em faixa etária de risco do câncer de mama usuárias da Atenção Primária à Saúde. Metodologia: estudo descritivo, transversal com abordagem quantitativa, em duas Unidades Básicas de Saúde de Teresina, Piauí. A pesquisa foi realizada com 80 mulheres na faixa de 50 a 69 anos e a coleta de dados ocorreu no período de agosto a novembro de 2017. Resultados: a maioria das mulheres (72,5%) tinha entre 50 a 59 anos, possuíam ensino fundamental incompleto (46,3%) e estavam com sobrepeso (40,0%). Muitas não faziam uso de álcool (88,8%), não eram fumantes (83,8%), mas não praticavam atividade física (60,0%). Destaca-se que 18,8% das mulheres possuíam histórico familiar desse tipo de câncer, 50% faziam o autoexame, sendo que 30% destas faziam raramente. Relataram ainda, jamais terem sido examinadas por profissionais, 56,2%; e que, nunca fizeram mamografia, 23,8%. Conclusão: apesar das ações de promoção e prevenção da saúde realizadas nas referidas Unidades Básicas de Saúde, o estudo apontou que, um número significativo de mulheres na faixa etária de50 a 69 anos estão expostas a riscos importantes de câncer de mama e ainda persistem sem realizar os exames de rastreamento.Descritores: Neoplasias da Mama. Saúde da Mulher. Atenção Primária à Saúde. Perfil de Saúde.
The Covid-19 pandemic does not affect everyone in the same way, the impact created by the sanitary measures of physical isolation adopted in the current context of health and political crisis is more striking and cruel for the populations subjected to previous processes of vulnerability and violence, as that of lesbian women, taking into account the macho, racist and lesbophobic scenario in which we live. This article aims to discuss the biopsychosocial impacts of the Covid-19 pandemic on the health of lesbian women, considering the intersection of several factors that can aggravate or mitigate these impacts.
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Educação em saúde para mulheres indígenas sobre cânceres de mama e de colo uterino
Health education for indigenous women about breast and cervical cancersEducación en salud para mujeres indígenas sobre canceres de mama y del cuello uterino
Resumo As lésbicas se deparam com inúmeras barreiras nos serviços de saúde e vivenciam experiências de preconceito, estigmatização e invisibilização de suas demandas de saúde. Neste artigo, buscou-se compreender os sentidos atribuídos por enfermeiras da atenção básica às práticas de cuidado em saúde com lésbicas. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada com 15 enfermeiras que atuavam na atenção básica de Teresina, Piauí. A análise foi pautada no referencial teórico de habitus, campo e violência simbólica de Pierre Bourdieu. Observou-se que as práticas das enfermeiras no campo da atenção básica seguem protocolos heteronormativos. Portanto, é essencial que essas enfermeiras possam desenvolver outros habitus, a fim de garantir diferentes formas de identidades dentro dos serviços de saúde.
Lesbians face many barriers in health services, and experience prejudice, stigmatization and the invisibility of their health demands. This article aimed at understanding the meanings attributed by primary care nurses to health care practices directed at lesbians. This is a qualitative research carried out with 15 nurses who worked in primary care in Teresina, Piauí. The analysis was based on Pierre Bourdieu’s theoretical framework of habitus, field and symbolic violence. It was observed that the practices of nurses in the field of primary care follow heteronormative protocols. Therefore, it is essential that these nurses develop other habitus, aiming to guarantee different types of identities within the health services.
Resumo: Buscou-se investigar as atitudes de profissionais de enfermagem frente aos cuidados voltados às mulheres lésbicas e às experiências vivenciadas por estas nos serviços de saúde, apoiadas na literatura nacional e internacional, além de construir uma síntese interpretativa da literatura à luz de Bourdieu. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, cuja amostra de 40 artigos foi selecionada nas bases PubMed, Scopus, LILACS e BDENF, no período entre 2004 e 2021. A literatura estudada mostra que as mulheres lésbicas vivenciaram experiências de preconceito, estigmatização e ansiedade nos serviços de saúde. Aponta ainda, que o habitus heteronormativo, fortemente presente nas práticas de saúde, promovem cuidados de enfermagem, em sua maioria, distorcidos, voltados para as mulheres lésbicas como se elas fossem heterossexuais, seja nas dimensões institucionais, relacionais e/ou símbolicas dos serviços de saúde. Desse modo, é necessário garantir a formação em serviço para profissionais de enfermagem, a fim de incluir e naturalizar as particularidades e demandas das mulheres lésbicas.
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Objetivo: Descrever os principais tipos de traumas maxilofaciais em mulheres vítimas de violência física, sua prevalência e atuação do cirurgião dentista no atendimento das vítimas. Métodos: Este trabalho consiste em uma revisão integrativa de literatura de natureza aplicada, pautada na seguinte questão norteadora: Quais os principais tipos de traumatismos maxilofaciais causados em mulheres vítimas de violência física identificados na literatura? Resultados: Os estudos reportaram a maior prevalência de lesões classificadas como leves, na região maxilofacial, afetando, em sua maioria região de tecidos moles das mulheres vítimas de violência física. A faixa etária estava entre19 a 39 anos, tendo como seu principal agressor seu companheiro ou ex companheiro, sendo o cirurgião dentista, neste cenário, um agente importante para o tratamento e notificação dos casos de violência. Considerações Finais: É reconhecida a relevante problemática da violência de gênero, repercutida de diversas formas na vida da vítima. Destaca-se a grande prevalência de traumas maxilofaciais em mulheres vítimas de violência inserida em seu contexto, junto ao reconhecimento do protagonismo do cirurgião dentista no cenário intervindo e posicionando-se no combate à violência.
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