A empatia foi objeto de estudo de diversos campos do saber, como a estética, a Filosofia, a Sociologia e a Psicologia. No que se refere a esta última, a empatia tem sido discutida e investigada principalmente por pesquisadores das áreas clínica, social e do desenvolvimento. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma revisão da literatura sobre a empatia, enfocando aspectos teóricos, conceituais e metodológicos. Inicialmente, serão levantadas questões sobre a polissemia do termo empatia, sobre as controvérsias a respeito da dimensionalidade desse constructo e alguns problemas teórico-metodológicos atuais nesse campo de estudos. Em seguida, serão apresentadas as principais estratégias de investigação usadas na pesquisa sobre a empatia e os resultados de estudos empíricos que abordam reações afetivas vicárias, caracterizadas como sentimentos empáticos. Por fim, serão tecidas algumas considerações a respeito da necessidade de resolução dos problemas teórico-metodológicos citados, da realização de mais trabalhos empíricos e teóricos sobre a empatia no Brasil e das perspectivas futuras de investigação da empatia.
Este trabalho tem o objetivo de discutir o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo - SINASE, os quais dispõem sobre a proteção integral dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes. Foca-se a discussão nas diretrizes do atendimento a adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, especialmente em instituições de ressocialização, destacando-se como características imprescindíveis para o desenvolvimento integral dos adolescentes: o estímulo à negociação, à autonomia, e à democracia, especialmente no relacionamento entre profissionais e adolescentes. Estes documentos são analisados à luz das contribuições teóricas de Piaget para o campo da Psicologia do Desenvolvimento, bem como de achados atuais sobre o desenvolvimento sociomoral de crianças e adolescentes autores de atos infracionais.
O clima organizacional, um dos construtos de maior complexidade na área organizacional, apresenta características que podem ser percebidas de formas distintas por diferentes profissionais. Este estudo teve como objetivo desenvolver e validar a Escala de Clima Organizacional para Organizações de Saúde. Para validar o instrumento foram investigados 668 trabalhadores da área de saúde, que responderam a 100 itens, distribuídos em 13 dimensões. Foi utilizada para estudo da validade a análise fatorial e, para exame da consistência interna, o cálculo do alpha de Cronbach. Os resultados apontaram como melhor solução fatorial a estrutura de 64 itens, dispostos em sete fatores. A consistência interna da medida foi de 0,934. A Escala de Clima Organizacional para Organizações de Saúde demonstrou boa qualidade psicométrica, considerando-se o contexto cultural investigado. Sugere-se, entretanto, a ampliação dos estudos para outros tipos de amostra e organizações, de modo a verificar a validade transcultural do construto.
RESUMO. Justiça distributiva designa um construto relacionado à maneira como as pessoas avaliam as distribuições de bens positivos (renda, liberdade, cargos políticos) ou negativos (punições, sanções, penalidades) na sociedade. Ao fazer julgamentos distributivos, os indivíduos estão preocupados em avaliar em que medida a distribuição favoreceu ou prejudicou os envolvidos, a partir de parâmetros ou princípios que determinam qual método distributivo é mais ou menos justo aplicar no contexto da distribuição. A respeito da justiça distributiva, muitos estudos teóricos e empíricos têm sido realizados. O objetivo do presente trabalho é fazer uma revisão da literatura psicológica sobre o conceito de justiça distributiva, apresentando, inicialmente, as principais teorias psicossociais e do desenvolvimento que tratam deste tema. Além disso, alguns estudos empíricos importantes sobre a justiça distributiva serão revistos e discutidos. Por fim, são feitas algumas considerações a respeito do campo de estudos na atualidade. Palavras-chave: Justiça distributiva; psicologia social; psicologia do desenvolvimento.
ResumoO objetivo principal deste trabalho foi investigar se a empatia exercia influência significativa sobre os raciocínios distributivos de 120 adolescentes, de ambos os sexos e de escolas públicas e particulares. Para tanto, utilizouse uma situação-problema na qual os respondentes tinham que decidir a maneira mais justa de distribuir dinheiro entre seis personagens que haviam trabalhado junto e que diferiam no que diz respeito à naturalidade, produtividade e necessidade. Além disto, utilizou-se o IRI de Davis para avaliar o nível de empatia dos participantes. Nos resultados, observou-se que as dimensões de tomada de perspectiva e de personal distress, além das variáveis sexo e tipo de escola exerceram influência significativa sobre as quantidades de dinheiro distribuídas entre os personagens. Estes resultados são discutidos à luz da teoria de Hoffman e de pesquisas empíricas no campo da moralidade e da justiça distributiva. Palavras-chaves: Moralidade; justiça; distribuição; empatia. AbstractThe main aim of this research was to investigate whether empathy influenced the distributive reasoning of adolescents. A sample of 120 teenagers, controlled by sex and type of school (public or private), took part in the investigation. Distributive justice was evaluated through a dilemma in which the participants had to decide the fairest way to share money among six workers who had worked together but were different terms of productivity, necessity and place of birth. Empathy was measured with IRI (Davis). The results show that role-taking, personal distress, sex and type of school influenced the amounts of money distributed. These results are discussed in the context of Hoffman's theory and empirical research on morality and distributive justice. Keywords: Morality; justice; distribution; empathy.No campo da Psicologia, os primeiros trabalhos sobre a questão da justiça distributiva, a partir de uma perspectiva, psicogenética foram feitos pelo psicólogo suíço Jean Piaget. Em seu trabalho intitulado O juízo moral na criança (1932/1994), Piaget observou que as pessoas passam por estágios de desenvolvimento moral, os quais refletem avanços no campo das dimensões cognitiva e afetiva. No que diz respeito à justiça distributiva, o psicólogo suíço observou que da infância até a adolescência os indivíduos tendem a usar diferentes princípios de distribuição, à medida que evoluem moralmente, em um curso que parte da noção de justiça distributiva por retribuição, passa pelo igualitarismo absoluto e segue em direção à justiça eqüita-tiva. A seqüência proposta por Piaget tem sido verificada empiricamente por estudos com crianças estadunidenses
O presente estudo investigou as relações entre empatia, depressão, ansiedade e estresse em profissionais de saúde brasileiros. Duzentos participantes (87% mulheres), com idades entre 22 e 67 anos (M = 35,1; DP = 9,7) responderam o Índice de Reatividade Interpessoal (Davis, 1983), o Inventário de Sintomas de Estresse (Lipp, 2000), o Inventário de Depressão de Beck e o Inventário de Ansiedade de Beck. Foram observadas correlações positivas entre depressão, ansiedade e estresse, assim como entre ansiedade, depressão, angústia pessoal e fantasia. A análise de regressão indicou que aspectos cognitivos da empatia podem prever sintomas de depressão. De forma geral, os resultados sugerem que a empatia pode estar associada à Saúde Mental dos profissionais de saúde. Discute-se a necessidade de estar atento a essa relação específica, considerando sua importância para a prática profissional desses trabalhadores, assim como para pesquisas na área de Psicologia da Saúde e outras afins.
The goal of the present study was to examine the influence of social context in young children's sharing behavior. Sixty-three children, aged between 3 and 8 years, participated in a dictator game in which they were requested to distribute stickers between themselves and an anonymous child. Results showed that the quantities the participants expected to receive were greater than those which were distributed to the others, t(63) = -6, 28, p < .01. Moreover, older participants shared more stickers when they were being observed than when they allocated stickers alone (p = .001, ηp 2 = .30). It is believed that increasing age leads to a greater respect for the societal rule of equity. These results are discussed in light of previous studies on sharing behavior during childhood.
Na Psicologia, o campo de estudos sobre o desenvolvimento moral, a partir de uma perspectiva psicogenética, teve início com o trabalho O Juízo Moral na Criança, escrito por Jean Piaget, em 1932. Nesse livro, o psicólogo suíço relata uma série de experimentos que demonstram que a moralidade se desenvolve com o passar do tempo e à medida que novas aquisições no campo cognitivo e afetivo são conquistadas pelo sujeito. De lá para cá, esse campo de estudos tem crescido constantemente e produzido novas teorias e propostas de intervenção no âmbito da educação moral. O objetivo deste artigo é apresentar uma breve visão sobre algumas das principais teorias psicológicas que abordam a questão do desenvolvimento moral, demonstrar algumas propostas de aplicação dessas teorias em programas de intervenção e argumentar que a Educação se apresenta como um espaço privilegiado para o desenvolvimento desse tipo de atividade, que não tem sido devidamente aproveitado no Brasil.
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