O presente ensaio nos remete às origens de nosso país e a força de uma nação que foi dizimada e invisibilizada por centenas de anos. Cremos que as redes educativas são um dos meios de grande potência para nos fazer ‘sentirfazerpensar’ os modos de vida dos povos originários em constante alinhamento à natureza, porque, como eles afirmam: - “Nós não cuidamos da natureza, somos a natureza”. Daremos ênfase ao movimento Ecce femina, pensando na força da mãe Terra, nos rizomas de Deleuze e Guatarri, que eclodem mundos de criações educativas. Em busca de diálogo com os personagens conceituais (DELEUZE, 1992; ALVES, 2012), especialmente com a compreensão dos usos que os praticantes ‘sentemfazempensam’ com os múltiplos artefatos, com a noção de acontecimento e com a ideia de virtualidade, decidimos evidenciar o movimento ecce femina. Dessa forma, com autores como Alves, Deleuze, Guattari, Foucault, Biesta, Guajajara e outros, estabelecemos uma conversa, através da metodologia de pesquisa assumida por nós, para compreender os movimentos nas redes educativas em suas variadas facetas e conversar acerca deles, nos processos formativos e curriculares dos ‘sentiresfazerespensares’ que atravessam e criam os cotidianos.
Este artigo objetiva problematizar a expressividade da fotografia como acontecimento formativo que parte do vivido e da abertura para que se manifeste o criativo. A reflexão aqui desenvolvida se articula a partir de linhas de convergência entre dois campos do conhecimento: Educação e Filosofia, recorrendo-se à abordagem da metodologia fenomenológica para indicar as variações da experiência na jurisdição da imanência. No discurso epistemológico predominante, somos movidos pelo racional, pelo cognitivo, e desvalorizamos as sensações e emoções como vias de acesso ao conhecimento, que são tão legítimas quanto a dimensão racional. Trata-se, pois, de explorar as dimensões criativas e fronteiriças da cognição e da imagem como possibilidades de outros modos de sentir e pensar.Palavras-chave: Acontecimento formativo. Fotografia. Educação. Fenomenologia.Expressive folds in teaching: photography as an eventABSTRACTThis article aims to problematize the expressiveness of photography as a formative event that starts from the experience and the opening for the creative to manifest itself. The reflection developed here is articulated based on lines of convergence between two fields of knowledge: Education and Philosophy, using the phenomenological methodology approach to indicate variations in experience in the jurisdiction of immanence. In the predominant epistemological discourse, we are moved by the rational, by the cognitive, and we devalue sensations and emotions as ways of accessing knowledge, which are as legitimate as the rational dimension. It is, therefore, about exploring the creative and frontier dimensions of cognition and image as possibilities for other ways of feeling and thinkingKeywords: Formative happening. Photography. Education. Phenomenology.Pliegues expresivos en la enseñanza: la fotografía como un eventoRESUMENEste artículo tiene como objetivo problematizar la expresividad de la fotografía como un evento formativo que parte de la experiencia y la apertura para que lo creativo se manifieste. La reflexión desarrollada aquí se articula en base a líneas de convergencia entre dos campos de conocimiento: Educación y Filosofía, utilizando el enfoque de metodología fenomenológica para indicar variaciones en la experiencia en la jurisdicción de la inmanencia. En el discurso epistemológico predominante, nos mueve lo racional, lo cognitivo, y devaluamos las sensaciones y las emociones como formas de acceder al conocimiento, que son tan legítimas como la dimensión racional. Por lo tanto, se trata de explorar las dimensiones creativas y fronterizas de la cognición y la imagen como posibilidades para otras formas de sentir y pensar.Palabras clave: Evento formativo. Fotografía. Educación. Fenomenología.
O estudo de caso apresentado objetivou delinear o mapeamento das redes de interação entre os diversos atores que compunham o Programa Profuncionário, desenvolvido pelo Instituto Federal da Bahia (IFBA), entre os anos de 2013 e 2015, visando identificar os principais fenômenos, características e particularidades constituintes das Comunidades de Prática (CdP). Na investigação, foram identificados diferentes modos de participação na CdP, porém, pode-se dizer que a comunicação acontecia com maior ênfase na recepção das informações. Além disso, constatou-se que a CdP se apresenta como potencialidade na educação a distância, porque possibilita maior integração e motivação dos atores sociais envolvidos no processo.
Este artigo tem como objetivo identificar quais são as contribuições da teoria cognitivista para a educação profissional e tecnológica, tendo como base a práxis do projeto integrador do curso Técnico em Administração do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano). O referido projeto integrador tem natureza multidisciplinar e faz parte da matriz curricular do curso Técnico em Administração, integrando diversas áreas do conhecimento, através de uma ação educativa constituída pela seleção de saberes construídos pela sociedade. Para alcançar o objetivo pretendido, o texto dialoga com os principais autores da teoria cognitivista: David Ausubel, Jerome Bruner e Howard Gardner. De abordagem qualitativa, esta pesquisa é classificada como exploratória, pois busca reunir dados, informações e ideias sobre as relações da teoria cognitivista e a práxis do projeto integrador aplicado a educação profissional e tecnológica, a fim de substanciar pesquisas futuras. Como resultado constatou-se que a metodologia do Projeto Integrador é uma oportunidade para que os sujeitos em fase de desenvolvimento cognitivo, a partir de novos conhecimentos e descobertas de habilidades possam ressignificar a sua realidade. Observa-se também que, a participação dos docentes no projeto proporciona refletir as metodologias adotadas em sala de aula, na tentativa de conhecer o perfil dos alunos, renovando assim, o processo ensino aprendizagem.
A presente proposta parte dos pressupostos multirreferencial e interdisciplinar, e tenta compreender e propor um tipo de currículo em rede, composto por movimentos e táticas que não se deixam enquadrar na lógica disciplinar, mas que não possui a pretensão de desabilitá-la completamente. Portanto, o intuito é propor um currículo que consiga trabalhar com as lógicas limiares, que deixa sempre margens à criação de fóruns e debates, nos quais ocorrem processos dialógicos mais intensos. É um currículo com forte teor expressivo e performático. Ele pode ser pensado/praticado como tática, pois se dá através do contato mais próximo e depende das lógicas que se desenrolam no mundo cotidiano. É um currículo que não se deixa adaptar pelas lógicas institucionais e disciplinares e tem preferência pelas transgressões, pelas lógicas plurais, e pelos processos de heterogênese. Sendo assim, o currículo em rede se assenta bem com a lógica do rizoma. As rupturas não são temidas. Elas fazem parte do processo de criação e são percebidas como movimentos que ajudam a produzir saberes e a constituir a diversidade presente no mundo. Um dispositivo curricular que incentiva e baseia-se na intensificação da expressão, logo, um currículo que privilegia a performance e tenta propiciar o livre trânsito da expressão. Assim, então, podemos ponderar que, ao invés da lógica dominante no campo do currículo, que reconhece e trabalha com a produção de objetos, podemos contrapô-la ao que podemos chamar postura ecológica radical, uma operação lógica que privilegie não a emergência de objetos, mas que compreenda o mundo como composto de coisas e relações que formam ambientes e ajudam a compor mundos possíveis. Ou seja, pensar em um tipo de saber e em um currículo sob o crivo desse princípio já é pensá-lo como rede ou como erva daninha, porque ele não desenha nenhuma cartografia estável, que se dê de forma nítida aos olhos do que é institucionalmente posto como o “normal”, como o padrão a ser seguido. Aqui, teríamos um tipo de saber e de currículo que, além de não estarem comprometidos com a constituição de domínios ou territórios, também, ou por causa disso, não estariam enredados nas tramas dicotômicas entre os supostos sujeito e objeto. Assim, veríamos se formar novos arranjos, novos ensaios, novas cartografias, nos quais a espacialidade e as temporalidades não seriam mais remetidas, nem compreendidas na pura dependência do raio antropocêntrico. Então, teríamos a formação de agenciamentos e ambientes. Portanto, teríamos disposições de saberes curriculares que, na possibilidade de aumento da potência das conexões e das multiplicidades, criariam/mobilizariam agenciamentos que não se deixam enquadrar no limitado raio do já instituído ou do existencialmente dado. Enfim, por tudo isso, podemos dizer que certamente os saberes e os currículos podem se fazer rizoma, mas isso não consiste em nenhum estado permanente, mas, pelo contrário, consiste em uma constante busca e experimentação, em que a transformação e a mudança são permanentemente solicitadas.
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