Diante dos revezes ocorridos ao longo da história da democracia brasileira e da importância de se proporcionar o empoderamento da população, pode-se afirmar que o voto é um instrumento valioso para o cidadão operar mudanças diante de uma condição de fragilidade. Nessa perspectiva, parte-se das seguintes indagações: quais são as prioridades dos eleitores? Os eleitores estão bem informados em relação aos candidatos que pleiteiam os cargos políticos? Quais são as fontes de informação mais utilizadas para conhecerem os candidatos e as propostas? Objetiva-se analisar os padrões de comportamento informacional do eleitor, elucidando os modos como este se prepara para votar mediante a busca e o uso de informação. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de natureza quantitativa e exploratória com trezentos eleitores de todas as regiões brasileiras, por meio de questionários. Constatou-se que o comportamento informacional do eleitor é influenciado por distintos aspectos socioeconômicos. Constatou-se que, na classe social mais baixa, há uma premente necessidade de apropriação efetiva da informação para efetuar o voto consciente, enquanto que o extrato social mais alto necessita vencer o ceticismo quanto ao poder transformador do voto.
Informação e conhecimento são imprescindíveis à sobrevivência das empresas e no cotidiano das pessoas. Ademais, o software é elemento fundamental para gerir essas informações. Os profissionais de programação fazem uso de informação e conhecimento organizacional para desenvolverem seus projetos e trabalharem em equipe. Informação e conhecimento representam poder, e seu compartilhamento inclui barganhas, comportamentos estudados pela Teoria da Troca Social. Compartilhar informação efetivamente envolve mais do que repassá-la, envolve uma interferência visando que o receptor faça sua apropriação, para a execução do trabalho, por meio de sujeitos mediadores da informação. Objetiva-se verificar como se dá o compartilhamento de informação e conhecimento entre profissionais de software, inferindo como princípios da Teoria da Troca Social interferem ou em sua mediação, destacando a influência de motivadores egocêntricos e altruístas, ou voltados à coletividade. Como procedimentos metodológicos, efetuou-se um estudo de caso, de natureza descritiva, com profissionais de software discentes de uma instituição pública de ensino superior, de Garça, São Paulo, bem como seus funcionários administrativos, utilizando questionários, entrevistas e análise do site da instituição. Como resultados, verificou-se existirem evidências de mediação da informação e conhecimento entre os pesquisados, sendo que motivações altruístas e egocêntricas se conciliam dialeticamente nessa /mediação/compartilhamento. Atribui-se os resultados possivelmente a valores internalizados na formação universitária e a um ambiente de trabalho psicologicamente positivo. Conclui-se que existem convergências entre a Teoria da Troca Social e a mediação da informação, tanto no aspecto teórico quanto prático, evidenciando a possiblidade da mediação além dos equipamentos informacionais tradicionais: bibliotecas, arquivos e museus.
Software is ubiquitous in an information-based society. Market complexity requires companies to employ open innovation, incorporating external knowledge and providing knowledge to its’ partners. It is aimed to investigate the characteristics of international scientific literature on open innovation and software development, their theoretical affinities and the most relevant authors. As methodological procedures, bibliographic coupling is used, with Social Network Analysis principles, verifying: references in common between papers on this theme, production by country and its annual average. As a result, it is evident that developed countries have higher production on the topic, despite the low annual average. The most referenced papers discuss profitability strategies using open source code. It is concluded that open innovation enables software companies to share knowledge and contribute to the development of society
A informação é fundamental para a competitividade das organizações, nas quais os softwares processam grande quantidade de dados. Programadores elaboram tecnologias apoiando-se na criação e compartilhamento de conhecimentos. O conhecimento tácito é estratégico, resultante da experiência de trabalho requerendo a socialização e um contexto favorável para se desenvolver. Um ambiente de cooperação resulta do clima organizacional positivo e satisfação das necessidades dos colaboradores. O clima organizacional reflete a cultura, que determina valores e práticas empresariais. Contudo, a literatura mostra que há considerável stress entre profissionais de software, resultante da carga de trabalho. Objetiva-se verificar, em uma empresa de software, a relação entre cultura organizacional, clima e compartilhamento de conhecimentos. Efetuou-se um estudo de caso em uma empresa do município de Marília/SP, que detém um Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação. Utilizou-se aportes da Gestão do Conhecimento, Psicologia, Administração, comportamento organizacional e desenvolvimento de software.
A indústria de software tem papel importante na sociedade, sendo um setor lucrativo que provê centenas de milhares de empregos diretos no Brasil. Os programadores têm especial relevância neste contexto, pois são eles que desenvolvem os programas computacionais, utilizando conhecimentos e informações. Na presente revisão de literatura são abordados aspectos da relação desses profissionais com a informação, ou seja, seu comportamento informacional, suas necessidades e problemas neste respeito. Destaca-se ainda a importância de contextualizar o comportamento informacional no âmbito social, neste caso, evidenciado pela cultura organizacional. Foi ainda verificado se o volume da produção científica sobre o comportamento informacional dos referidos profissionais na Ciência da Informação é condizente com a relevância desse ofício para a sociedade, comparado à produção sobre o comportamento informacional de outros profissionais do conhecimento. Como procedimentos metodológicos, realizou-se uma pesquisa em bases de dados on line apurando a quantidade de trabalhos sobre a referida temática, analisando-se seus resumos para examinar os paradigmas e abordagens adotados. Evidenciou-se que poucos trabalhos consideram esta temática na Ciência da Informação, revelando que o tema necessita receber maior atenção no âmbito acadêmico.
Num contexto mercadológico hipercompetitivo e informacionalmente intensivo, gerenciar o conhecimento é vital. O conhecimento é uma criação da mente humana e representa poder simbólico para o detentor, resultando na necessidade de motivação para o seu compartilhamento. A Teoria da Troca Social versa sobre os mecanismos envolvidos nas relações de troca de benefícios entre sujeitos, destacando a reciprocidade, o trabalho em grupo e o altruísmo como forças motivadoras. Enquanto a Filosofia discute interesses egocêntricos na relação do sujeito e coletividade, a biologia mostra o altruísmo como a chave do sucesso evolutivo. A psique humana é complexa, admitindo a coexistência da cooperação e da competição na partilha do conhecimento. Objetiva-se investigar o que motiva os humanos a compartilharem conhecimento, compreendendo as configurações e os aspectos mais destacados na literatura acadêmica sobre a interação entre a Teoria da Troca Social e a Gestão do Conhecimento. Como procedimentos metodológicos efetuou-se uma busca na base de dados Scopus sobre a interação entre a Teoria da Troca Social e a Gestão do conhecimento, realizando-se uma análise de co-ocorrência de palavras-chave, por meio do software VosViewer. Finalmente, foi feita uma análise qualitativa do significado das palavras-chave mais relevantes mediante os artigos mais citados. Como resultados, ressaltou-se as palavras-chave com maior afinidade na forma de agrupamentos, destacando os termos mais utilizados em cada agrupamento, para leitura e sumarização dos artigos mais citados que os continham. Os trabalhos mais citados mostraram a necessidade de criar estratégias motivacionais, formando um ambiente propício ao compartilhamento de conhecimento e mitigando o temor da perda de poder pessoal como consequência dessa partilha.
Os desenvolvedores de softwares utilizam informação e conhecimento para criar, alterar e corrigir códigos-fonte de programação. Os modos coletivos de lidar com a informação, a cultura informacional, estão imbrincados na cultura organizacional. Embora a cultura organizacional seja peculiar a cada empresa, ela sofre influências de perspectivas partilhadas em uma profissão e em um nicho de mercado, a cultura profissional. As práticas informacionais tratam da interligação de fatores subjetivos e coletivos na relação dos sujeitos com a informação e o conhecimento. Objetiva-se analisar as práticas informacionais dos desenvolvedores de software na intersecção das culturas profissional, organizacional e informacional, distinguindo os valores informacionais próprios de cada empresa e os pertencentes à cultura profissional. Objetiva-se ainda identificar os valores adequados à eficácia do trabalho e problemas neste respeito. Como procedimentos metodológicos, utiliza-se o estudo de casos múltiplos, por meio de entrevistas com gestores e programadores de duas empresas. Para análise e interpretação dos dados utiliza-se a análise de conteúdo categorial e a fenomenologia hermenêutica de Paul Ricoeur, elucidando aspectos coletivos subjacentes no discurso individual. Como resultados, os elementos culturais em comum entre as organizações enfatizam a socialização informal de informações e conhecimentos, havendo dificuldade em registrá-los na documentação de software, primazia da Internet como fonte informacional, dentre outros aspectos. Recomenda-se aos gestores conscientizarem os colaboradores da importância do registro de informações, da utilização de fontes confiáveis, e que estabeleçam políticas de incentivo à interação pessoal, para o compartilhamento de informação.
Inovar é essencial para a sobrevivência das empresas. Entretanto, é mais eficaz que os custos da inovação sejam partilhados com os parceiros da empresa, por meio de fluxos de conhecimento do ambiente externo para o interno, mas também o inverso, na inovação aberta. A inovação ocorre em ecossistemas, com seus atores, fluxos de capital, conhecimento e afins. Ecossistema de inovação é um termo guarda-chuva, do qual surgem derivados. Objetiva-se investigar a relação entre ecossistemas de inovação aberta e os ecossistemas de inovação e traçar seus limites. Metodologicamente, uitiliza-se a cientometria, pela co-ocorrência de palavras-chave em artigos da base Scopus. Apurou-se que os ecossistemas de inovação empregam uma abordagem mais formal e restrita, e ecossistemas de inovação aberta destacam o ser humano para a inovação em toda a cadeia de valor, mediante a diversidade de parceiros.
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