OBJETIVO: Identificar o perfil de aquisição dos arquifonemas /N, L, S, R/ em posição de coda medial e final no Português Brasileiro em estudo transversal e longitudinal. MÉTODOS: Foram coletadas e analisadas do ponto de vista fonológico, amostras de fala de 170 crianças entre um ano e dois meses e três anos e oito meses de idade (estudo transversal), e de uma criança, G., acompanhada de um ano, um mês e vinte e dois dias até três anos, quatro meses e vinte e sete dias de idade (estudo longitudinal). RESULTADOS: No perfil transversal os dados obtidos mostraram a emergência precoce da sílaba travada (aos um ano e dois meses), com a aquisição completada aos três anos e oito meses. Os fonemas em coda final tenderam a emergir antes dos fonemas em coda medial, com poucas exceções. Os /L/ e o /N/ foram os primeiros sons nessa posição. Em seguida, observou-se a aquisição de /S/ e, por último, a de /R/. No panorama longitudinal a coda também emergiu cedo, coincidentemente ao um ano e dois meses, porém estava adquirida seis meses antes do que foi observado nos dados transversais, aos três anos e oito meses. A sílaba emergente continha o /N/ ao invés do /L/, como nos dados transversais. O /L/ foi o segundo fonema em coda, enquanto o /S/ continuou sendo mais precoce do que /R/, sendo esses dois fonemas os últimos segmentos a emergir como travamento silábico. Em todos os casos, os fonemas em coda final emergiram antes da coda medial, semelhante aos resultados transversais. CONCLUSÃO: A aquisição da coda mostrou padrões semelhantes, independente do tipo de estudo - longitudinal ou transversal.
Objetivo investigar as habilidades pragmáticas em crianças com desvio fonológico. Método por meio de triagem fonoaudiológica foram selecionadas 12 crianças com diagnóstico de desvio fonológico, com idades entre 3:7 e 7:8, sendo três do sexo feminino e nove do sexo masculino. Foi realizada análise dos aspectos pragmáticos destas crianças, utilizando-se o instrumento ABFW – pragmática. Além disso, as crianças foram classificadas de acordo com a gravidade do desvio fonológico por meio de uma abordagem quantitativa – Percentual de Consoantes Corretas-Revisado e outra qualitativa. Resultados não foi encontrada correlação estatisticamente significante entre gravidade do desvio fonológico e desempenho pragmático. Os sujeitos com desvio fonológico apresentaram número de atos comunicativos por minuto inferior aos parâmetros oferecidos pelo teste, de acordo com cada faixa etária. Conclusão a partir dos resultados obtidos não foi possível afirmar que existe uma relação significante entre a gravidade do desvio fonológico e o desempenho pragmático, no entanto, estes sujeitos apresentam desempenho inferior aos parâmetros do teste.
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