Nos últimos vinte anos, a formação acadêmico-científica arqueológica cresceu exponencialmente no Brasil, culminando com o reconhecimento da profissão em 2018. No entanto, pouco sabemos sobre os perfis socioeconômico e profissional das pessoas atuantes na área, assim como de estudantes em processo de formação, em nível de graduação e pós-graduação. Para que se tenha uma visão geral do quadro da Arqueologia no país, propomos a realização de um levantamento demográfico, cujos primeiros resultados estão compilados neste manuscrito. Esta iniciativa nos possibilita delinear os desafios da inclusão e da representatividade no exercício da profissão, cujas reflexões nos auxiliarão na concepção de medidas práticas para uma mudança desse quadro, no futuro.
Archaeological research provides clear evidence that the widespread formation of Amazonian Dark Earths (ADEs) in tropical lowland South America was concentrated in the Late Holocene, an outcome of sharp demographic growth that peaked towards 1000 BP. In their recent paper, however, Silva et al. propose that the high fertility of ADE is not of anthropic origin but instead the result of alluvial deposition starting in the Middle Holocene (8200-4200 cal BP). In order to support this argument, they marshal data and observations from a single expanse of ADE, the archaeological site of Caldeirão, and disregard or misread other studies of ADEs in the Central Amazon region. Silva et al.'s claim, an epilogue to ‘geogenic’ models laid to rest over 40 years ago, also dismisses research showing how long-term anthropic soil enrichment occurs as a result of daily practices at contemporary indigenous settlements. Here we critically review Silva et al.’s analysis and affirm that, like most ADEs, Caldeirão has anthropic soil horizons formed by burning, deposition, and reworking of refuse associated with indigenous settlement activities between 2500 and 500 BP.
O presente trabalho busca compreender de que formas as plantas cultivadas e também perdidas dos Asurini do Rio Xingu (Amazônia) exercem papéis sociais, simbólicos e identitários para este povo, e como elas são incorporadas pelos Asurini em narrativas sobre o seu passado recente. Durante pesquisa nas aldeias Itaaka e Kwatinemu Novo, foi feito o levantamento de práticas agrícolas em roças atuais e visitas às antigas roças; em adição, entrevistas semi-estruturadas com mulheres e homens Asurini foram realizadas. Os dados obtidos foram então discutidos tendo em vista o papel social que as plantas atualmente cultivadas e as plantas perdidas na história recente exercem entre os Asurini na atualidade. Por fim, buscou-se entender de que forma o estudo da agricultura e o consumo de plantas cultivadas entre os Asurini no passado pode ser uma abordagem frutífera para se pensar o presente e o futuro deste povo.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.