São muitos os agradecimentos que gostaria de fazer a todas as pessoas que contribuiram para a realização deste trabalho. Sem a ajuda, apoio e compreensão de todas elas durante este percurso de minha vida eu não poderia tê-lo completado. Primeiramente, agradeço à Fabiola Silva por ter me acolhido na arqueologia e por sua excelente orientação em todos os momentos, assim como por todas as oportunidades e portas para serem abertas que ela me ofereceu. Agradeço também ao Francisco Noelli, por suas diversas sugestões, referências e diálogos. Agradeço à Cristiana Barreto e Marisa Coutinho pelos comentários na qualificação, que ajudaram na melhoria da dissertação. Agradeço à Silvia Cunha Lima e Juliana Salles Machado Bueno pela arguição final. Agradeço à todos os professores do Programa, especialmente à Veronica Wesolowski, pelo trabalho na organização da Semana de Arqueologia. Agradeço aos funcionários, do MAE pelo apoio nas diversas etapas do trabalho: na biblioteca Alberto Bezerra e Helio Miranda; na seção acadêmica Cleberson Moura, Aline
Nos últimos vinte anos, a formação acadêmico-científica arqueológica cresceu exponencialmente no Brasil, culminando com o reconhecimento da profissão em 2018. No entanto, pouco sabemos sobre os perfis socioeconômico e profissional das pessoas atuantes na área, assim como de estudantes em processo de formação, em nível de graduação e pós-graduação. Para que se tenha uma visão geral do quadro da Arqueologia no país, propomos a realização de um levantamento demográfico, cujos primeiros resultados estão compilados neste manuscrito. Esta iniciativa nos possibilita delinear os desafios da inclusão e da representatividade no exercício da profissão, cujas reflexões nos auxiliarão na concepção de medidas práticas para uma mudança desse quadro, no futuro.
Resumo O uso de observações e relatos etnográficos na Arqueologia é um fato comum na história da disciplina. No entanto, a exploração de questões arqueológicas através de análises de coleções etnográficas tem sido feita de maneira incipiente no Brasil, apesar da importância desses conjuntos de objetos na construção de uma história indígena de longa duração por meio da materialidade. Este artigo discute as relações entre objetos etnográficos e arqueológicos, ressaltando o potencial que os primeiros possuem no desenvolvimento de problemas relacionados aos segundos. A partir das abordagens de estudos de tecnologia, são apresentadas análises de coleções etnográficas de cerâmicas e trançados de povos falantes de línguas Karib na Amazônia guianense. Por fim, as contribuições desse aporte teórico-metodológico são discutidas para essa área do conhecimento.
Este trabalho apresenta os resultados do estudo inicial das características tecnológicas do material cerâmico arqueológico coletado na Terra Indígena (T. I.) Kaiabi, localizada na região do baixo rio Teles Pires (Mato Grosso/Pará). A análise deste material é continuação das atividades desenvolvidas nesta área durante o projeto "Arqueologia, Etnoarqueologia e História Indígena: um estudo sobre a trajetória de ocupação indígena em territórios do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul: a terra indígena Kayabi e a aldeia Lalima", realizado entre 2006 e 2010, coordenado pela Profa. Dra. Fabíola Andréa Silva e com a colaboração dos indígenas que habitam ambos os territórios.No primeiro capítulo da dissertação, apresentamos o contexto histórico e arqueológico do Vale do Tapajós, resumindo a dissertação de Alexandre Robazzini de 2013, também relacionada ao projeto anterior. Os levantamentos das fontes bibliográficas históricas sobre a região, feitos pelo autor, mostraram um panorama da dinâmica de ocupação indígena no Vale do Tapajós e também como ainda são poucas as pesquisas arqueológicas realizadas até o momento. Na segunda parte deste capítulo, descrevemos o trabalho de mestrado de Francisco Stuchi de 2010, detalhando como se desenrolou a pesquisa na T. I. Kaiabi, os aportes teóricos utilizados, os procedimentos de escavação arqueológica, a coleta do material cerâmico que analisamos e as conclusões sobre a ocupação indígena na área.No capítulo seguinte, escrevemos sobre o objeto cerâmico, como ele pode ser estudado a partir de diferentes metodologias e interpretado de diferentes maneiras. Para compreender melhor o que significam os conjuntos cerâmicos neste contexto, analisamos este material com base na noção de cadeia operatória de produção cerâmica (Lemonnier) e nas características de performance dos materiais e objetos (Schiffer e Skibo), entendendo que para cada operação dentro da sequência de produção existe uma escolha feita pela ceramista que é determinada a partir de princípios culturalmente definidos, revelando diferentes modos de se fazer cerâmica, os chamados estilos tecnológicos.
The collections of ethnographic ceramic vessels made by Kari'na women in Guyana, Suriname, French Guiana, and Brazil present part of the history of a ceramic tradition that was consolidated over at least 200 years. The characteristics of ceramics and their production process can be associated to historical relations established by the Kari'na with different collectors and other peoples, as well as the agency of potters to maintain and transform their own tradition. By relating the history of these collections to the global history of museum institutions, this article contributes to the debate on museum decolonization and the transdisciplinary study of ethnographic ceramic collections. In addition, a look back into the past of collections can also give elements for a look forward into the future of the relations between objects and peoples.
No abstract
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