Resumo: Introdução: Uma das diretrizes da atenção básica à saúde (ABS) no Brasil é o primeiro contato da pessoa no sistema de saúde. O acesso ou a acessibilidade é um atributo essencial da APS que teve avaliação ruim em pesquisas brasileiras. O sistema de agendamento certamente influencia o acesso nas unidades de saúde, e o modelo por acesso avançado (AA) tem sido implantado no Brasil, e vem obtendo melhores resultados que modelos tradicionais de agendamento. Objetivo: Este estudo teve como objetivo compreender a percepção de profissionais que atuam em uma unidade básica de saúde de Uberlândia, em Minas Gerais - MG (Centro de Saúde Escola Jaraguá (Cejar)), sobre a implementação do AA. Método: Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou o grupo focal e a análise de conteúdo. Resultado: Foram delimitadas as seguintes categoriais temáticas: Desafios desafios na consolidação da APS e investimento em equipes mínimas; Tensionamentos tensionamentos quanto ao aumento na demanda de atendimentos individuais e sobrecarga de trabalho; Educação educação e saúde: intersecções necessárias entre ensino, serviço, gestão e comunidade. Conclusão: O Cejar apresentou particularidades com a implementação do AA por ser uma unidade de ensino, por não ter Estratégia de Saúde da Família (ESF) consolidada e pela sobrecarga de trabalho advinda com dessa agenda, o que pode contribuir para o planejamento de outras equipes que tenham interesse pelo AA.
Introdução: As Unidades Básicas de Saúde (UBS) desempenham papel central na garantia à população à serviços de saúde. Dotar estas unidades de condições para um atendimento de qualidade é um desafio. Relato: Residentes do primeiro ano de Medicina de Família e Comunidade (MFC)da Universidade Federal de Uberlândia foram direcionados em março de 2018 para uma UBS tradicional (constituída por clínico, pediatra e ginecologista). A partir da contratação de preceptoras especialistas em MFC, formou-se outra equipe, de estratégia básica, composta por elas e residentes. Foi feita territorialização e a distribuição de microáreas para cada residente e construídas planilhas com dados dos pacientes. Assim, foi possível conhecer o perfil da população, implementando diversas ações: grupos, visitas domiciliares, organização da agenda por meio do “acesso avançado”. Reuniões com esta equipe propiciaram espaço de educação permanente e formulação de Projetos Terapêuticos Singulares. A população demonstrou satisfação com as mudanças por meio da Ouvidoria de Saúde. Quantitativamente, os atendimentos aumentaram 17%, sendo que o clínico representou 86% do total desse aumento e houve 40% menos exames laboratoriais solicitados Discussão e considerações finais: A Residência de MFC ofereceu condições para alcançar melhorias no acesso e qualidade dos serviços ofertados pela UBS. A experiência foi bem-sucedida e deveria ser estimulada em outros cenários da Atenção Básica. Propõe-se que as esferas governamentais incentivem a seleção de especialistas em MFC para atuarem na APS e promovam transições de UBS tradicionais para equipes com a Estratégia de Saúde da Família.
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