RESUMO: Foi realizado um levantamento nos arquivos do Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) das doenças de bovinos registradas entre os anos 2005 a 2014. Foram revisados 1124 casos. Destes, 27,6% foram amostras obtidas de necropsias realizadas por técnicos do LPV-UFMT e 72,3% foram amostras encaminhadas ao LPV-UFMT por veterinários de campo. Em 49,38% dos casos (555/1124) o diagnóstico da doença foi feito através da análise morfológica de lesões e/ou através de exames complementares. Raiva foi a principal causa de morte de bovinos neste estudo (7,82%). As doenças inflamatórias e parasitárias foram as mais prevalentes sendo diagnosticadas em 27,49% dos casos, seguida das doenças tóxicas e toxiinfecções com 9,78%. As demais categorias foram distribuídas em ordem decrescente em: neoplasmas e lesões tumoriformes (4%), doenças degenerativas (3,02%), distúrbios causados por agentes físicos (2,84%), distúrbios metabólicos e nutricionais (1,42%) e outras categorias (0,71%).
RESUMO Estudos indicam, por meio de infecção experimental, que primatas não humanos são susceptíveis à infecção por Neospora caninum. Relata-se um caso de um macaco-da-noite (Aotus azarae infulatus), que apresentou sinais inespecíficos e não respondeu à terapêutica clínica de suporte, evoluindo a óbito, encaminhado em seguida para exame anatomopatológico. Amostras de tecidos foram coletadas e processadas rotineiramente para confecção de lâminas histológicas. Microscopicamente, a principal lesão foi observada no coração e consistia em miocardite necrótica multifocal por protozoário, com a presença de estruturas compatíveis com o estágio de taquizoítos de protozoários dos gêneros Neospora sp. ou Toxoplasma sp. No sistema nervoso central, predominantemente no tronco encefálico, havia estruturas semelhantes às descritas no coração. Os resultados da reação em cadeia pela polimerase (PCR) foram positivos para N. caninum e negativos para Toxoplasma gondii, usando DNA extraído do sangue e dos tecidos. Este relato de caso fornece evidências histológicas e moleculares de que o primata em questão foi susceptível a uma infecção natural, porém estudos devem ser realizados para investigar o real papel dos primatas no ciclo de vida de N. caninum.
RESUMO: Os neoplasmas cutâneos em cães apresentam elevada e relevante prevalência em todo o Brasil. Sendo assim, objetivou-se determinar a frequência e algumas características epidemiológicas dos neoplasmas cutâneos em cães diagnosticados no Laboratório de Patologia da Universidade Federal de Mato Grosso (LPV-UFMT), Cuiabá, entre os anos de 2007 a 2014. Foram revisados os protocolos de necropsias e biopsias do LPV-UFMT, de cães com neoplasmas cutâneos. Dados referentes à idade, sexo, raça dos cães afetados, localização anatômica, tamanho, diagnóstico histomorfológico e comportamento biológico foram coletados e analisados através de uma análise estatística descritiva. Adicionalmente o teste χ2, foi utilizado para associações entre comportamento biológico e tamanho da massa. Dos 3566 exames realizados, 656 (18,4%) foram diagnosticados como tumores cutâneos sendo cães adultos e idosos das raças Pit Bull, Boxer e Poodle os mais acometidos. Dentre os 11 padrões morfológicos mais diagnosticados o mastocitoma, carcinoma de células escamosas (CCE) e os tumores de origem vascular foram os mais frequentemente relatados. Em relação ao sítio anatômico, a cabeça foi a mais acometida. A maioria dos tumores benignos apresentaram menos de 1cm de diâmetro e os malignos de 3 a 5cm. O aumento de neoplasmas em adultos e idosos pode estar relacionado ao somatório de danos causados por agentes carcinogênicos e o comprometimento imunológico.
Calf diarrhea causes substantial economic losses to beef cattle production worldwide. It is a complex multifactorial pathological condition influenced by infectious, nutritional and environmental factors. The present study focused on analyzing the pathological and molecular characterization of bovine rotavirus A (BoRVA) during a diarrhea outbreak in a beef cattle herd located in the state of Mato Grosso, central-western region, Brazil. The outbreak caused high morbidity (80%) and mortality (12%) among 1,100 calves up to 30 days of age. The BoRVA was identified in 53.3% (16/30) of the diarrheic fecal samples analyzed using the silver-stained polyacrylamide gel electrophoresis (ss-PAGE) technique. The nucleotide sequence analysis of VP7 (G genotype) and VP4 (P genotype) via RT-PCR from eight BoRVA-positive fecal samples showed the genotypes G6P[5] (n = 6), G6P[11] (n = 1) and G6P[X] (n = 1). Three calves were necropsied and the gross findings included edema and thickened, wrinkled bowel mucosa in the small intestine. Microscopic lesions were confined to the villi of the small intestine, characterized mainly by villus fusion and moderate multifocal lymphoplasmacytic enteritis. Immunohistochemical examination of three cases was positive for BoRVA. The 53.3% of the diarrheic fecal samples that were positive for BoRVA in this study suggested that RV was the etiological agent involved in this neonatal calf diarrhea outbreak.
This study aimed to evaluate the effect of the 0.15% sodium hyaluronate (SH) and of 0.5% carboxymethylcellulose (CMC) on tear film breakup time (TFBUT) in 10 healthy dogs and in 32 eyes of dogs with keratoconjunctivis sicca (KCS). In addition, the goblet cell density (GCD) of this population was quantified. TFBUT was assessed at baseline and at different time points following the instillation of SH and CMC. KCS was graded as mild, moderate, and severe. GCD were quantified from conjunctival biopsies. The number of GCD differed significantly between patients with mild and moderate KCS (P<0.01). TFBUT of healthy dogs increased only for 1 minute after treatment with SH (P<0.01). Regarding baseline and treatments, SH significantly increased TFBUT for up to 30 minutes on the ocular surface, in comparison to CMC, in all categories of KCS (P<0.01). TFBUT and GCD correlated positively when the healthy and diseased eyes were grouped (r=0.41, P=0.006). It can be concluded that in dogs with KCS, SH lasts longer periods on the ocular surface than CMC, but such agents does not increase TFBUT in healthy dogs. Additionally, tear film stability tends to reduce in a linear fashion from the mild to severe form of KCS.
RESUMO: Casos de anemia hemolítica em bovinos de corte em sistema de criação extensiva em Mato Grosso e Rondônia são acompanhados desde 2008. Os animais acometidos apresentam fraqueza, mucosas pálidas ou ictéricas, urina enegrecida, depressão e anorexia. Esse quadro muitas vezes evolui para morte, principalmente quando os animais são movimentados. Durante esse período aproximadamente 429 bovinos morreram em diferentes surtos eem alguns casos a mortalidade chegou a 50%. Foi realizada investigação para as principais causas infecciosas como leptospirose, babesiose, tripanossomíase, anaplasmose e hemoglobinúria bacilar, bem como para as possíveis causas toxicas relatadas como etiologia de anemia hemolítica em bovinos por meio de exames hematológicos, bioquímica sanguínea, moleculares e histopatológicos. Não se observou nas propriedades acometidas, nenhuma das plantas já descritas no Brasil como causadora de anemia hemolítica em animais de interesse pecuário no momento das investigações dos surtos. Apesar da etiologia desses casos ainda não ser conhecida, as evidências epidemiológicas, clínicas e patológicas da doença sugerem que a mesma seja causada por uma planta tóxica de ação hemolítica, presente nas propriedades acometidas, mas que ainda não foi confirmada experimentalmente.
Introdução: O ducto nasolacrimal é um tubo que atravessa o osso lacrimal e a maxila. Rostralmente, ele emerge de seu canal ósseo, prossegue sob a mucosa nasal na face nasal da maxila e termina na abertura do vestíbulo nasal. Sua função é conduzir a lágrima desde o assoalho lacrimal até a narina. Objetivo: Mensurar o ducto nasolacrimal de caninos. Metodologia: CEUA: 23.101.001.395/02-50. Utilizou-se três crânios caninos, denominados C1, C2 e C3, sendo C2 e C3 mesaticefálicos e C1 dolicocefálico, cedidos pelo Laboratório de Anatomia Animal da Universidade Federal do Norte do Tocantins -UFNT. Avaliou-se os crânios comparativamente quanto à presença e localização do ducto nasolacrimal, e introduziu-se um fio de aço pelo osso lacrimal até a sua chegada no vestíbulo nasal, para mensurar o comprimento do ducto nasolacrimal direito e esquerdo de cada crânio (CDNLD e CDNLE, nesta ordem). Após isso, cortou-se o fio com um alicate e realizou-se a medição com um paquímetro digital.
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