Família e escola são considerados contextos primordiais para o desenvolvimento humano, sendo desejável que haja um elo adequado entre esses espaços. Pautado nessa premissa, este artigo objetiva analisar as relações estabelecidas entre a escola e a família de crianças com baixo rendimento escolar, salientando que a escola pesquisada adota o regime de progressão continuada. O referencial teórico do estudo foi a perspectiva bioecológica de Bronfenbrenner. Participaram da pesquisa seis crianças, seus respectivos responsáveis e professoras. A coleta de dados consistiu de entrevistas semiestruturadas e observações. Os dados foram coligidos em duas categorias: envolvimento e comunicação. Embora os resultados destaquem a comunicação como principal veículo de trocas entre os dois contextos, essa necessita ser aprimorada. A família e a escola compreendem que devem trabalhar em colaboração, mas tal relação precisa ser reconstruída, pois se mostra assimétrica e repleta de preconceitos.
Este trabalho objetiva analisar as concepções de professoras, crianças e adultos responsáveis por crianças sobre as temáticas de rendimento escolar e Progressão Continuada. O referencial teórico adotado é a perspectiva bioecológica de Bronfenbrenner. O estudo ocorre em uma cidade do interior de São Paulo/ Brasil, tendo como sujeitos seis famílias e seis crianças - que estavam no final do ciclo I do Ensino Fundamental e que apresentavam um baixo rendimento escolar - e suas respectivas professoras. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas e observações do cotidiano escolar. As análises indicam que professoras, alunos e responsáveis sofrem com o baixo rendimento da criança, apesar de demonstrarem diferentes concepções e ações frente a essa realidade. Quanto à progressão continuada, podese afirmar que as docentes discordam de tal política, afirmando que foi implantada autoritariamente. Por outro lado, pode-se constatar que adultos responsáveis e crianças não possuem informações sobre a progressão continuada e apontam como negativa a promoção automática que vem ocorrendo no processo de escolarização. Cabe destacar que é evidente a divergência de informações entre as instâncias familiares e escolares, o que indica a necessidade de refletir sobre essa interconexão e buscar novas formas de relações.
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