Objetivo: Salientar a importância da nutrição para o crescimento e o desenvolvimento saudável durante a adolescência.Métodos: 1-Revisão bibliográfica nacional e internacional dos principais dados antropométricos a serem aplicados durante a puberdade. 2-Descrição das questões práticas para avaliação do estado nutricional dos adolescentes. 3-Principais intervenções e ações de prevenção das situações de risco nutriconal a serem realizadas pelo pediatra em suas atividades profissionais e junto com a equipe multidisciplinar.Resultados: A adolescência é o período de vida entre 10 e 20 anos de idade, caracterizado pelas intensas mudanças corporais da puberdade e pelo desenvolvimento psicossocial, mudanças que influenciam o aumento das necessidades nutricionais. O acompanhamento de rotina dos adolescentes deve incluir uma avaliação da velocidade de crescimento e da maturação sexual e obtenção das medidas antropométricas para avaliação do estado nutricional. Além do aumento das necessidades protéicas, calóricas e dos principais nutrientes durante o estirão puberal, deve considerar ainda os extras recomendados para o crescimento e para as diversas atividades, de acordo com os estilos de vida. É durante a adolescência que se inicia a prevenção das principais situações de risco nutricional -desnutrição crônica, anorexia, bulimia, anemia, osteopenia, obesidade, aterosclerose, gravidez e lactação.Conclusão: Lidar com adolescentes é abrir novas oportunidades de orientação nutricional e educação em saúde. A divulgação dos conceitos sobre alimentação saudável é parte das recomendações básicas sobre intervenções clínicas e comunitárias. É também compromisso do pediatra em relação à adolescência. J. pediatr. (Rio J.). 2000; 76 (Supl.3): S263-S274: adolescência, avaliação nutricional, antropometria, riscos nutricionais. AbstractObjective: To emphasize the importance of nutrition for healthy growth and development during adolescence.Methods: 1-National and international bibliographic review of the main anthropometric data to be used during puberty. 2-Description of practical questions for the evaluation of the nutritional status of adolescents. 3-Main interventions and prevention actions for nutritional and health risk situations to be planned by the pediatrician in his/here professional activities with the multidisciplinary team.Results: Adolescence is the life period between 10 and 20 years of age marked by the intense body changes of puberty and psychosocial development which influence nutritional needs. The routine follow-up of adolescents should include the evaluation of growth velocity and sexual maturation as well as the anthropometric measures for the evaluation of nutritional status. During the pubertal growth spurt there is an increase in the protein, calorie and nutrient needs, plus the extras to be recommended for growth, activities and diverse life styles. In addition, adolescence is the best time to begin preventive action in situations of nutritional risk, like chronic malnutrition, anorexia, bulimia, anemia, osteopen...
Objective: To analyze trends in risk and protective factors for non-communicable diseases (NCD) and access to preventive tests in the population with health insurance in Brazilian state capitals between 2008 and 2015. Methods: This is a cross-sectional study that analyzed data collected from the Surveillance of Risk and Protective Factors for non-communicable diseases (NCD) Telephone Survey (Sistema Nacional de Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico -Vigitel) on adults aged 18 years and older. We analyzed trends in NCD indicators among health insurance users in approximately 30 thousand interviews done between 2008 and 2015. We used the simple linear regression model to calculate the trends. Results: Health insurance users showed an increase in the prevalence of protective factors such as fruit and vegetable consumption, and physical activity in leisure time. Also, there was a decrease in risk factors such as smoking and soft drink consumption, increase in mammography coverage, and a drop in smoking prevalence. However, overweight, obesity, and diabetes increased. Conclusion: There are differences according to gender, and, in general, women accumulate more protective factors and men, more risk factors.
Resumo O estudo descreve as coberturas de planos de saúde e compara a ocorrência de fatores de risco (FR) e proteção de Doenças Crônicas Não Transmissíveis, na população com e sem planos de saúde nas capitais brasileiras. Foram analisados dados do inquérito telefônico Vigitel. Foi utilizado o modelo de regressão de Poisson para estimar a razão de prevalência (RP), comparando FR entre quem tem ou não plano de saúde. A cobertura de planos foi de 49,1%, mais elevada em Goiania, Vitória, Florianópolis e Belo Horizonte, entre adultos acima de 55 anos e com maior escolaridade. A população com planos de saúde apresenta prevalências mais elevadas de fatores de proteção como consumo de frutas e hortaliças (RP = 1,3 IC95% 1,2-1,3), prática de atividade física no tempo livre (RP = 1,2 IC95% 1,2-1,3), mamografia (RP = 1,2 IC95% 1,1-1,3) e Papanicolau (RP = 1,1 IC95% 1,2-1,3), e menor prevalência de FR como tabagismo (RP = 0,7 IC95% 0,6-0,8), avaliação de saúde ruim (RP = 0,8 IC95% 0,6-0,9), obesidade (RP = 0,8 IC95% 0,7-0,9), carne com gordura (RP = 0,9 IC95% 0,8-0,9) e leite com gordura (RP = 0,9 IC95% 0,8-0,9). Independentemente da escolaridade, a população que tem planos de saúde apresenta geralmente, melhores indicadores, como hábitos mais saudáveis e maior cobertura de exames preventivos.
OBJETIVO: Comparar e avaliar o grau de concordância dos percentuais de gordura corporal em idosos por três diferentes métodos: pela área adiposa do braço (AAB), pela prega cutânea tricipital (PCT) e por bioimpedância (BIA). MÉTODOS: Realizou-se pesquisa quantitativa, descritiva, de corte transversal, com 395 idosos residentes em abrigos conveniados com o município do Rio de Janeiro - RJ. As variáveis utilizadas foram: medidas de massa corporal, estatura, circunferência da cintura, circunferência do braço, prega cutânea tricipital, Índice de Massa Corporal, circunferência muscular do braço, área muscular do braço, área do braço e a equação de Siri. Para associação das variáveis, utilizou-se o Coeficiente de Correlação de Pearson (r), α =0,05, e para concordância, o Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI), com limite de 0,75. RESULTADOS: Todos os coeficientes de correlação intraclasse (CCI) entre as variáveis foram estatisticamente significantes. Comparando os três métodos, o CCI foi de 0,855, com Intervalo do Confiança (IC) de (0,826-0,881). Todos os métodos também apresentaram elevada correlação com as variáveis antropométricas isoladamente, sendo maior a do percentual de gordura por bioimpedância com o IMC, r=0,935 p=0,000. As mulheres apresentaram maior percentual de gordura pelos três métodos, com p<001. CONCLUSÃO: Todos percentuais de gordura apresentaram associação estatisticamente significante com as variáveis antropométricas, o %G BIA apresentou melhor correlação com o IMC, que reflete a massa corporal total e com a CC, que reflete o depósito abdominal. As mulheres tiveram maior percentual de gordura corporal. O %G AAB e o %G SIRI tiveram boa concordância entre eles, sendo que ambos refletem medidas nos membros superiores. O método utilizado influi na estimativa do percentual de gordura a partir dos membros superiores. A AAB sobreestima o percentual de gordura com relação à Equação de Siri e BIA, e seu uso como estimador de gordura global deve ser mais bem estudado.
Objective: To analyze quantitatively and comparatively the deaths by COVID-19 of the four largest municipalities in the North of Rio de Janeiro and Baixada Litorânea of Rio de Janeiro, within the national context. Methods: We used data from the Civil Registry and demographic information to elaborate a general picture of the pandemic up to the 31st epidemiological week in several aspects: evolution, scope, age, sex, race and impact on other causes of death. Results: We characterized the evolution of the pandemic. We found an exponential dependence on the mortality rate by age and a higher lethality in the male population. We determined that COVID-19 represents an important fraction of the causes of death in 2020, being associated with a significant excess of deaths in relation to 2019 and also with the change in mortality patterns due to other causes. Conclusion: Mortality is an effective and powerful indicator for understanding the infection and its pandemic, and it must be taken into account during the construction of public policies to deal with it.
Introdução: A sífilis é um antigo problema de saúde pública, conhecido há mais de 500 anos, apesar das medidas de prevenção e das opções de tratamento acessíveis e eficazes. A disseminação hematogênica do micro-organismo na gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o seu concepto, por via transplacentária, origina a sífilis congênita. Essa transmissão pode ocorrer em qualquer fase gestacional ou estágio clínico da doença materna. Entre os principais fatores que determinam a probabilidade de transmissão da doença estão o estágio da sífilis na mãe e a duração da exposição do feto no útero. Ocorrem aborto espontâneo, natimorto ou morte perinatal em aproximadamente 40% das crianças infectadas por mães não tratadas. Grande parte dessas crianças infectadas é assintomática ao nascimento, com o surgimento dos primeiros sintomas, geralmente, nos primeiros três meses de vida. Por esse motivo, é muito importante a triagem sorológica da mãe na maternidade. Objetivo: Identificar a evolução temporal dos casos de sífilis gestacional e sua consequente transmissão congênita ocorridas no município de Macaé, Rio de Janeiro (RJ), Brasil, no período de 2010‒2018. Métodos: Estudo descritivo, transversal, quantitativo, desenvolvido com base em dados fornecidos pela vigilância epidemiológica do município, por meio de informações contidas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Resultados: Durante o período analisado as notificações de sífilis gestacional foram crescentes. O maior número de notificações da doença foi observado no ano de 2018 (47,33). Esse número representa aumento de quase 10% em relação ao ano anterior. Quando considerada a transmissão vertical da doença, durante esse mesmo período, o maior número de casos também foi observado no ano de 2018 (32,89). No entanto, esse número representa aumento maior que 60% de transmissão transplacentária da sífilis em relação ao ano de 2017. Nesse sentido, quando investigados minuciosamente os óbitos decorrentes da forma congênita da doença no ano de 2018, pode-se observar que somente um óbito relatado era decorrente de uma mãe cujo bairro de residência não possuía a Estratégia Saúde da Família (ESF). Conclusão: Com base nesses dados, iniciou-se a capacitação das equipes de saúde da família para enfrentamento dessa questão. Hoje há a garantia do acesso à detecção da sífilis na gestante, com a disponibilização dos testes rápidos para sífilis nas unidades básicas de saúde para facilitar o diagnóstico, assim como o fornecimento da penicilina benzatina. Além disso, os parceiros com sífilis das gestantes foram orientados a aderir imediatamente ao tratamento, em concomitância com o tratamento das mulheres. Com base nessas ações, a tendência é que haja redução do número de sífilis congênita em Macaé.
Introdução: A adolescência corresponde à fase da vida que decorre entre os 10 e os 19 anos de idade. É um período de transição entre a infância e a idade adulta. Nos últimos anos, o aumento dos casos de gestação na adolescência despertou o interesse da saúde pública em todo o mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, é crescente a proporção da participação de meninas com idade entre 15 e 19 anos nos índices de fecundidade. No entanto, a gravidez nesse grupo populacional pode acarretar complicações obstétricas, com repercussões para a mãe e a criança, além de problemas psicossociais e econômicos, principalmente em decorrência das redefinições na posição social da mulher. Acredita-se, também, que há maior incidência de anemia materna, doença hipertensiva específica da gravidez, desproporção céfalo-pélvica, infecção urinária, prematuridade, placenta prévia, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal agudo intraparto, complicações no parto e puerpério. No entanto, a gravidez pode ser bem tolerada pelas adolescentes, desde que recebam assistência pré-natal adequada. Objetivo: Identificar os casos de gravidez na adolescência ocorridos no município de Macaé, Rio de Janeiro (RJ), Brasil, no período de 2013 a 2018. Métodos: Estudo descritivo, transversal, quantitativo, realizado com base em dados fornecidos pela vigilância epidemiológica municipal, por meio de informações contidas nas declarações incluídas no Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). Resultados: Durante o período analisado, observa-se tendência decrescente dos registros de gestação na adolescência no município. Na análise histórica do período de 2013 a 2018, houve redução de mais de 30% nesse indicador. No entanto, quando analisada a proporção de óbitos fetais e infantis, no ano de 2018, segundo a idade da mãe, a faixa etária que corresponde à adolescência materna respondeu com maior mortalidade (28,57%). Conclusão: Concluímos que a gravidez na adolescência, o parto e o óbito materno devem ser mais estudados, trazendo mais subsídios para a rede de atenção à saúde em Macaé, com o intuito de qualificá-la para o atendimento a essa faixa etária. Na atualidade, a gravidez na adolescência é fenômeno de grande importância e relevância social. Há grande questionamento sobre suas causas, seus riscos, suas consequências, vivências e possível problemática. Muitos a consideram como problema por ser precoce e indesejada, no entanto, ela pode ser desejada e motivo de status social na comunidade. Sabe-se que o número de partos na adolescência seria reduzido se tivéssemos políticas públicas mais eficientes destinadas às necessidades das adolescentes e de suas famílias.
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