This article presents records of (de)construction, in different times/spaces/places, as experienced in a participatory research study developed with the Laklãnõ/Xokleng people residing in the Indigenous Territory Ibirama, in Santa Catarina, Brazil. The objective is to disclose some traces of the paths, mishaps and theoretical-practical results identified in the study, highlighting the role of indigenous subjects. Along the way, we try to keep the research in the perspective of critical interculturality, recognizing the potential to promote processes of decolonization, as the subjects who participate in the process acquire knowledge about their context and reinterpret it in interactive practices. The experience with participatory research has shown that the commitment to work with populations historically placed in vulnerable conditions by colonial processes should not be limited to the timespan of an academic work in order not to become an instrument of exploitation.
RESUMO Este artigo apresenta registros de (des)construção, em diferentes tempos/espaços/lugares, vivenciados em uma pesquisa participante desenvolvida com o povo Laklãnõ/Xokleng, residente na Terra Indígena Ibirama, Santa Catarina, Brasil. O objetivo é socializar alguns traços dos percursos, percalços e resultados teórico-práticos identificados no estudo, destacando o protagonismo dos sujeitos indígenas. Durante o percurso, procuramos manter a pesquisa na perspectiva da interculturalidade crítica, reconhecendo a potencialidade de promover processos de decolonização na medida em que os sujeitos partícipes do processo adquirem novas compreensões acerca do próprio contexto e ressignificam saberes e práticas de forma interativa. A experiência com a pesquisa participante mostrou que o compromisso de trabalhar com populações historicamente vulnerabilizadas por processos coloniais não se deve limitar ao período de um trabalho acadêmico para não se converter em instrumento de exploração.
Juliana de Favere RESUMOEste artigo tem por objetivo apresentar as ações da Universidade Regional de Blumenau (FURB) no contexto do projeto PRODOCÊNCIA que tratou da formação e do uso de tecnologias digitais na Educação. O projeto teve entre seus objetivos específicos ressignificar a prática dos professores dos cursos de licenciatura, em especial do PIBID e PARFOR e incentivar práticas pedagógicas interdisciplinares mediadas pelas TDICs. As ações foram executadas no LIFE explorando o potencial das tecnologias lá existentes e inserindo a interdisciplinaridade como eixo central. Os principais resultados foram: a criação de diretrizes para uso das TDICs nos cursos de formações de professores; a realização de palestras, cursos, oficinas e assessorias, totalizando 1.288 participantes; a disponibilização de 35 objetos de aprendizagem, além de 18 materiais pedagógicos diversos. As discussões e ações realizadas proporcionaram aos envolvidos refletir e ampliar sua visão sobre as possibilidades das TDICs na Educação. De uma visão como algo distante dos professores e que requerem uma formação complexa e específica, para uma visão das TDICs como recursos que promovem a autonomia, a emancipação, a colaboração e a inclusão. Palavras-chave: Tecnologias digitais na educação. Formação de Professores. Prodocência. Life. Pibid. Parfor. ABSTRACTThis article aims to present the actions of the Regional University of Blumenau (FURB) in the context of the PRODOCÊNCIA project that dealt with the training and the use of digital technologies in education. The project had among its specific objectives to resign the teachers' practice, in particular from PIBID and PARFOR, and to encourage interdisciplinary practices mediated by ICDTs. The actions were performed in LIFE exploring the potential of the existing technologies and entering the interdisciplinarity as a central axis.The main results were: the creation of guidelines for use of ICDTs in training teachers; the holding of lectures, courses, workshops, and offices, with a total of 1,288 participants; the provision of 35 learning objects, in addition to 18 various teaching materials. The discussions and actions carried out allowed those involved to reflect and broaden their view on the possibilities of the ICDTs in Education. From a vision of ICDTs as something apart from teachers and that require a complex and specific training, to a vision of tecnology as resources that promote autonomy, empowerment, collaboration and inclusion. (PAPERT, 1984). Ao contrário dessas previsões, as TDICs vêm demonstrando a necessidade de se repensar o papel da escola formal, de modo a conseguirmos inseri-las nos projetos pedagógicos e no cotidiano de seus estudantes. (BUCKINGHAM, 2010;SIBILIA, 2012). No atual estágio do desenvolvimento tecnológico e social, as escolas têm como desafios adaptar-se às novas exigências e necessidades da contemporaneidade, serem proativas na inserção das TDICs em seu contexto de formação e agir em busca da redução das desigualdades geradas pela exclusão digital.Nesse...
O Povo Indígena Laklãnõ/Xokleng habitava o sul do Brasil até a chegada dos colonizadores portugueses que ocuparam as suas terras. O processo de colonização resultou na quase extinção dos indígenas que resistiam à submissão cultural. Os problemas se multiplicaram, mais recentemente, com processos de desenvolvimento que os invisibilizaram ainda mais. Para sobreviver, esse Povo precisou se apropriar da cultura dominante, utilizando a escola como instrumento. Nosso objetivo é problematizar algumas ações que visaram o desenvolvimento da região com a chegada dos europeus e identificar estratégias de sobrevivência, pressupondo que a escola indígena fortaleceu essas estratégias. Utilizamos pesquisa bibliográfica, documental e dados empíricos. Ao final, sinalizamos o resgate da história e da cultura indígena via processos educacionais interculturais, demonstrando a contribuição do Povo Indígena na constituição do que hoje é chamado Vale Europeu.
Trazemos uma perspectiva de educação que, junto a interculturalidade e decolonialidade, enseja promover uma (con)vivência dialógica em um mundo complexo, heterogêneo e diverso. Partimos do pressuposto que a interculturalidade, assim como a decolonialidade são, em si mesmas, experiências transformadoras. Seu poder reside na elaboração de uma consciência crítica que compreende os problemas dos contextos da própria existência, impulsionando uma atuação solidária na (re)construção do mundo. Nessa direção, para compreendermos o contexto hegemônico de imposição socioeconômico-cultural e as desigualdades presentes na América Latina, buscamos refletir sobre suas raízes coloniais, pautadas em ações antidialógicas, tomadas como naturais e muitas vezes reforçadas por práticas educacionais que reproduzem padrões de opressão e submissão dos diversos povos. Essas reflexões nos levam a esperançar outros mundos possíveis a partir da presença e da experiência de viver/praticar a interculturalidade e a decolonialidade.
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