Este artigo pretende refletir sobre o Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde), articulado ao Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) como cenário mobilizador para a adoção da educação interprofissional a partir dos desafios identificados nas instituições de Ensino Superior (IES) pelos participantes do PROPET. Os dados foram produzidos a partir de relatórios das IES e de assessores do Ministério da Saúde, via plataforma FORMSUS. A análise dos dados consistiu de uma sistematização quantitativa e análise de conteúdo. Emergiram como temas: concepções e práticas na educação interprofissional: multi ou inter? Educação Interprofissional e PROPET: desvelando potências. A análise indica que o PROPET vem induzindo novas formas de interação entre cursos envolvidos e seus atores, em cenários reais, enfrentando importantes pontos nevrálgicos da formação em saúde: a articulação ensino/serviço e a qualificação para o trabalho em equipe.
International collaboration can bring together diverse perspectives and provide critical insights for the inclusion of environmental health into basic education for medical practitioners.
Resumo Esta revisão narrativa tem por objetivo analisar a produção científica sobre as Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (SUS) visando compreender as potencialidades e fragilidades do processo de implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Após busca nas bases de dados, 25 artigos foram selecionados e os seus resultados analisados criticamente. Da análise do material emergiram cinco temas principais que explicitaram potencialidades e fragilidades de implantação da política: 1) Formação profissional em PIC para o SUS; 2) Estruturação da oferta em PIC, acesso e promoção da saúde; 3) Conhecimento, acesso e aceitação de usuários em relação às PIC; 4) Conhecimento de profissionais e gestores em relação à PNPIC; e 5) Escopo, monitoramento e avaliação da PNPIC. Os resultados se alinham aos relatórios de gestão da PNPIC aprofundando o conhecimento acerca da implantação da política e reforçando a necessidade de empoderamento dos atores do SUS para o enfrentamento de seus desafios.
Este artigo apresenta o desenvolvimento, validação e utilização de uma metodologia de avaliação da qualidade dos serviços de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS), o Questionário de Avaliação da Qualidade de Serviços de Atenção Básica (QualiAB). Destina-se aos serviços de atenção básica, organizados segundo diferentes modelos de atenção, incluindo a Saúde da Família. Contém 50 indicadores sobre oferta e organização do trabalho assistencial e programático e 15 sobre gerenciamento, na forma de questões de múltipla escolha, autorespondidas via web pela equipe local do serviço. Confere a cada resposta valor zero, um ou dois; a média geral atribui ao serviço um grau de qualidade expresso pela distância do melhor padrão correspondente à média dois. Foi construído por processo de consenso interativo, que incluiu metodologias qualitativas, teste-piloto, aplicação em 127 serviços, validação de construto e confiabilidade. Respondido, em 2007, por 598 (92%) dos serviços de 115 municípios paulistas, mostrou bom poder para discriminar níveis de qualidade. Adotado em 2010 como parte de um programa de apoio à Atenção Básica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, foi respondido por 95% (2.735) dos serviços de 586 municípios (90,8% do Estado). Os resultados foram encaminhados aos municípios. O QualiAB fornece uma avaliação válida, simples e com a possibilidade de retorno imediato para gerentes e profissionais. Mostrou factibilidade, aceitabilidade, bom poder de discriminação e utilidade para auxiliar a gestão da rede de atenção básica do SUS em São Paulo. A experiência indica aplicabilidade nas redes de atenção básica do Brasil.
Tendo como princípios orientadores a integralidade e a humanização do cuidado, a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) - Unesp busca reorientar a formação dos profissionais de saúde com o desenvolvimento de pesquisas e educação permanente na Estratégia de Saúde da Família. Este artigo analisa o primeiro ano do PET-Saúde desenvolvido na FMB e Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu (SP). Foram selecionados como temas de investigação: saúde bucal de gestante, criança e idoso; imunização do adolescente; saúde do adulto e do idoso; e saúde e meio ambiente. Realizaram-se oficinas com a metodologia da problematização, produzindo-se modelos de intervenção nos quais alunos, docentes e profissionais de saúde dos serviços locais de saúde são protagonistas. O programa é um desdobramento da disciplina Interação Universidade, Serviço e Comunidade, ministrada de modo integrado aos cursos de Medicina e Enfermagem. Há resistências no interior da universidade, reconhecendo-se a desvalorização da prática clínica extra-hospitalar e na Atenção Básica. Nesse processo, o PET-Saúde vem fortalecer a prática acadêmica que interliga a universidade, em suas atividades de ensino, pesquisa, serviço e extensão, com demandas da sociedade, de forma partilhada.
A degradação ambiental vem modificando nosso cenário de forma acelerada e interferindo negativamente no processo saúde-doença de toda a comunidade. No entanto, o meio ambiente vem sendo concebido como um simples cenário, algo externo ao ser humano, não onde estamos inseridos e no qual acontecem suas interações e inter-relações. A complexidade dos problemas ambientais clama pela adoção de medidas que superem práticas assistencialistas, levando à adoção de práticas transdisciplinares que avancem na promoção da saúde. Neste artigo procura-se discutir, nesta perspectiva, a necessidade de inserção nos cursos de graduação em saúde a temática saúde e meio ambiente, adotando como exemplo um curso de enfermagem do interior paulista que inseriu uma disciplina relacionada ao tema. Analisa também o papel do enfermeiro na relação com o meio ambiente segundo a representação social dos alunos, trabalhada a partir do Discurso do Sujeito Coletivo. Nota-se que é fundamental discutir essa temática ambiental entre os profissionais da saúde, a fim de que eles se empoderem desse conhecimento e consigam identificar problemas relacionados à questão ambiental, propondo ações resolutivas e preventivas, juntamente com a comunidade, procurando amenizar os riscos ambientais a que todos estão expostos. Reforça-se a profundidade do papel dos profissionais de saúde diante dos problemas ambientais, buscando a saúde em uma perspectiva ampliada de promoção da saúde.
BackgroundPrescribing is a complex and challenging task that must be part of a logical deductive process based on accurate and objective information and not an automated action, without critical thinking or a response to commercial pressure. The objectives of this study were 1) develop and implement a discipline based on the WHO’s Guide to Good Prescribing; 2) evaluate the course acceptance by students; 3) assess the impact that the Rational Use of Medicines (RUM) knowledge had on the students habits of prescribing medication in the University Hospital.MethodsIn 2003, the RUM principal, based in the WHO's Guide to Good Prescribing, was included in the official curriculum of the Botucatu School of Medicine, Brazil, to be taught over a total of 24 hours to students in the 4th year. We analyzed the students' feedback forms about content and teaching methodology filled out immediately after the end of the discipline from 2003 to 2010. In 2010, the use of RUM by past students in their medical practice was assessed through a qualitative approach by a questionnaire with closed-ended rank scaling questions distributed at random and a single semistructured interview for content analysis.ResultsThe discipline teaches future prescribers to use a logical deductive process, based on accurate and objective information, to adopt strict criteria (efficacy, safety, convenience and cost) on selecting drugs and to write a complete prescription. At the end of it, most students considered the discipline very good due to the opportunity to reflect on different actions involved in the prescribing process and liked the teaching methodology. However, former students report that although they are aware of the RUM concepts they cannot regularly use this knowledge in their daily practice because they are not stimulated or even allowed to do so by neither older residents nor senior medical staff.ConclusionsThis discipline is useful to teach RUM to medical students who become aware of the importance of this subject, but the assimilation of the RUM principles in the institution seems to be a long-term process which requires the involvement of a greater number of the academic members.
The present results show that in the ovarioles of a newly emerged (0 day) queen of A. mellifera only two regions may be distinguished: a proximal, short germarium and a very long distal, terminal filament. As the queen matures and gets ready for the nupcial flight, the germarium increases in lenght, advancing towered the distal end, as the terminal filament shortens. The ovarioles of queens ready to mate (6 to 8 days old) have, already one or two ovarian follicles, i.e. a very short proximal vitellarium, but a real vitellogenesis only starts after the fecundation. If the queen does not mate the ovarioles structure is disrupted (12-16 days old). In mated queen eggs the ovarioles present three differentiated regions, from the apice to the basis: a short terminal filament, a medium size germarium, and a very long basal vitellarium. As the eggs are laid, the emptied follicle collapses, degenerates and produces a corpus luteum.Key words: mating, germarium, vitellarium, oocyte. RESUMOInfluência do acasalamento na diferenciação do ovário em rainha adulta de Apis mellifera L. (Hymenoptera, Apidae) Os resultados do presente trabalho demonstram que nos ovaríolos da rainha de Apis mellifera recém-emergida (0 dia) apenas duas regiões podem ser distinguidas: um curto germário proximal e um longo filamento terminal distal. À medida que a rainha amadurece e fica pronta para o vôo nupcial, o comprimento do germário aumenta e avança em direção à região distal e o filamento terminal diminui. Os ovaríolos da rainha pronta para acasalar (6 a 8 dias) têm 1 ou 2 folículos ovarianos, isto é, um vitelário proximal muito pequeno, mas a vitelogênese propriamente dita somente se inicia após a fecundação. Nas rainhas não acasaladas os ovaríolos se desestruturam (12-16 dias). Nas rainhas acasaladas os ovários apresentam os ovaríolos divididos em três regiões, do ápice para a base: um filamento terminal pequeno, um germário médio e um vitelário muito longo. Quando os ovos são postos, os folículos esvaziados colapsam, produzem um corpo lúteo e finalmente degeneram.Palavras-chave: acasalamento, germário, vitelário, ovócito.
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