A pesquisa trata de uma investigação de cunho qualitativo que busca analisar a (re)configuração dos parques urbanos na cidade, bem como sua influência para a sociabilidade na urbe, a partir das práticas de lazer e de turismo. Os parques urbanos são representativos para o lazer da cidade por serem capazes de estabelecer relações sociais por meio das atividades esportivas, culturais, educativas, artísticas, ambientais e contemplativas. Desenvolve-se o artigo com uma revisão literária em torno do tema, por meio de discussões teórico-conceituais sobre os parques urbanos, turismo, lazer, cidade, cidadania, turismo cidadão, paisagem e natureza. O presente artigo tem, portanto, a intenção de apresentar as diversas possibilidades de apropriação e configuração espacial dos parques urbanos na cidade; as práticas de lazer e de turismo e suas influências para a (res)significação da experiência na urbe; a ampliação da cidadania aliada ao turismo e ao lazer; a influência dos parques urbanos na (re)configuração das paisagens na cidade e, finalmente, os fragmentos de natureza no meio urbano.
Este artigo revisita a noção de paisagem sob diferentes perspectivas, motivado em mover fronteiras conceituais por vezes muito rígidas e excludentes. Nesse movimento, um horizonte nos aproxima de outras percepções que sinalizam ser a paisagem uma experiência sensível do espaço. Nesse desejo de expansão conceitual, o estudo procura tocar em cosmogonias ameríndias com base nos escritos dos autores indígenas Ailton Krenak e David Kopenawa. Por fim, a partir de dois projetos artísticos interessados no enlace com a paisagem urbana, a vídeo-projeção Le petit pont, de Karina Dias, e BR-3, espetáculo do Teatro da Vertigem, procura-se evidenciar como a arte contemporânea repensa a noção de paisagem num exercício de reencontrar a terra: olhar a árvore, olhar o rio, olhar o céu.
Em tempos de pandemia, como reencontrar o mundo perdido, percorrer a paisagem, contemplar a vista, reviver a cidade? Nesse estado-de-cabana vivido, permanecemos (i)móveis? Diante desse outro modo de viver, reencontrar, então, as pistas que nos reconduzirão ao lado de fora. O que se segue é como relato composto de notas avulsas, pensamentos dos confins de um tempo recente que ainda nos olha.
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