Introdução: A saúde como um direito inerente à cidadania na Constituição de 1988 foi uma conquista de grupos sociais que, à época, insatisfeitos com as desigualdades e exclusão de parte da população aos serviços de saúde, lutaram pela consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). Através desta conquista, políticas públicas foram implementadas para garantir este direito. No entanto, as desigualdades de acesso aos serviços de saúde são, ainda, um problema presente que impede o efetivo exercício do SUS em virtude de barreiras encontradas em diferentes dimensões, como a estrutural, operacional e relacional. Objetivo: Revisar a produção científica sobre a acessibilidade aos serviços odontológicos do SUS, caracterizando as principais barreiras de acesso. Método: Revisão integrativa da literatura com busca ativa de artigos publicados no período de 2010 a 2017 nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os descritores “acesso”, “acessibilidade”, “serviços odontológicos” e “saúde bucal”. Resultados: Um total de 24 artigos foram selecionados, apresentando como principais barreiras de acesso a falta de informação sobre os serviços e da importância da saúde bucal, a autoavaliação quanto à saúde bucal, a falta de materiais, recursos humanos e insumos, a não efetivação das políticas públicas vigentes, dentre outros. Conclusão: A superação das barreiras de acesso é fundamental para diminuir as iniquidades sociais e promover a justiça social, bem como novos estudos voltados para os grupos considerados mais vulneráveis.
BACKGROUND: Cross-sectional studies point out important evidence between anxiety and dyslipdemic disorders in health workers. OBJECTIVE: Our main objective was to estimate the association between anxiety and dyslipidemia in Primary Health Care (PHC) nursing professionals in Feira de Santana, Bahia, Brazil. METHODS: A confirmatory cross-sectional study involving 376 PHC nursing professionals. Data collection occurred through the application of a questionnaire containing sociodemographic, labor and lifestyle issues, and the Beck Inventory for anxiety; to evaluate the lipid profile, the HDL-c, LDL-c, and triglycerides markers were evaluated. Descriptive, bivariate analysis and Logistic Regression were performed. RESULTS: The estimated prevalence of moderate/severe anxiety corresponded to 26.1% and dyslipidemia was 54.8%, with a statistically significant association between both of variables stratified by physical activity (PR = 2.69; 95% CI = 1.87–3.85) and (PR = 1.87; 95% CI = 1.53–2.28). CONCLUSIONS: There is a positive association between anxiety and dyslipidemia in Primary Health Care nursing professionals.
Em dezembro de 2019, casos inexplicáveis de pneumonia foram relatados em alguns hospitais na cidade de Wuhan, China, com histórico de exposição ao grande mercado de frutos do mar desta cidade. Foi confirmado ser uma infecção respiratória aguda causada por um novo coronavírus, cujo patógeno é o SARS-CoV-2, causador da doença COVID-19 [1].A partir de então, o novo coronavírus tornou-se pandêmico devido à sua alta transmissibilidade e à disseminação assintomática, a qual dificulta a detecção para o controle através da quarentena. Isso facilita o crescimento de casos fatais em populações vulneráveis, como idosos e portadores de comorbidades, sendo agravado ainda mais pelo fato de atualmente não haver vacina ou tratamento antiviral para o novo coronavírus, cujo tratamento é sintomático, com apoio da terapia intensiva para pacientes graves [1,3,4]. No entanto, a emergência desta nova doença traz outros impactos que vão além dos casos confirmados e óbitos. Ela coloca à prova a estrutura de vigilância sanitária do país, sobretudo no atual momento de redução de investimentos em pesquisa e no Sistema Único de Saúde (SUS), que dificulta respostas ao avanço da doença bem como a detecção precoce. Assim, esta pandemia pode estabelecer a necessidade de racionar equipamentos médicos e intervenções, tendo em vista uma possível escassez de leitos hospitalares e de terapia intensiva, além de afetar a disponibilidade de mão de obra especializada, em razão dos trabalhadores de saúde estarem adoecendo, por falta de equipamentos de proteção e contato com os pacientes infectados [3-5].Observa-se, pois, que os trabalhadores dos serviços de saúde fazem parte de um grupo de alto risco para a COVID-19, de forma que o adoecimento destes profissionais acende um alarme para a redução de recursos humanos, o que compromete o potencial de resposta à doença [3]. Este cenário estende-se à atenção básica de saúde, cuja política (Política Nacional de Atenção Básica – PNAB), aprovada no ano de 2006, abrange ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico e tratamento, no âmbito individual ou coletivo, de forma a reorganizar e reorientar as práticas em saúde [6]. Os trabalhadores deste modelo de atenção à saúde estão expostos à realidade dos conflitos sociais das comunidades e ao estresse decorrente da violência nestas áreas. Além disso, convivem diretamente com o sofrimento do próximo, com a escassez de recursos e a imensa demanda de responsabilidades, que afetam a resolutividade das ações, contribuem para o desenvolvimento de doenças ligadas ao trabalho e influenciam no processo de viver humano [7-10].Entende-se que as dificuldades e adoecimento dos trabalhadores de saúde da atenção básica podem ser exacerbados durante a epidemia da doença COVID-19 e não se restringem ao contágio pelo vírus e seus sintomas, mas também ao adoecimento mental em virtude do estresse e da carga de trabalho que a situação exige [11].Dessa maneira, os principais motivos que levam os profissionais de saúde ao sofrimento mental durante a pandemia são: medo de ser demitido e perder seus meios de subsistência; medo de ser infectado e ser colocado em isolamento, separando-se da família; sobrecarga física e mental; filhos em casa em virtude do fechamento das escolas; necessidade de se atualizar sobre a nova doença; decisões difíceis em relação as escolhas terapêuticas; luto pelas perdas dos pacientes e colegas; estigma gerado na população com relação aos profissionais de saúde que estão em contato com portadores da COVID-19; baixa remuneração; ausência de equipamentos de proteção individual, dentre outros [3,12,13].Portanto, cuidar da saúde mental dos trabalhadores da saúde durante a pandemia da COVID-19 é essencial para a segurança deles e dos pacientes. O gerenciamento da saúde mental, do bem-estar psicossocial e da saúde física durante esse período possibilita que os trabalhadores de saúde tenham melhor condição de desenvolver suas atividades [3].Dentre as inúmeras estratégias de melhoria da saúde mental dos profissionais de saúde, o Ministério da Saúde, Brasil (2020) recomenda, para a redução do estresse, técnicas de observação da respiração com os trabalhadores, e/ou outras Práticas Integrativas e Complementares de saúde (PICS), que possam ser testadas neste contexto.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.