The prevalence of self-reported ADRs to first-line antiretroviral regimens was high and patients using DTG/TDF/3TC had a smaller number of ADRs. In addition to HAART regimen, sociodemographic, clinical, and quality of life characteristics were associated with ADRs.
OBJETIVO: Estimar a prevalência do tabagismo e avaliar os fatores a ele associados em pessoas vivendo com HIV (PVHIV). MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal de uma coorte prospectiva concorrente com 462 indivíduos em início de terapia antirretroviral atendidos em três serviços de assistência especializada ao HIV/aids em Belo Horizonte entre 2015 e 2017. Os status de tabagismo utilizados foram: fumante atual (FA), ex-fumante (EF) e não fumante (NF). Realizou-se regressão logística multinomial, sendo NF a categoria de referência. RESULTADOS: A maioria dos participantes eram homens (81,4%), jovens (de até 34 anos; 57,2%) e não brancos (75,7%). Do total de indivíduos, 27,7% eram FA, 22,9% EF, e 49,4% NF. A maioria dos tabagistas eram fumantes leves (65,1%), consumiam até 10 cigarros por dia e fumavam havia mais de 10 anos (63,3%), tendo começado em média aos 17,2 anos de idade (DP = 5,1). Na análise multivariada, maiores chances de ser FA se associaram a: ser do sexo feminino, ter até 9 anos de escolaridade, usar ou já ter usado álcool e drogas ilícitas (maconha, cocaína e crack) e apresentar sinais e/ou sintomas de ansiedade ou depressão. Maiores chances de ser EF se associaram a ter até 9 anos de escolaridade e usar ou já ter usado álcool e drogas e ilícitas (maconha e crack). CONCLUSÕES: Os resultados mostram que o tabagismo é altamente prevalente entre PVHIV, indicando a necessidade de os serviços de assistência especializada em HIV priorizarem intervenções a fim de cessá-lo, com abordagem sobre o uso de álcool e drogas ilícitas, especialmente voltadas para pessoas jovens, com baixa escolaridade e com sinais e/ou sintomas de ansiedade ou depressão.
OBJETIVO: Avaliar longitudinalmente a alteração da qualidade de vida em pessoas que vivem com HIV iniciando a terapia antirretroviral, atendidas em três serviços públicos de referência na assistência especializada ao HIV em Belo Horizonte. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo, com o acompanhamento de pessoas que vivem com HIV, com 18 anos de idade ou mais, e iniciando terapia antirretroviral. Dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos, relacionados ao tratamento farmacológico e ao serviço foram obtidos por entrevistas, complementados com informações dos prontuários clínicos e dos sistemas de informação do Programa Brasileiro de HIV/AIDS. A qualidade de vida foi avaliada utilizando o instrumento WHOQOLHIV-bref, por meio de entrevista face a face, com intervalo mínimo de seis meses entre as entrevistas. A alteração média na qualidade de vida entre as duas entrevistas foi avaliada utilizando o teste t pareado. Os fatores associados foram avaliados por meio de regressão linear múltipla. RESULTADOS: A qualidade de vida global, assim como a qualidade de vida nos domínios físico, psicológico, nível de independência, ambiente e espiritual foram estatisticamente melhores em pessoas que vivem com HIV usando terapia antirretroviral no final do tempo de acompanhamento. Fatores independentemente associados ao incremento na qualidade de vida foram possuir crença religiosa e morar com outras pessoas. Enquanto ter sinais ou sintomas de ansiedade e depressão e o número de reações adversas a medicamentos reportadas foram preditores associados à piora da qualidade de vida. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam melhora na qualidade de vida em pessoas vivendo com HIV iniciando a terapia antirretroviral ao longo do tempo. Evidenciam ainda a necessidade de se acompanhar e prover cuidados de saúde, em especial para indivíduos com sinais e sintomas de ansiedade e depressão e que relatam reações adversas a medicamentos no início do tratamento.
Resumo O objetivo deste artigo é avaliar as condições dos serviços de Atenção Básica (AB) brasileiros quanto a disponibilidade de testes rápidos (TR) para o diagnóstico precoce e de Benzilpenicilina (BZP) para o tratamento das gestantes com sífilis. Estudo transversal com dados dos serviços de AB que participaram do Programa de Melhoria da Qualidade da Atenção Básica. Os serviços que não dispunham de TR sempre disponível ou não dispunham de BZP em quantidade suficiente foram categorizados como “inadequados” e aqueles que dispunham de TR sempre disponível e de BZP em quantidade suficiente, como “adequados”. Foi realizada análise bivariada e estimados os Odds ratios com seus respectivos Intervalos de Confiança de 95%. A amostra incluiu 20.286 serviços de AB de todas as regiões do país. A prevalência de serviços com condições inadequadas para diagnóstico e tratamento da sífilis foi de 47,7%. A região Centro-Oeste e as cidades que não eram capitais apresentaram maiores prevalências de serviços de AB com condições inadequadas para diagnóstico e tratamento da sífilis em gestantes (p<0,05). Diferenças regionais e de localização dos serviços de AB impactam na disponibilidade de TR e de BZP.
OBJETIVO Avaliar a prevalência e os fatores associados à coinfecção HIV/sífilis em pessoas no início da terapia antirretroviral no município de Belo Horizonte, Minas Gerais. MÉTODOS Foi realizado um corte seccional de um estudo de coorte prospectivo, com pessoas vivendo com HIV, sem tratamento prévio da infecção, em início da terapia antirretroviral, maiores de 16 anos e em acompanhamento em serviços de assistência especializada em HIV/aids de Belo Horizonte. Dados sociodemográficos, comportamentais, clínicos, laboratoriais e relacionados ao tratamento farmacológico foram obtidos por meio de entrevistas, coleta em prontuários clínicos e nos sistemas de informação de controle de medicamentos antirretrovirais e exames laboratoriais. A variável dependente foi o primeiro episódio de sífilis ativa, registrado pelo médico em prontuário clínico, em um período de 12 meses após início da terapia antirretroviral. Os fatores associados à coinfecção HIV/sífilis foram avaliados por meio de regressão logística binária múltipla. RESULTADOS Dentre os 459 indivíduos avaliados, observou-se uma prevalência de 19,5% (n = 90) de infecções sexualmente transmissíveis, sendo a sífilis (n = 49) a infecção sexualmente transmissível mais frequente nesses indivíduos. A prevalência da coinfecção HIV/sífilis foi de 10,6% (n = 49) e os fatores independentes associados foram o uso de álcool (OR = 2,30; IC95% 1,01–5,26) e ter diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis (OR = 3,33; IC95% 1,24–8,95). CONCLUSÕES Houve alta prevalência de coinfecção HIV/sífilis em pessoas vivendo com HIV em início de terapia antirretroviral em Belo Horizonte. A coinfecção HIV/sífilis foi associada a fatores comportamentais e clínicos, como uso de álcool e diagnóstico de outras infecções sexualmente transmissíveis. O conhecimento prévio sobre os fatores associados à essa coinfecção pode subsidiar as decisões dos profissionais de saúde inseridos no cuidado às pessoas vivendo com HIV, no que diz respeito ao diagnóstico oportuno, orientações, acompanhamento e tratamento adequado, tanto da sífilis quanto do HIV.
The aim of this article is to evaluate the conditions of Primary Care (PC) services in Brazil as regards the availability of quick tests (QTs) for early diagnoses and of Benzylpenicillin (BZP) for the treatment of pregnant women with syphilis. This was a cross-sectional study, conducted with data from PC services that participated in the National Program for Access and Quality Improvement in Primary Care (PMAQ-AB, in Portuguese). The services where QTs were not readily available or where BZP was not available in a sufficient quantity were categorized as “inadequate”, while those where the QTs were readily available and BZP was found in sufficient quantities were categorized as “adequate”. A bivariate analysis and Odds Ratio (OR) estimates, together with their respective 95% confidence intervals (CI), were performed. The sample included 20,286 PC services from regions throughout the country. The prevalence of services with inadequate conditions for the diagnosis and treatment of syphilis was 47.7%. The Midwest region and non-capital cities presented the highest prevalence rates for PC services with inadequate conditions for the diagnosis and treatment of syphilis in pregnant women (p<0.05). Differences in the regions and locations of the PC services impact the availability of QTs and BZP.
As terapias antirretrovirais são utilizadas como forma de melhorar a expectativa de vida das pessoas vivendo com HIV. Com a redução dos efeitos adversos, a terapia dupla com dolutegravir (DTG) mais lamivudina (3TC) vêm se mostrando uma opção viável. No entanto, mesmo apresentando uma eficácia similar à terapia tripla, ainda há a ausência de enfoque nas taxas de descontinuação do tratamento. Por este motivo, o objetivo com esse trabalho foi avaliar a taxa de descontinuação da terapia antirretroviral dupla com DTG mais 3TC em pessoas vivendo com HIV. Foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados PubMed, SciElo e Scopus, a partir da seleção de estudos de coorte que relataram a taxa de descontinuação com uso da terapia dupla com DTG mais 3TC. Foram selecionados 14 artigos, oito estudos retrospectivos e seis estudos prospectivos. A população foi composta por 2.666 indivíduos, com idade média de 50,4 anos, sendo 75,2% do sexo masculino. A taxa de descontinuação da terapia dupla com DTG mais 3TC descrita nos estudos variou de 0,0% a 22,4%. Um total de 364 indivíduos descontinuaram a terapia dupla com DTG mais 3TC, sendo a taxa de descontinuação observada de 13,7% (IC95% 13,0-14,4%). Os principais motivos para descontinuação foram eventos neuropsiquiátricos (19,5%), falha virológica (10,7%) e toxicidade gastrointestinal (8,8%). Mesmo com os benefícios fornecidos pela terapia dupla, alguns fatores ainda contribuem para a descontinuação do tratamento, sendo possível observar ainda uma alta taxa de descontinuação do tratamento utilizando a terapia dupla de DTG mais 3TC. Incluir o resumo.
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