Resumo A previsão da data de floração da soja é importante para o manejo da cultura e para o uso em modelos de crescimento e de produção. O objetivo deste estudo foi o de quantificar o efeito do fotoperíodo e da temperatura na duração do período de florescimento, e avaliar a resposta de um modelo linear simples para predizer o período de floração de genótipos de soja de diferentes grupos de maturação, em diferentes épocas. Foi avaliada a habilidade da equação D = a + b T + c F, onde a , b e c são parâmetros empíricos, e T e F representam a média da temperatura e do fotoperíodo entre a emergência e a floração. Os parâmetros no modelo foram avaliados mediante análise de regressão múltipla, combinando os dados de dois anos agrícolas, em Passo Fundo, RS, em relação a cada genótipo. O período entre a emergência e o florescimento foi afetado pela temperatura e pelo fotoperíodo. As cultivares e a linhagem apresentaram diferentes sensibilidades a cada um desses fatores, resultando em coeficientes distintos. As datas de floração estimadas e observadas foram altamente significativas (r 2 superiores a 0,77) em todos os genótipos, com uma variação de erro-padrão entre 2,4 e 4,8 dias.Termos para indexação: Glycine max, floração, fatores ambientais, época de semeadura. Quantitative response of soybean flowering to temperature and photoperiodAbstract Predicting the time of soybean flowering is a critical step for crop management practices, as well as for the development of crop models. The objective of this study was to quantify the effect of photoperiod and of temperature on the duration of the flowering period, and to evaluate the response of a simple linear model for predicting the flowering period of soybean genotypes of different maturation groups within different epochs. The ability of the equation D = a + b T + c F, where a , b and c are empirical parameters, and T and F refer to the medium temperature and to the photoperiod between emergence and flowering, was evaluated. Evaluation of the coefficients were carried out through multiple regression analysis combining the data sets from two growing seasons for each genotype (1995/96 and 1996/97) in Passo Fundo, RS, Brazil. Multiple regression analysis showed that the period between emergence and flowering was influenced by temperature and photoperiod. The cultivars under study showed different susceptibilities to each factor, resulting in specific coefficients. The agreement between observed and predicted time of flowering was highly significant for all genotypes (r 2 higher than 0.77) with standard deviations ranging from 2.4 and 4.8 days.Index terms: Glycine max, flowering, environmental factors, sowing date.(1) Aceito para publicação em 2 de junho de 2000. Introdução Fotoperíodo e temperatura são importantes para o desenvolvimento da cultura da soja, por provocarem mudanças qualitativas ao longo do seu ciclo. As respostas a esses dois fatores não são lineares durante o ciclo de vida da cultura, pois existem
-The objective of this study was to assess the impact of genetic breeding on grain yield, and to identify the physiological traits associated to the increment in yield and their related growth processes, for wheat cultivars grown in Southern Brazil, in the past five decades. Seven wheat cultivars released between 1940 and 1992, were compared for physiological aspects associated with grain yield. Grain yield, biological yield, biomass partitioning, harvest index and grain yield components were also determined. The number of grains per square meter was more affected by plant breeding and was better correlated with grain yield (r = 0.94, p<0.01) than with grain weight (r = -0.39 ns ). The higher number of grains per square meter was better correlated with the number of grains per spike in the modern cultivars than in the older ones. The genetic gain in grain yield was 44.9 kg ha -1 per year, reflecting important efforts of the breeding programs carried out in Southern Brazil. Grain yield changes, during the period of study, were better associated with biomass production (r = 0.78, p<0.01) than with harvest index (r = 0.65, p<0.01).Index terms: Triticum aestivum, genetic gain, harvest index, yield components. Cinqüenta anos de melhoramento de trigo no Sul do Brasil: melhoramento na produção e mudanças associadasResumo -O objetivo deste trabalho foi avaliar a contribuição do melhoramento genético na produtividade de grãos e identificar as características fisiológicas, associadas ao incremento do rendimento, e os processos de crescimento que as produzem. Foram estudadas sete cultivares de trigo, extensivamente cultivadas na região Sul do Brasil entre 1940 e 1992. As cultivares foram comparadas quanto ao rendimento de grãos, produção biológica, índice de colheita, partição de biomassa e componentes do rendimento. O número de grãos por metro quadrado foi o componente mais afetado pelo melhoramento genético, no período de 52 anos abrangidos pelo estudo, e esteve mais correlacionado ao rendimento de grãos (r = 0,94, p<0,01) do que o peso de grãos (r = -0,39 ns ). O maior número de grãos por metro quadrado, observado nas cultivares modernas, foi mais correlacionado com seu número de grãos por espiga, em relação às cultivares antigas, o que caracteriza a importância do período de pré-antese na produção de grãos. O ganho genético na produção de grãos foi de 44,9 kg ha -1 por ano e reflete o importante esforço dos programas de melhoramento genético desenvolvidos no Sul do Brasil. As variações em rendimento de grãos, ocorridas no período de estudo, estiveram mais associadas à produção de biomassa (r = 0,78, p<0,01) do que ao índice de colheita (r = 0,65, p<0,01).Termos para indexação: Triticum aestivum, ganho genético, índice de colheita, componentes de rendimento.
A qualidade industrial do trigo é afetada por fatores genéticos e ambientais, como solo, clima, tratos culturais, e outros. O presente trabalho teve como finalidade avaliar o efeito de sistemas de manejo de solo e de rotação de culturas sobre características que definem a qualidade industrial de trigo (peso do hectolitro, peso de mil grãos, extração experimental de farinha, alveografia, teste de microssedimentação com lauril sulfato de sódio e número de queda). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e três repetições. A parcela principal foi constituída pelos sistemas de manejo de solo (plantio direto, preparos convencionais de solo com arado de discos e de aivecas, e cultivo mínimo), e a subparcela, pelos sistemas de rotação de culturas (monocultura, um inverno e dois invernos sem trigo). O preparo convencional de solo com arado de discos e o cultivo mínimo reduziu o número de queda; o sistema de rotação com dois invernos sem trigo elevou o peso do hectolitro; a monocultura desse cereal reduziu o peso do hectolitro, elevou a força geral de glúten e a microssedimentação com lauril sulfato de sódio; a interação sistemas de manejo de solo, rotação de culturas e ano de cultivo afetou o peso de mil grãos e, o ano de cultivo teve grande influência em todas as características de qualidade industrial de trigo estudadas.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar sistemas de manejo de solo e de rotação de culturas sobre o rendimento de grãos e componentes do rendimento de soja durante seis anos. Foram comparados quatro sistemas de manejo de solo - 1) plantio direto, 2) cultivo mínimo, no inverno e semeadura direta, no verão, 3) preparo convencional de solo com arado de discos, no inverno e semeadura direta, no verão e 4) preparo convencional de solo com arado de aivecas, no inverno e semeadura direta, no verão - e três sistemas de rotação de culturas: sistema I (trigo/soja), sistema II (trigo/soja e ervilhaca/milho ou sorgo) e sistema III (trigo/soja, ervilhaca/milho ou sorgo e aveia branca/soja). O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e três repetições. O rendimento de grãos e o peso de 1.000 grãos de soja cultivada sob plantio direto e sob cultivo mínimo foi superior ao de soja cultivada sob preparo convencional de solo com arado de discos e com arado de aivecas. A maior estatura de plantas de soja ocorreu no plantio direto. O rendimento de grãos de soja cultivada após trigo, no sistema II, foi superior ao de soja cultivada após aveia branca e após trigo, no sistema III, e após trigo, no sistema I. O menor rendimento de grãos, peso de grãos por planta de soja e peso de 1.000 grãos ocorreu quando em monocultura (trigo/soja).
RESUMO Na agricultura moderna, interessam sistemas de produção eficientes no uso da energia. Objetivou-se avaliar a conversão e o balanço energético de cinco sistemas de rotação de (I: 5,38, II: 5,02, IV: 8,12 e V: 7,37; I: 18.067 Mcal/ha, II: 13.790 Mcal/ha, IV: 19.875 Mcal/ha e V: 19.264 Mcal/ha, respectivamente (23.860 Mcal/ha), as compared to the othen studied systems (I: 5.38, II: 5.02, IV: 8.12 e V: 7.37; I: 18.067 Mcal/ha, II: 13.790 Mcal/ha, IV: 19.875 Mcal/ha e V: 19.264 Mcal/ha, respectivily). In this period, the climatic conditions were normal. On average, the period 1990 to 1991, there were no significant differences between energy conversion and balance means. In this period, climatic conditions were adverse.
Do ponto de vista calórico, existem poucos trabalhos no Brasil estimando a conversão e o balanço energético. Neste estudo, avaliaram-se a conversão e o balanço energético de sete sistemas de rotação de culturas durante nove anos (1987 a 1995), em Passo Fundo, RS. Os sistemas foram constituídos por: sistema I (trigo/soja); sistema II (trigo/soja, de 1987 a 1989, e trigo/soja e ervilhaca/ milho ou sorgo, de 1990 a 1995); sistema III (trigo/soja, aveia preta ou aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo); sistema IV (trigo/soja, aveia branca/soja, linho/soja e ervilhaca/milho, de 1987 a 1989, e trigo/soja, girassol ou aveia preta/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo, de 1990 a 1995); sistema V (trigo/soja, trigo/soja, aveia preta ou aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo); sistema VI (trigo/ soja, trigo/soja, aveia branca/soja, linho/soja e ervilhaca/milho, de 1987 a 1989, e trigo/soja, trigo/soja, girassol ou aveia preta/soja, aveia branca/soja e ervilhaca/milho ou sorgo, de 1990 a 1995); e VII (pousio de inverno/soja, de 1990 a 1995). No período agrícola de 1987 a 1989, não houve diferenças significativas entre os sistemas de rotação de culturas, em relação à conversão energética e ao balanço energético. Na média do período de 1990 a 1995, o sistema II (8,58) apresentou índice de conversão energética maior do que o do sistema I (5,61), e os demais sistemas não diferiram significativamente entre si. No mesmo período, o balanço energético para os sistemas II (20.938Mcal/ha), III (19.239Mcal/ha), IV (18.618Mcal/ha), V (19.646kg/Mcal) e VI (18.702Mcal/ha) foi superior ao do sistema VII (10.279Mcal/ha). A rotação de culturas foi mais eficiente, sem aumentar o consumo de energia não renovável.
Sistemas de rotação e de sucessão de culturas reduzem o nível de risco pela diversificação da produção. De 1994/95 a 1997/98, foram avaliados sistemas de manejo de solo e de rotação e sucessão de culturas, em Passo Fundo, RS. Os tratamentos consistiram em quatro sistemas de manejo de solo - 1) plantio direto, 2) cultivo mínimo, 3) preparo convencional de solo com arado de discos e 4) preparo convencional de solo com arado de aivecas - em três sistemas de rotação e sucessão de culturas: sistema I (trigo/soja), sistema II (trigo/soja e ervilhaca/sorgo ou milho) e sistema III (trigo/soja, ervilhaca/sorgo ou milho e aveia branca/soja). O delineamento experimental foi em blocos ao acaso, com parcelas subdivididas e três repetições. A parcela principal foi constituída pelos sistemas de manejo de solo e as subparcelas pelos sistemas de rotação e sucessão de culturas. Foram aplicados à receita líquida nos sistemas de manejo de solo e de rotação e sucessão de culturas dois tipos de análise: análise da média variância e análise de risco. Pela análise da média variância, foi possível separar o plantio direto e o cultivo mínimo como as melhores alternativas a serem oferecidas ao agricultor, por apresentarem maior lucratividade. Pela análise da dominância estocástica, foi possível separar o plantio direto e a rotação de culturas com dois invernos sem trigo como os tratamentos mais lucrativos e de menor risco.
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