This article discusses public funding of the development of Brazilian audiovisual production and the main agents involved in its conception and implementation. Public policies impacted the total revenue of US$ 4.5 billion of the national audiovisual industry in 2014, representing approximately 0.45% of the national GDP and surpassing the percentage participation of sectors such as the pharmaceutical industry. This article addresses the question of whether this innovative Brazilian policy for promoting audiovisual production can be considered to be wellconsolidated, with a well-structured active production chain. It discusses how the policy originated, how it became institutionalized, and the contribution provided by those who played a key role in its development and implementation (2009–2016). The analysis draws on theories relating to the political economy of communication. The research methods and techniques adopted include analysis of data from Brazilian government agencies, exhibitors, professional and trade-union associations, and media groups.
O presente trabalho apresenta a aplicação de uma metodologia inovadora de viés neoinstitucional para analisar gênese, continuidade e mudança de políticas de comunicação. Para testá-la, os autores propõem o exame da trajetória da política de fomento à produção audiovisual independente implementada no Brasil a partir do início dos anos 2000, institucionalmente centrada na Agência Nacional do Cinema (Ancine). O artigo está estruturado em três momentos: (i) apresenta-se, em seus fundamentos teóricos, uma proposta metodológica neoinstitucional; (ii) aplica-se esse desenho à análise da implementação da política de fomento ao audiovisual brasileiro, em um determinado período histórico (2008-2016); e, por fim, (iii) faz-se um balanço do resultado, com destaque para possibilidades e limitações da abordagem proposta.
Em “O conhecimento do jornalismo”, Eduardo Meditsch (1992) lança às luzes da teoria de Adelmo Genro Filho (1987) uma constatação paradoxal. Enquanto uma forma de conhecimento, o jornalismo no Brasil encontra limitações que refletem como a comunicação é organizada no país. A propriedade privada dominante faz do jornalismo um instrumento de dominação dos grandes grupos, enquanto tenta se firmar como uma forma social de conhecimento capaz de fortalecer a democracia. O artigo se concentra pois, nessa problemática. O texto se propõe, em um primeiro momento, a refletir sobre o paradoxo teórico encontrado por Meditsch e Genro Filho, e, no momento seguinte, a discutir a possibilidade de um jornalismo público capaz de, nas ideias de Paulo Freire (1983), fazer do jornalista e do público sujeitos ativos agindo e transformando a realidade.Palavras-chave: Jornalismo. Conhecimento. Dominação. Democracia. Regulação
O desenvolvimento das tecnologias da informação e da comunicação levou a mudanças evidentes na forma de lidar com o consumo de informações em geral. Como pesquisadores tem lidado com isso? Este artigo tem por objetivo avaliar as mudanças do hábito de leitura de periódicos acadêmicos em comunidades de práticas das áreas de Comunicação e Interdisciplinar, a partir de um questionário respondido por 336 integrantes dessas comunidades em todo o país.
O presente artigo tem propósito especialmente metodológico com base no seguinte problema: como surgem (e também como não surgem) políticas de comunicação? Esta investigação recorre a elementos da abordagem institucionalista histórica de modo a verificar sua aderência ao campo da comunicação. Para isso, (i) faz-se uma introdução de pressupostos da abordagem institucionalista histórica; (ii) aborda-se suas ferramentas teórico-conceituais que dão conta de fenômenos de continuidade e mudança; (iii) e, por último, (iv) aplica-se o IH aos casos “Lei da Mídia Democrática”, no Brasil, e Ley de Medios, na Argentina, com o objetivo de ilustrar sua operacionalização metodológica. Conclui-se que a abordagem institucionalista histórica representa um aderente e robusto conjunto de ferramentas para análise de gênese e desenvolvimento de políticas decomunicação.
Este artigo investiga a relação entre sistemas de mídia e contexto político, guiado pelo problema: como barreiras ao media opening se relacionam com qualidade da democracia? Com base no modelo explicativo de Hughes e Lawson (2002), testou-se a relação entre contexto político e o que a literatura aponta como barreiras ao fenômeno media opening. A base de dados utilizada diz respeito a um levantamento populacional da Freedom House e do The World Bank Group que reúne informações sobre 194 países. Os resultados confirmaram empiricamente a previsão teórica: influência econômica, legal e política sobre a mídia, enquanto barreiras a sistemas de mídia mais abertos e independentes, são variáveis fortemente associadas a déficit de accontability.
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