A temática voltada para a docência universitária tem sido foco de pesquisas recentes no campo sobre a formação e a prática docentes. Questionamentos referentes a quem são e o que sabem estes (as) professores (as) têm nos acompanhado em nossa prática profissional e de pesquisa. Este artigo apresenta resultados obtidos em uma dissertação de mestrado que investigou o perfil e os saberes que envolvem a atuação dos docentes nomeados na Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), no período de 2008 a 2011. A metodologia, de abordagens quantitativa e qualitativa, utilizou, para a coleta de dados, além da análise de currículos Lattes, a entrevista semiestruturada junto a professores nomeados na UFOP durante a implementação do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Para análise dos dados, utilizou-se o método de análise de conteúdo. Considerando a pluralidade de saberes, foi possível identificar quatro saberes que mobilizam o fazer docente dos sujeitos desta pesquisa: o saber disciplinar ou saber do conteúdo; o saber das relações entre professor e aluno; o saber da experiência docente e da prática profissional; e o saber adquirido nas relações constituídas na instituição. Acredita-se que a reflexão sobre a prática dos professores iniciantes pode auxiliar o fazer docente na universidade, uma vez que, de forma geral, esse é um espaço pouco explorado pelas pesquisas sobre a formação docente.
Este artigo tem como objetivo discutir o campo universitário no Brasil e na Argentina a partir de um estudo comparado de ações de desenvolvimento profissional docente realizadas em uma universidade pública em cada um desses países. Apoiamo-nos em estudos de Bourdieu para discutir o conceito de campo e, a partir dele, o capital científico e o capital pedagógico no campo universitário. O percurso metodológico adota uma abordagem qualitativa atrelada aos princípios da pesquisa comparada. No conjunto, a análise comparada apresentada nesta pesquisa nos revela campos universitários com acentuadas distinções no que se refere ao valor dado aos capitais envolvidos em cada campo e essas diferenças têm relação direta com o lugar em que as ações de desenvolvimento profissional ocuparão na universidade. Defendemos a existência de um outro capital dentro desse campo, que não o capital científico, já amplamente discutido por Bourdieu, e acreditamos que, com uma outra configuração do campo universitário, o capital pedagógico pode vir a ocupar um lugar de prestígio dentro dele.
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