The transmissible venereal tumour (TVT) is one of the most frequent neoplasias in dogs. This tumour has specific characteristics, and it is exclusively of canines. Its transmission occurs through viable neoplastic cell transplantation when in contact with mucosa or unhealthy skin and rarely metastasise. This paper aims to report a rare presentation of pulmonary metastasis of widespread transmissible venereal tumours in a Blue Heeler dog. The patient was cachectic, dyspnoeic, and dehydrated and had multiple skin and pharynx nodulations. The cytology of all cutaneous nodulations showed round vacuolated cells with large eccentric nuclei and loose chromatin, which is compatible with TVT’s microscopic characteristics. Owing to the clinical evolution and reserved prognosis, the patient was euthanized. Necroscopy revealed a mass in the right pulmonary caudal lobe. The mass showed the same histopathologic characteristic of the others: not encapsulated infiltrative neoplastic proliferation of round vacuolated cells. The atypical manifestation of cutaneous metastasis and mainly pulmonary metastasis, in this case, denote the importance of TVT inclusion as a differential in cutaneous neoplasia, even if they show distant organ metastasis. Therefore, it emphasised the importance of cytology and histology in the diagnosis of nodular affections.
Background: Histiocytic sarcoma can present in a localized or disseminated form, being a malignant neoplasm derived from interstitial dendritic cells. Another form of the disease is called hemophagocytic histiocystic sarcoma (HHS), which originates from macrophages located in the splenic red pulp and bone marrow. HHS is a rare neoplasm with unknown etiology and rapid development. It mainly affects middle-aged to elderly animals. It primarily affects the spleen and bone marrow, with occurence of metastases in other organs. Some canine breeds are considered more predisposed to this neoplasia, among them the Rottweiler. The aim of this study was to report a case of HHS in a Rottweiler dog.Case: An 8-year-old Rottweiler suffering from hyporexia and progressive weight loss for a month was attended at the Veterinary Hospital of State University of Maringá. On physical examination, he only presented mild discomfort on abdominal palpation. Blood count was performed, which revealed mild thrombocytopenia (145,000/µL, reference value for the species 150,000-500,000/µL). The Polymerase Chain Reaction (PCR) exam was requested for babesiosis and ehrlichiosis, due to a history of ectoparasites. The animal was released with the prescription of Doxycycline at a dose of 10 mg/kg orally for 28 days. After 5 days, the condition worsened and the animal returned with emesis, apathy and hyporexia, being hospitalized. Abdominal ultrasound, blood count, urinalysis, serum urea and creatinine tests were requested. Among the hematological changes, thrombocytopenia (116,000/µL) and the appearing of regenerative anemia and atypical round cells with ample and slightly basophilic cytoplasm in the smear, similar to histiocytes, stood out. On ultrasound examination, splenomegaly was observed with hypoechogenic areas. Ultrasound-guided fine-needle aspiration cytology (FNAC) of the spleen was performed, which revealed the presence of abundant cellularity consisting of round cells arranged individually and in small groups, with variable nucleus / cytoplasm ratio, slightly basophilic cytoplasm and, sometimes, vacuolized. Eccentric nucleus with chromatin ranging from loose to dense, with evident and often multiple nucleus. In addition, a large number of multinucleated giant cells, mitosis figures (sometimes atypical) and intense anisocytosis and anisocariosis were observed. Furthermore, it was possible to observe erythrophagocytic activity, alterations compatible with histiocytic sarcoma (HS). After 10 days of the first visit, the animal died. At necropsy, samples from altered areas of the spleen, lungs and lymph nodes were collected and sent for histopathological and immunohistochemical examination, in which the diagnosis of hemophagic histiocytic sarcoma was confirmed, in addition to lungs and lymph node metastasis.Discussion: The prognosis of HHS is the worst among histiocytic disorders, as it is associated with coagulopathies and severe anemia due to erythrophagocytic activity, as occurred in the case presented, with a maximum survival time between one to two months. The described animal died ten days after showing the first clinical signs. The immunohistochemistry technique using HLA-DR, CD18, CD163, and CD11d markers was essential to confirm the cell line. Positivity for CD11d marker was found, which allowed to classify the neoplasm as hemophagocytic HS. This report exposes the importance of cytological examination for screening and histopathological and immunohistochemical tests to confirm the diagnosis of this extremely aggressive neoplasm.
A otite interna é a inflamação do ouvido interno, geralmente por extensão das otites médias. As causas bacterianas são as mais comuns e uma das complicações da otite interna, principalmente do tipo supurada, é a meningoencefalite, decorrente da proximidade do encéfalo com o ouvido interno (SANTOS & ALESSI, 2016). Diante disto, relata-se um caso de meningoencefalite causada por otite média em um canino assim como os achados clínicos e patológicos evidenciados. Foi atendido no Hospital Veterinário, um canino, macho, labrador, sem informe de idade, que apresentava há duas semanas head tilt, meneios cefálicos e paresia. No exame físico, constatou-se otite média e interna. Segundo histórico clínico após realizado o tratamento, o paciente obteve melhora. Após cinco dias de alta clínica, o paciente retornou para atendimento apresentando piora abrupta do quadro. Em decorrência do grave estado clínico, optou-se pela eutanásia, e o cadáver foi encaminhado para a necropsia. Macroscopicamente, constatou-se moderado espessamento da pele, com oclusão do canal auditivo externo e secreção de coloração amarelada em ouvido direito (otite crônica). No hemisfério parietal e temporal direito e no assoalho encefálico havia um coágulo focalmente extenso moderado que comprimia o tecido nervoso. Notava-se também a presença moderada pus na bula timpânica direita. Microscopicamente, observou-se no córtex encefálico, meningite com perivasculite linfohistioplasmocitária, hiperemia acentuada, necrose focalmente extensa acentuada, além de presença de células inflamatórias polimorfonucleares e fibrina. Os achados macroscópicos e microscópicos são compatíveis com meningoencefalite, em decorrência da extensão de uma otite interna. A otite interna resulta da extensão da otite média, a qual pode ocorrer com ou sem osteomielite da parte petrosa do osso temporal. Com o tempo e a gravidade, as lesões progridem de forma retrógrada através do meato acústico interno em direção à cavidade craniana, resultando em meningite, ventriculite e encefalite (ZACHARY, 2018). Portanto, as otites internas devem ser consideradas como diferencial em casos de alterações neurológicas.
Dentre as patologias do sistema respiratório dos animais domésticos, as pneumonias micóticas são comuns em certas regiões e normalmente são causadas por fungos que podem ser classificados como fungos de micoses sistêmicas e oportunistas. Os fungos causadores de micoses sistêmicas são primários dos animais e não necessitam de imunossupressão prévia para causar a doença, enquanto os oportunistas não são patógenos primários, porém causam lesões principalmente em indivíduos com um sistema imune incompetente e em pacientes que tenham usado terapia antimicrobiana por períodos prolongados. Destes, o gênero Aspergillus é bem relatado, com destaque ao Aspergillus fumigatus. Apesar de poder acometer tanto animais quanto humanos imunocomprometidos, não se tem relatos de transmissão direta entres as espécies. Geralmente, a lesão encontrada é de pneumonia granulomatosa ou piogranulomatosa (LÓPEZ, 2013). Diante disso, relata-se um caso de pneumonia micótica por Aspergillus sp. diagnosticada pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. Um cão, Labrador macho, deu entrada no LPV, com histórico de tratamento para otite média e interna e apresentando manifestações clínicas neurológicas. Segundo prontuário clinico o paciente havia sido submetido a um intenso tratamento com antibióticos sistêmicos para tratamento da otite. Em decorrência da piora do quadro clínico do animal, optou-se pela eutanásia e o animal foi remetido ao LPV, para a autópsia. Na macroscopia, o pulmão apresentava-se congesto, com bordos enfisematosos; as demais áreas pulmonares, encontravam-se hipocrepitantes e ao corte, observou-se discreto edema. Os brônquios apresentavam-se dilatados e com presença de material amorfo brancacento (bronquiectasia) (broncopneumonia). Na microscopia, havia presença de infiltrado inflamatório moderado multifocal de neutrófilos e histiocitos, com moderados macrófagos epitelioides (pneumonia). Notou-se área focalmente extensa contendo material flocular eosinofílico e neutrófilos degenerados, envolvida por discreta quantidade de fibroblastos (abscesso) e, dentro deste, observou-se intensa quantidade de estruturas fúngicas filamentosas, compatíveis com Aspergillus sp. (coloração de Ácido Periódico de Schiff positiva). Os achados macroscópicos e microscópicos são compatíveis com pneumonia granulomatosa de origem fúngica, observada pela presença de hifas intralesionais, característica de infecções por Aspergillus spp. Portanto, ressalta-se a importância do exame necroscópico, assim como a utilização de colorações especiais, para um diagnóstico mais preciso.
O carcinoma de células escamosas (CCE) também conhecido como carcinoma espinocelular (CEC) ou carcinoma epidermoide, é um tumor epidermal com diferenciação escamosa, sendo comum em felinos, bovinos, equinos e cães e menos frequente em pequenos ruminantes e suínos. O principal fator predisponente para esse tipo de neoplasia na pele é a exposição prolongada à luz solar, bem como áreas despigmentadas da pele ou com ausência ou escassez de pelos. Em cães, os animais idosos são os mais acometidos, sendo a cabeça, o abdome, os membros e o períneo os locais comumente encontrados (CONCEIÇÃO & LOURES, 2016). Diante disto, relata-se um caso de carcinoma de células escamosas da matriz ungueal em um canino, diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina, abordando os achados histopatológicos. Foi atendido no Hospital Veterinário da UFPR, um canino, fêmea, Poodle, com 13 anos de idade, o qual apresentava um nódulo no meio do dígito lateral direito do membro torácico direito, com crescimento externo semelhante a unha. O paciente foi submetido a cirurgia, para a exérese do nódulo, porém após alguns meses ocorreu recidiva no mesmo local, com crescimento exacerbado, comprometendo totalmente o digito. Diante disto, realizou-se a amputação, sendo o mesmo remetido ao LPV. Macroscopicamente, o dígito apresentava pele pilosa, medindo 3,0 x 2,5 cm, contendo nódulo duro próximo à úngula; ao corte apresentava consistência firme, homogêneo e amarelado. Microscopicamente, observou-se proliferação neoplásica de células epiteliais da matriz ungueal, altamente celular, bem delimitada, de crescimento expansivo não encapsulado que invadia a falange óssea. Notou-se a formação de ilhas de células neoplásicas com acentuada disqueratose e formação de “pérolas de queratina” irregulares. O estroma era moderado, composto por tecido fibrovascular. O citoplasma das células era amplo, não delimitado e eosinofílico; o núcleo era excêntrico, redondo à ovalado, com cromatina frouxa e nucléolo evidente e múltiplo. Anisocitose, anisocariose e pleomorfismo celular moderados; também notou-se aumento difuso moderado das camadas da epiderme, formando projeções digitiformes para a derme (acantose). Os achados macroscópicos e microscópicos são compatíveis com carcinoma de células escamosas da matriz ungueal. O carcinoma de células escamosas da matriz ungueal é um tumor com baixa frequência em cães e muito raramente em gatos e a maioria dos animais acometidos possui sete anos ou mais, embora cães com menos idade já foram diagnosticados. Existe uma alta predileção por cães de grande porte e de pelame preto, esta relação ainda permanece obscura (GLOSS et al., 2009). Portanto, apesar de incomum, o CCE deve ser considerado um diagnóstico diferencial nos tumores em dígitos, assim como, ressalta-se o exame histopatológico como uma ferramenta de grande importância no diagnóstico de alterações que acometem a pele, proporcionando o tratamento adequado.
Background: The Pelger-Huët anomaly is a congenital alteration in segmented neutrophil, eosinophil and basophil morphology consisting of nuclear hypo-segmentation. It presents in two ways: the homozygote (very rare) presenting granulocytes with rounded nuclei and dense chromatin, where nuclei with more than two lobes are not found; and in the heterozygote form which presents leukocytes with bi-lobulated nuclei, yet leukocytes that seem immature can also be found. Diagnosis is important for preventing WBC interpretation errors. The objective of this study is to report a case of the heterozygote form of Perger-Huët anomaly in an Australian Shepherd bit.Case: A 6-year-old Australian Shepherd bitch, weighing 28 kg, was received to perform tartar cleaning at the Veterinary Hospital (HV) of the Universidade Estadual de Maringá (UEM), in Umuarama in Paraná State. In the anamnesis, the owner reported that the animal was healthy, vaccinated, and had not made use of medications recently. Upon physical examination, the animal was overweight, with adequate hydration, alert consciousness level, no exo-parasites present, rectal temperature of 39.3°C (37.5 to 39.2), heart rate of 96 beats per min (60 to 120 beats per min), breathing (18 to 36 movements per min), a two second capillary perfusion time, strong and regular pulse, hyperemic oral mucosa, and otherwise, a normal-colored and popliteal reactive left lymph. Semiological evaluation presented no alteration. Due to the tartar cleaning procedure, a hemogram was requested. Blood smear analysis from the first blood workup showed a large increase in the number of hypo-segmented leukocytes, with a pattern of mature chromatin, in the form of bands and meta-myelocytes, characterizing a deviation to the left, all of which did not correspond to the patient’s clinical presentation. In addition, other cells in the granulocytic lineage, such as eosinophils, also presented hypo-segmentation. Since the dog was healthy, the Pelger-Huët anomaly was suspected. To confirm, the hemogram was repeated at 12 days and a bone marrow collection was performed; the same pattern of morphological alterations in leukocytes was observed both in the peripheral blood and the bone marrow, compatible with the Pelger-Huët anomaly.Discussion: In order to arrive at an APH diagnosis, hypo-segmentation of granulocytes in the blood smear must be found and compared with the clinical results that the animal presents; associating any use of medication, serious infections, myeloid leukemia, and metastatic tumors in the bone marrow that might result in acquired hypo-segmentation; also known as pseudo Pelger-Huët anomaly. It is also necessary to evaluate family members for confirmation. Diagnosis is based on persistent nuclear hypo-segmentation of granulocytes, a clinically healthy animal, absence of medication use, and analysis of the bone marrow. It was not possible to determine a hereditary origin; for not having access to the animal’s family, but earlier studies have shown that the incidence of this anomaly is high in the Australian Shepherd race. Generally, the Perger-Huët anomaly is a hematological finding that must be differentiated from other forms of hypo-segmentation. Because of its hereditary origin, it is appropriate that the owner limits the animal’s reproductive interactions to avoid the risk of offspring inheriting the homozygote, which leads to death. The clinical pathologist should be aware of the patient’s history to diagnose and differentiate true from pseudo Pelger-Huët anomaly. Direct blood smear microscopy is essential, because automated hematological analysis alone will not detect such changes.
Os linfomas são neoplasias de origem hematopoiética originados a partir da proliferação de linfócitos. A formação destas neoplasias se dá principalmente em baço, linfonodos e fígado, entretanto podem se desenvolver em qualquer órgão devido as concentrações de linfócitos circulantes. Na Medicina Veterinária, são classificados quanto a sua distribuição anatômica, morfologia celular e organização histológica (MORRIS & DOBSON,2001). Tumores hematopoiéticos estão entre as grandes causas de mortalidade e morbidade em animais de laboratório, sendo observados em camundongos de quase todas as linhagens, principalmente nas consanguíneas. Dentre os linfomas espontâneos em camundongos, a forma mais relatada é o Linfoma de Células B Folicular, envolvendo principalmente o baço, placas de Peyer e linfonodos mesentéricos (PERCY & BARTHOLD, 2007). Relata-se os aspectos clínicos, macroscópicos e microscópicos de um caso de linfoma espontâneo em camundongo (Mus musculus) diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina. Foi atendido no Hospital Veterinário da UFPR, Setor Palotina, um camundongo, fêmea, de um ano de idade apresentando dispneia e aumento de volume abdominal, após a avaliação física o paciente foi encaminhado para avaliação ultrassonográfica de abdômen evidenciando deposito de gordura abdominal abundante e enterite. Após a liberação do paciente, o mesmo evoluiu para óbito sendo encaminhado para necropsia no LPV. Macroscopicamente, observou-se mucosas oculares pálidas, acentuada esplenomegalia, e fígado difuso e acentuadamente amarelado, pulmão inflado moderadamente hiperemico além de linfoadenomegalia de linfonodo mesentérico. Na avaliação histológica dos tecidos hepático, esplênico, pulmonar, renal, ovariano, cardíaco e de linfonodo mesentérico haviam áreas de proliferação neoplásica de células redondas, altamente celular, mal demarcada, não encapsulada e infiltrativa. As células eram arranjadas em mantos de células bem agrupadas sobre estroma fibrovascular escasso. As mesmas eram arredondadas a poligonais com limites celulares distintos; o citoplasma era escasso, basofílico, homogêneo; o núcleo redondo, paracentral, cromatina frouxa e um a dois nucléolos evidentes, por vezes o núcleo era irregular, com aspecto multilobular e cromatina condensada (flower cells). Havia anisocitose e anisocariose acentuada e oito mitoses por cga. Notou-se moderada quantidade das células neoplásicas nos vasos sanguíneos (êmbolos neoplásicos). Os achados histopatológicos associados as alterações clinicas do paciente foram compatíveis com o diagnóstico de linfoma, sugerindo-se linfoma de grandes células B do mediastino ou Linfoma anaplasico em decorrência da presença de flower cells. A histopatologia é uma ferramenta diagnóstica de extrema importância para melhor conduta terapêutica.
O cobre é um metal pesado essencial ao organismo, atuando nas células em numerosos processos biológicos essenciais, como respiração celular, síntese de melanina, metabolismo do ferro, antioxidante e biossíntese de neurotransmissor. No organismo, o cobre sérico está ligado à ceruloplasmina, e o cobre hepático é ligado à metalotioneína e armazenado em lisossomos. O excesso de cobre leva à produção de radicais livres, que inicia reações de peroxidação lipídica destrutivas que afetam a mitocôndria e outras membranas celulares (STALKER & HAYES, 2007). As manifestações clínicas caracterizam-se por dor abdominal, diarreia, icterícia, anorexia, desidratação e choque. Elevados níveis de cobre sérico pode levar a hemólise intravascular (CULLEN & BROWN, 2013). Relata-se um caso de intoxicação aguda por cobre em um ovino diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. Um ovino, Santa Inês, fêmea, de três anos, proveniente de propriedade cujo animais passaram a receber ração de suíno. O proprietário relatou que após 10 dias de do inicio da alimentação cerca de 17% dos animais foram a óbito. Na macroscopia, observou-se fígado difuso e acentuadamente pálido com moderada hepatomegalia, moderada esplenomegalia, hemoglobinúria e rins de cor vermelho escura. Na microscopia, no rim observou-se no interstício hemorragia multifocal a coalescente acentuada principalmente em região de medular. Nos túbulos renais havia aumento da eosinofilia citoplasmática com picnose e carriorexia nuclear multifocal a coalescente acentuada, com desprendimento de algumas células para o lúmen (necrose tubular aguda). No interior de túbulos multifocais havia moderada presença de material amorfo, avermelhado, homogêneo que tendiam a formar cilindros (cilindros hemoglobinicos). No fígado, havia necrose individual de hepatócitos e nas tríades portais observava-se moderado infiltrado inflamatório linfohistiocitário e neutrofílico (hepatite) e moderada presença de fibroblastos com formação de pequenas pontes de tecido conjuntivo fibroso (fibrose). Os cortes histológicos de fígado e rim foram moderadamente positivos para a coloração de rodanina. Esta coloração é utilizada para evidenciar depósitos de cobre em cortes histológicos. Diante do presenta caso, o histórico clínico e os achados anatopatológicos corroboram para o diagnóstico de intoxicação crônica por cobre. Logo, por se tratar de uma afecção que acarreta a grandes prejuízos econômicos culminando em diminuição da produtividade devido seu comprometimento sistêmico, ressalta-se a importância deste levantamento epidemiológico, contribuindo na prevenção da doença.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.