A otite interna é a inflamação do ouvido interno, geralmente por extensão das otites médias. As causas bacterianas são as mais comuns e uma das complicações da otite interna, principalmente do tipo supurada, é a meningoencefalite, decorrente da proximidade do encéfalo com o ouvido interno (SANTOS & ALESSI, 2016). Diante disto, relata-se um caso de meningoencefalite causada por otite média em um canino assim como os achados clínicos e patológicos evidenciados. Foi atendido no Hospital Veterinário, um canino, macho, labrador, sem informe de idade, que apresentava há duas semanas head tilt, meneios cefálicos e paresia. No exame físico, constatou-se otite média e interna. Segundo histórico clínico após realizado o tratamento, o paciente obteve melhora. Após cinco dias de alta clínica, o paciente retornou para atendimento apresentando piora abrupta do quadro. Em decorrência do grave estado clínico, optou-se pela eutanásia, e o cadáver foi encaminhado para a necropsia. Macroscopicamente, constatou-se moderado espessamento da pele, com oclusão do canal auditivo externo e secreção de coloração amarelada em ouvido direito (otite crônica). No hemisfério parietal e temporal direito e no assoalho encefálico havia um coágulo focalmente extenso moderado que comprimia o tecido nervoso. Notava-se também a presença moderada pus na bula timpânica direita. Microscopicamente, observou-se no córtex encefálico, meningite com perivasculite linfohistioplasmocitária, hiperemia acentuada, necrose focalmente extensa acentuada, além de presença de células inflamatórias polimorfonucleares e fibrina. Os achados macroscópicos e microscópicos são compatíveis com meningoencefalite, em decorrência da extensão de uma otite interna. A otite interna resulta da extensão da otite média, a qual pode ocorrer com ou sem osteomielite da parte petrosa do osso temporal. Com o tempo e a gravidade, as lesões progridem de forma retrógrada através do meato acústico interno em direção à cavidade craniana, resultando em meningite, ventriculite e encefalite (ZACHARY, 2018). Portanto, as otites internas devem ser consideradas como diferencial em casos de alterações neurológicas.
Dentre as patologias do sistema respiratório dos animais domésticos, as pneumonias micóticas são comuns em certas regiões e normalmente são causadas por fungos que podem ser classificados como fungos de micoses sistêmicas e oportunistas. Os fungos causadores de micoses sistêmicas são primários dos animais e não necessitam de imunossupressão prévia para causar a doença, enquanto os oportunistas não são patógenos primários, porém causam lesões principalmente em indivíduos com um sistema imune incompetente e em pacientes que tenham usado terapia antimicrobiana por períodos prolongados. Destes, o gênero Aspergillus é bem relatado, com destaque ao Aspergillus fumigatus. Apesar de poder acometer tanto animais quanto humanos imunocomprometidos, não se tem relatos de transmissão direta entres as espécies. Geralmente, a lesão encontrada é de pneumonia granulomatosa ou piogranulomatosa (LÓPEZ, 2013). Diante disso, relata-se um caso de pneumonia micótica por Aspergillus sp. diagnosticada pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. Um cão, Labrador macho, deu entrada no LPV, com histórico de tratamento para otite média e interna e apresentando manifestações clínicas neurológicas. Segundo prontuário clinico o paciente havia sido submetido a um intenso tratamento com antibióticos sistêmicos para tratamento da otite. Em decorrência da piora do quadro clínico do animal, optou-se pela eutanásia e o animal foi remetido ao LPV, para a autópsia. Na macroscopia, o pulmão apresentava-se congesto, com bordos enfisematosos; as demais áreas pulmonares, encontravam-se hipocrepitantes e ao corte, observou-se discreto edema. Os brônquios apresentavam-se dilatados e com presença de material amorfo brancacento (bronquiectasia) (broncopneumonia). Na microscopia, havia presença de infiltrado inflamatório moderado multifocal de neutrófilos e histiocitos, com moderados macrófagos epitelioides (pneumonia). Notou-se área focalmente extensa contendo material flocular eosinofílico e neutrófilos degenerados, envolvida por discreta quantidade de fibroblastos (abscesso) e, dentro deste, observou-se intensa quantidade de estruturas fúngicas filamentosas, compatíveis com Aspergillus sp. (coloração de Ácido Periódico de Schiff positiva). Os achados macroscópicos e microscópicos são compatíveis com pneumonia granulomatosa de origem fúngica, observada pela presença de hifas intralesionais, característica de infecções por Aspergillus spp. Portanto, ressalta-se a importância do exame necroscópico, assim como a utilização de colorações especiais, para um diagnóstico mais preciso.
O carcinoma de células escamosas (CCE) também conhecido como carcinoma espinocelular (CEC) ou carcinoma epidermoide, é um tumor epidermal com diferenciação escamosa, sendo comum em felinos, bovinos, equinos e cães e menos frequente em pequenos ruminantes e suínos. O principal fator predisponente para esse tipo de neoplasia na pele é a exposição prolongada à luz solar, bem como áreas despigmentadas da pele ou com ausência ou escassez de pelos. Em cães, os animais idosos são os mais acometidos, sendo a cabeça, o abdome, os membros e o períneo os locais comumente encontrados (CONCEIÇÃO & LOURES, 2016). Diante disto, relata-se um caso de carcinoma de células escamosas da matriz ungueal em um canino, diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina, abordando os achados histopatológicos. Foi atendido no Hospital Veterinário da UFPR, um canino, fêmea, Poodle, com 13 anos de idade, o qual apresentava um nódulo no meio do dígito lateral direito do membro torácico direito, com crescimento externo semelhante a unha. O paciente foi submetido a cirurgia, para a exérese do nódulo, porém após alguns meses ocorreu recidiva no mesmo local, com crescimento exacerbado, comprometendo totalmente o digito. Diante disto, realizou-se a amputação, sendo o mesmo remetido ao LPV. Macroscopicamente, o dígito apresentava pele pilosa, medindo 3,0 x 2,5 cm, contendo nódulo duro próximo à úngula; ao corte apresentava consistência firme, homogêneo e amarelado. Microscopicamente, observou-se proliferação neoplásica de células epiteliais da matriz ungueal, altamente celular, bem delimitada, de crescimento expansivo não encapsulado que invadia a falange óssea. Notou-se a formação de ilhas de células neoplásicas com acentuada disqueratose e formação de “pérolas de queratina” irregulares. O estroma era moderado, composto por tecido fibrovascular. O citoplasma das células era amplo, não delimitado e eosinofílico; o núcleo era excêntrico, redondo à ovalado, com cromatina frouxa e nucléolo evidente e múltiplo. Anisocitose, anisocariose e pleomorfismo celular moderados; também notou-se aumento difuso moderado das camadas da epiderme, formando projeções digitiformes para a derme (acantose). Os achados macroscópicos e microscópicos são compatíveis com carcinoma de células escamosas da matriz ungueal. O carcinoma de células escamosas da matriz ungueal é um tumor com baixa frequência em cães e muito raramente em gatos e a maioria dos animais acometidos possui sete anos ou mais, embora cães com menos idade já foram diagnosticados. Existe uma alta predileção por cães de grande porte e de pelame preto, esta relação ainda permanece obscura (GLOSS et al., 2009). Portanto, apesar de incomum, o CCE deve ser considerado um diagnóstico diferencial nos tumores em dígitos, assim como, ressalta-se o exame histopatológico como uma ferramenta de grande importância no diagnóstico de alterações que acometem a pele, proporcionando o tratamento adequado.
Os linfomas são neoplasias de origem hematopoiética originados a partir da proliferação de linfócitos. A formação destas neoplasias se dá principalmente em baço, linfonodos e fígado, entretanto podem se desenvolver em qualquer órgão devido as concentrações de linfócitos circulantes. Na Medicina Veterinária, são classificados quanto a sua distribuição anatômica, morfologia celular e organização histológica (MORRIS & DOBSON,2001). Tumores hematopoiéticos estão entre as grandes causas de mortalidade e morbidade em animais de laboratório, sendo observados em camundongos de quase todas as linhagens, principalmente nas consanguíneas. Dentre os linfomas espontâneos em camundongos, a forma mais relatada é o Linfoma de Células B Folicular, envolvendo principalmente o baço, placas de Peyer e linfonodos mesentéricos (PERCY & BARTHOLD, 2007). Relata-se os aspectos clínicos, macroscópicos e microscópicos de um caso de linfoma espontâneo em camundongo (Mus musculus) diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina. Foi atendido no Hospital Veterinário da UFPR, Setor Palotina, um camundongo, fêmea, de um ano de idade apresentando dispneia e aumento de volume abdominal, após a avaliação física o paciente foi encaminhado para avaliação ultrassonográfica de abdômen evidenciando deposito de gordura abdominal abundante e enterite. Após a liberação do paciente, o mesmo evoluiu para óbito sendo encaminhado para necropsia no LPV. Macroscopicamente, observou-se mucosas oculares pálidas, acentuada esplenomegalia, e fígado difuso e acentuadamente amarelado, pulmão inflado moderadamente hiperemico além de linfoadenomegalia de linfonodo mesentérico. Na avaliação histológica dos tecidos hepático, esplênico, pulmonar, renal, ovariano, cardíaco e de linfonodo mesentérico haviam áreas de proliferação neoplásica de células redondas, altamente celular, mal demarcada, não encapsulada e infiltrativa. As células eram arranjadas em mantos de células bem agrupadas sobre estroma fibrovascular escasso. As mesmas eram arredondadas a poligonais com limites celulares distintos; o citoplasma era escasso, basofílico, homogêneo; o núcleo redondo, paracentral, cromatina frouxa e um a dois nucléolos evidentes, por vezes o núcleo era irregular, com aspecto multilobular e cromatina condensada (flower cells). Havia anisocitose e anisocariose acentuada e oito mitoses por cga. Notou-se moderada quantidade das células neoplásicas nos vasos sanguíneos (êmbolos neoplásicos). Os achados histopatológicos associados as alterações clinicas do paciente foram compatíveis com o diagnóstico de linfoma, sugerindo-se linfoma de grandes células B do mediastino ou Linfoma anaplasico em decorrência da presença de flower cells. A histopatologia é uma ferramenta diagnóstica de extrema importância para melhor conduta terapêutica.
O cobre é um metal pesado essencial ao organismo, atuando nas células em numerosos processos biológicos essenciais, como respiração celular, síntese de melanina, metabolismo do ferro, antioxidante e biossíntese de neurotransmissor. No organismo, o cobre sérico está ligado à ceruloplasmina, e o cobre hepático é ligado à metalotioneína e armazenado em lisossomos. O excesso de cobre leva à produção de radicais livres, que inicia reações de peroxidação lipídica destrutivas que afetam a mitocôndria e outras membranas celulares (STALKER & HAYES, 2007). As manifestações clínicas caracterizam-se por dor abdominal, diarreia, icterícia, anorexia, desidratação e choque. Elevados níveis de cobre sérico pode levar a hemólise intravascular (CULLEN & BROWN, 2013). Relata-se um caso de intoxicação aguda por cobre em um ovino diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná – Setor Palotina. Um ovino, Santa Inês, fêmea, de três anos, proveniente de propriedade cujo animais passaram a receber ração de suíno. O proprietário relatou que após 10 dias de do inicio da alimentação cerca de 17% dos animais foram a óbito. Na macroscopia, observou-se fígado difuso e acentuadamente pálido com moderada hepatomegalia, moderada esplenomegalia, hemoglobinúria e rins de cor vermelho escura. Na microscopia, no rim observou-se no interstício hemorragia multifocal a coalescente acentuada principalmente em região de medular. Nos túbulos renais havia aumento da eosinofilia citoplasmática com picnose e carriorexia nuclear multifocal a coalescente acentuada, com desprendimento de algumas células para o lúmen (necrose tubular aguda). No interior de túbulos multifocais havia moderada presença de material amorfo, avermelhado, homogêneo que tendiam a formar cilindros (cilindros hemoglobinicos). No fígado, havia necrose individual de hepatócitos e nas tríades portais observava-se moderado infiltrado inflamatório linfohistiocitário e neutrofílico (hepatite) e moderada presença de fibroblastos com formação de pequenas pontes de tecido conjuntivo fibroso (fibrose). Os cortes histológicos de fígado e rim foram moderadamente positivos para a coloração de rodanina. Esta coloração é utilizada para evidenciar depósitos de cobre em cortes histológicos. Diante do presenta caso, o histórico clínico e os achados anatopatológicos corroboram para o diagnóstico de intoxicação crônica por cobre. Logo, por se tratar de uma afecção que acarreta a grandes prejuízos econômicos culminando em diminuição da produtividade devido seu comprometimento sistêmico, ressalta-se a importância deste levantamento epidemiológico, contribuindo na prevenção da doença.
A aspergilose é a principal enfermidade fúngica da clínica de aves. A forma respiratória é a de maior ocorrência, acometendo principalmente pulmões e sacos aéreos. Fungos do gênero Aspergillus spp. são encontrados normalmente na matéria orgânica em decomposição e as infecções por estes agentes geralmente se dão pela inalação dos conídeos fúngicos. Apesar de uma grande variedade de espécies animais serem acometidas pela aspergilose, as aves apresentam uma alta susceptibilidade para seu desenvolvimento, sendo mais provavelmente devido a suas particularidades anatômicas, como a ausência de diafragma, que em mamíferos atua ativamente na atividade de expulsão de partículas nas vias aéreas, além da ausência de epiglote como barreira física na aspiração de patógenos. As aves apresentam também sacos aéreos, compostos de uma fina camada de tecido conjuntivo com baixa vascularização e consequente baixo número de células inflamatórias, e a sua estrutura permite a formação de um ambiente quente e oxigenado, altamente favorável para manutenção tanto da forma vegetativa quanto esporulada de fungos do gênero Aspergillus spp. (TELL et al., 2019). O presente trabalho tem o objetivo de relatar a ocorrência de pneumonia fúngica por Aspergillus spp em uma coruja- suindara (Tyto furcata) diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina. Foi atendido no Hospital Veterinário da UFPR, Setor Palotina um macho adulto de Coruja-suindara, 210 gramas, o paciente apresentava apatia e fratura exposta em região de rádio e ulna esquerdos. Realizou-se a amputação do membro, mas após três dias de internação apresentou dispneia e evoluiu para óbito. Na avaliação macroscópica o paciente apresentava mucosas oculares acentuadamente pálidas, escore corporal baixo com evidenciação moderada de quilha e a ferida cirúrgica apresentava coloração enegrecida. A região cervical apresentava lesão com crostas superficiais que após o rebatimento da pele evidenciaram ruptura de pele e esôfago com acumulo de conteúdo alimentar de odor fétido. O fígado apresentava-se levemente pálido e vesícula biliar acentuadamente distendida e repleta. A avaliação histopatológica evidenciou em tecido pulmonar uma pneumonia granulomatosa multifocal a coalescente acentuada, com estruturas fúngicas intralesionais compatíveis com Aspergillus spp. A causa mortis do animal foi compatível com choque cardiogênico e/ou choque séptico, pela pneumonia acentuada observada e ruptura esofagica. A aspergilose pulmonar em aves são comumente observadas em aves silvestres, principalmente associadas a fatores como estresse, desnutrição e traumas que aumentam a susceptibilidade de desenvolvimento da patologia. O presente relato ressalta a necessidade da realização de exames necroscópicos e avaliação histopatológica de aves silvestres, a fim de se estabelecer a relevância da aspergilose na ornitopatologia.
Os mixomas são neoplasias benignas raras, tanto em cães quanto em gatos, que surgem de fibrócitos ou outras células mesenquimais primitivas que produzem uma quantidade abundante de matriz extracelular composta por mucina ao invés de colágeno. Cães, adultos com idade aproximada de nove anos são os mais afetados e não há predileção racial, porém as fêmeas tendem a ser mais acometidas que os machos. Normalmente, os mixomas surgem em regiões de tronco ou membros e apresentam-se como uma massa mal definida, de tamanho variável, podendo ser menor que 1cm quando apenas a camada da derme é acometida ou atingir grandes proporções quando o subcutâneo também é afetado, e nesses casos exalam um fluido claro e viscoso ao corte. De modo geral, os mixomas possuem alta taxa de recidiva local, devido à dificuldade na exérese com margem adequada (GROSS et al., 2009). Relata-se um caso de um mixoma cutâneo em um canino, diagnosticado pelo Laboratório de Patologia Veterinária (LPV) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina. O paciente, um macho, sem raça definida, com cinco anos de idade e pesando 16,8Kg, apresentou há três anos um nódulo em membro anterior direito, acima da região escapular, o qual foi retirado, apresentando recidiva no mesmo local dois meses após o procedimento cirúrgico. O animal foi submetido novamente a cirurgia, para a remoção do nódulo, o qual foi enviado posteriormente ao LPV. Macroscopicamente, o nódulo era piloso, ulcerado, flutuante, com 3x2x1,3cm de diâmetro e ao corte, possuía aspecto gelatinoso. Microscopicamente, na derme profunda e hipoderme, observou-se proliferação neoplásica de células mesenquimais, pobremente celular, não encapsulada e de crescimento expansivo; as células eram fusiformes, pequenas, organizadas em feixes em diversas direções sob estroma mucinoso, com citoplasma discreto, pequeno, alongado e distinto; o núcleo era pequeno, alongado, central a paracentral, basofílico e com cromatina densa. Não foram observados nucléolos e figuras de mitose; anisocitose e anisocariose eram leves. Diante dos achados macroscópicos e microscópicos, o diagnóstico foi compatível com mixoma cutâneo. Portanto, apesar de raros, ressalta-se a importância dos mixomas como diferenciais para neoplasias cutâneas, assim como a importância do exame histopatológico para o diagnóstico.
Microbiologia M e d i c a 187tuazione di procedure atte alla prevenzione ed al controllo delle infezioni rappresenti un traguardo da raggiungere. Ciò sia per il miglioramento del menagement del paziente (un decorso ospedaliero senza infezioni migliora la percezione della qualità del servizio offerto al paziente) sia nell'ottica di un contenimento dei costi di una azienda , si stima che un'infezione che intercorre durante una degenza ospedaliera incide per un costo variabile compreso fra i 5000-30.000 euro. Nella gran parte dei casi le aziende si sono datate di avanzati sistemi hardware e software per il controllo delle infezioni ospedaliere, ma ciò che risulta di vitale importanza ai fini del contenimento dell'infezione, affinchè questa non si trasformi in una epidemia nosocomiale, è di poter disporre di avanzati sistemi di studio della correlazione genetica degli isolati oggetto dell'infezione. La letteratura ne fornisce diversi esempi come PFGE, la ribotipizzazione, MLE ecc, ma non tutti sono di facile applicabilità e di facile interpretazione. Soprattutto, allo stato attuale non tutte le procedure si sono dimostrate applicabili indifferentemente all'intero universo dei microrganismi che possono essere causa d'infezione. Scopo del nostro lavoro è stato quello di valutare la possibile appliacazione di una metodica relativamente giovane come la f-AFLP nell'accertamento genetico delle infezioni nosocomiali. La metodica si è dimostrata estremamente versatile ed applicabile sia ai Gram-positivi che ai Gram-negativi con piccole modifiche procedurali. E' di facile interpretazione anche se abbisogna allo stato attuale di una maggiore sviluppo di softaware che aiutino nella rapida elaborazione grafica dei risultati ottenuti. Consente grazie al notevole supporto tecnologico di cui è fornita di fornire risultati in un tempo massimo di 24 ore. Quest'ultimo aspetto rappresenta uno dei maggiori vantaggi applicativi se si tiene conto di come il tempo giochi un ruolo fondamentale nel contenimento delle infezioni. P048 TIPIZZAZIONE MOLECOLARE DI CEPPI DI SALMONELLA,YERSINIA E CAMPYLOBACTERFranzin L., Cabodi D., Bonfrate N. Ospedale Amedeo di Savoia -TorinoObiettivo. La genotipizzazione dei ceppi batterici è utile negli studi epidemiologici. Scopo del lavoro è la tipizzazione molecolare di ceppi di Salmonella, Yersinia e Campylobacter isolati da pazienti HIV+. Metodi. Sono stati esaminati 68 soggetti HIV+ (35 AIDS; media CD 4 : 197 cellule x 10 6 /L, range: 3-755) con sintomatologia gastroenterica. Sono stati isolati: Salmonella nel 7,3% dei pazienti, Yersinia nel 10,3% e Campylobacter nel 7,3%. I ceppi sono stati tipizzati con RAPD-PCR; l'amplificato è stato sottoposto ad elettroforesi su gel d'agarosio al 2% e su gel di poliacrilamide. Sono stati studiati 10 ceppi Salmonella, 13 Yersinia (8 Y. enterocolitica 1A, 1 Y. intermedia e 4 Y. frederiksenii) e 19 Campylobacter (C. jejuni subsp jejuni biotipo I e II di Lior, C. lari e C. spp). La ricerca dei plasmidi è stata eseguita con metodo Portnoy e con metodo Birboim e Doly. Risu...
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