É possível pensar numa composição entre Educação Física, linguagem e arte? A incorporação da arte nas reflexões concernentes à Educação Física poderia auxiliar na configuração de uma outra lógica para pensar o corpo e todos os fenômenos a ele ligados, inclusive no que diz respeito a sua expressão gestual. Neste artigo, apresentamos algumas discussões que apontam para a historicidade desta relação, tomando por base os estudos de Noverre, Delsarte e Dalcroze.
Neste artigo apresentaremos e discutiremos os resultados do projeto de extensão universitária intitulado "Rítmica Dalcroze e a Formação de Crianças Musicistas", realizado em parceria com o Conservatório Estadual de Música Lobo de Mesquita durante 5 anos. Trata-se de uma proposta didático-metodológica sobre o ensino de música para crianças de 6 a 12 anos na qual buscamos integrar, por meio de ações extensionistas, a práxis pedagógica e a pesquisa acadêmica desenvolvida pelo Grupo de Estudos em Métodos e Técnicas de Ensino de Dança, Teatro e Música (CNPq/UFVJM).
A obra Ginástica expressiva (Ausdrucksg ymnastik) 1 foi publicada pela primeira vez em 1922, num momento histórico de profusa invenção de métodos e sistemas de educação corporal, ginástica e dança. A obra destaca-se pelas instigantes idéias apresentadas por Rudolf Bode, seu autor, cujos pensamentos seguramente nortearam a formação de muitas gerações de dançarinos e de pedagogos do corpo na Europa, nos Estados Unidos e, de modo indireto, no Brasil, levando-se em consideração a ausência de uma versão em português. A obra Ginástica Expressiva pode ser lida como um clássico da literatura específica relacionada à história das práticas corporais, suas origens e permanências. Rudolf Steiner, Jaques-Dalcroze e Rudolf Bode desenvolveram, cada qual à sua maneira, uma ginástica corretiva fundamentada no ritmo natural da criança. A eurritmia, termo empregado pelos três autores, contrapõe-se à arritmia de uma sociedade marcada por um violento descompasso entre a organicidade do corpo e os modos socioeconômicos de produção. Todos eles rememoram em uníssono os áureos tempos da República de Platão e os preceitos éticos e estéticos da Paidéia, cujos sólidos alicerces se apoiavam na gramática, na música e na ginástica. As investigações do compositor 2 e pedagogo alemão Rudolf Bode (1881-1971) estavam centradas na recuperação da organicidade do corpo, numa
A Extensão Universitária tem um papel fundamental na gestão e fomento de ações de Cultura e Arte. Se levarmos em consideração o declínio do espírito lúdico e o avanço do racionalismo tecnicista e utilitarista no campo da Educação (básica e superior) iniciado no Brasil em meados de 1960, a Extensão Universitária surge como último refúgio de um processo denominado “formação cultural” (Bildung) que, através da articulação entre Cultura e Arte, poderá garantir uma formação (educação) mais ampla, mais ativa, mais dialógica e de forte caráter estético. Este artigo tem como escopo tecer algumas breves considerações históricas e filosóficas sobre esse problemático quadro e reivindicar o lugar da Cultura e da Arte no debate institucional (gestão universitária) e – mais propriamente – na formação acadêmica dos estudantes.
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