A violência doméstica e sexual é um fenômeno complexo, com múltiplas determinações. A abordagem do problema exige outros saberes além dos clínicos e biológicos. O estudo objetivou analisar as percepções dos profissionais da saúde da família a respeito do enfrentamento da violência doméstica e sexual. Realizou-se pesquisa qualitativa com 18 profissionais de sete equipes de saúde em Vitória da Conquista-BA. Para a análise, utilizou-se o método de codificação e categorização temática. Os resultados evidenciaram duas categorias centrais: atuação profissional no atendimento aos casos; e barreiras e dificuldades para o enfrentamento da violência. Os profissionais demonstraram dificuldades em identificar os casos e sua atuação está centrada na abordagem sintomatológica. As principais dificuldades percebidas referem-se ao medo e à insegurança, à sobrecarga de atribuições e à formação inadequada. Considera-se a necessidade de articulação intersetorial e o desenvolvimento de políticas de educação permanente.
Resumo
Este estudo objetivou compreender e analisar como os processos de educação permanente são vivenciados pelos profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e das equipes de saúde da família (EqSFEste é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Discute a formação em fisioterapia no Brasil, problematizando aspectos da expansão do ensino, o campo de atuação e o perfil profissional. A abertura de novos cursos atingiu acelerada expansão a partir de 1997, porém de forma desregulada, com privatização do ensino e concentração geográfica dos cursos. A ampliação do número de cursos e a maior oferta de profissionais não resultaram em maior acesso da população à assistência em fisioterapia. O modelo da formação adotado tem sido o curativo-reabilitador privatista, inadequado à nova realidade epidemiológica e ao atual modelo de atenção à saúde. Observam-se, nos últimos anos, o surgimento de iniciativas de mudanças no ensino da fisioterapia e a construção de outro perfil profissional.
O objetivo deste estudo é estimar a prevalência do consumo abusivo e da dependência de bebidas alcoólicas e os respectivos fatores associados em população urbana de um município do interior do Nordeste brasileiro. Estudo transversal de base populacional que investigou o consumo de bebidas alcoólicas em 270 indivíduos residentes na zona urbana de Jequié (BA). O uso abusivo de álcool, definido por uma pontuação > 8 a partir das respostas ao Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). A dependência de álcool foi identificada por pontuação > 2 obtida na aplicação do Cut-down, Annoyed by criticism, Guilty e Eye-opener (CAGE). Análise utilizou o modelo de regressão logística. A prevalência do uso abusivo de bebidas alcoólicas foi de 18,5. Para a dependência de álcool, 10,4%. Após análise ajustada, os grupos que apresentaram maior uso abusivo de bebidas alcoólicas foram os homens (OR = 5,56) e os jovens (OR = 5,41). Professar crença evangélica apresentou associação inversa com o uso abusivo de álcool (OR = 0,04). Estabeleceu-se associação entre o uso abusivo de bebidas alcoólicas e a faixa etária jovem, gênero masculino, e tabagismo, ao passo que associação inversa deste desfecho com crença religiosa evangélica.
Potencial participativo e função deliberativa: um debate sobre a ampliação da democracia por meio dos conselhos de saúde Participatory potential and deliberative function: a debate on broadening the scope of democracy through the health councils
Estudo transversal que objetivou verificar o perfil do consumo de bebidas alcoólicas de acordo com sexo, idade, renda e escolaridade na população urbana de Jequié, Bahia, Brasil. Amostra aleatória composta por 270 indivíduos maiores de 14 anos residentes na zona urbana, pesquisados entre janeiro e março de 2010. Como instrumento utilizou-se o Alcohol Use Disorders Identification Test (AUDIT). Os resultados mostraram que 21,8% consomem quatro ou mais doses em dia típico; 14,1% admitiram já terem causado algum prejuízo após ter bebido; 26,3% relataram que alguém já sugeriu que parasse de beber; entre os homens 40% bebem mais que quatro doses no dia típico; 50,5% dos jovens bebem com alguma frequência. A distribuição característica das variáveis estudadas é compatível com maior frequência e quantidade de uso de álcool entre os homens e entre os jovens. A ocorrência do padrão de consumo pesado episódico de álcool foi marcante. São apresentados grupos vulneráveis, ainda não considerados dependentes e que também devem ser alvo de políticas públicas de promoção da saúde e prevenção.
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