Resumo Este estudo objetivou compreender e analisar como os processos de educação permanente são vivenciados pelos profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e das equipes de saúde da família (EqSFEste é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.
Resumo: O artigo tem por objetivo apresentar e analisar os resultados de um modelo de avaliação de desempenho de conselhos de saúde. O referencial teórico metodológico está fundamentado no método spidergram, adaptado à realidade dos conselhos de saúde. A matriz avaliativa considerou cinco dimensões de maior influência sobre a participação: autonomia, organização, representatividade, envolvimento comunitário e influência política. Com base na avaliação dos indicadores, foi estimado o valor de desempenho de cada dimensão e localizado no gráfico de cinco eixos. A aplicação da matriz foi realizada no Conselho de Saúde de Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. Utilizou-se análise de documentos, observação das reuniões e entrevistas com 18 conselheiros como técnicas de coleta de dados. Os resultados demonstram nível avançado de autonomia do conselho com condições estruturais adequadas, porém, com limitações na independência financeira. A dimensão organização atingiu nível máximo de desempenho com a realização regular de reuniões, disponibilidade de informações para os conselheiros e funcionamento das comissões temáticas. A representatividade foi a dimensão de pior desempenho, demostrado pela frágil relação dos representantes com as entidades. A dimensão envolvimento comunitário apresentou nível avançado, com elevada participação de conselheiros e não conselheiros às reuniões e perfil de atuação propositivo. A dimensão influência política obteve nível intermediário. Constatou-se elevada influência dos representantes sociais no processo deliberativo e diminuta capacidade de acompanhamento das políticas. A matriz utilizada mostrou-se adequada e viável para a avaliação de desempenho dos conselhos de saúde.
Resumo: O estudo objetivou avaliar o trabalho dos Núcleos Ampliados de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF-AB), na perspectiva dos usuários, a partir dos atributos da atenção primária à saúde (APS) abrangente. Trata-se de estudo de avaliação qualitativa do tipo casos múltiplos, desenvolvido em seis municípios do Estado da Bahia, Brasil. Utilizou-se como referencial teórico-metodológico uma matriz avaliativa fundamentada nos atributos de acesso, longitudinalidade e integralidade. A matriz também considerou os pressupostos do Apoio Matricial e as diretrizes da Estratégia Saúde da Família. As fontes de dados e informações foram 44 entrevistas com usuários do NASF-AB e observação das atividades dos núcleos e das rotinas das unidades de saúde. Evidenciou-se que os usuários têm acesso restrito às atividades dos núcleos. A disponibilidade de atendimentos clínicos mostrou-se insuficiente, a acessibilidade foi facilitada pela realização de visitas domiciliares e a aceitabilidade ficou abalada diante das frustrações por expectativas não cumpridas. A longitudinalidade do cuidado não tem sido priorizada no trabalho dos núcleos, com frágil envolvimento dos apoiadores no desenvolvimento do cuidado continuado. As atividades grupais demonstraram potencialidade para formação de vínculo. No atributo da integralidade, foi identificado que a presença dos núcleos contribuiu para o incremento de ações e a resolutividade, no entanto a articulação com a rede de atenção foi inexpressiva. Conclui-se que o trabalho do NASF-AB apresentou restrições para o desenvolvimento da APS abrangente. Os resultados também sugerem potencialidades com capacidade de fortalecer os cuidados primários que são pouco explorados.
Resumo O objetivo do estudo foi analisar o trabalho dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) e a metodologia do apoio matricial como elementos de fortalecimento da Atenção Primária à Saúde (APS), a partir das perspectivas e vivências dos agentes comunitários de saúde (ACS). Estudo qualitativo, realizado em seis municípios da Bahia. Os dados foram obtidos por entrevistas semiestruturadas com 43 ACS e observações de campo. Utilizou-se matriz analítica fundamentada nos atributos da APS abrangente: acesso, longitudinalidade do cuidado, resolutividade e orientação para a comunidade. Os resultados evidenciaram barreiras no acesso e limitações na aceitabilidade das ações coletivas. Evidenciaram-se atuação restrita na longitudinalidade e comprometimento no vínculo entre apoiadores e usuários. Destacou-se o incremento de atividades na saúde da família, embora tais ações contribuam timidamente para a resolutividade dos casos. As especificidades do território foram pouco consideradas e a participação comunitária não é devidamente estimulada. Por sua vez, o trabalho dos núcleos fortalece a intersetorialidade. As vivências dos agentes comunitários revelaram potencialidades e novos desafios na atuação do NASF.
Resumo O cuidado colaborativo é apresentado como estratégia para ampliar a resolutividade na Atenção Primária à Saúde. Esse estudo analisa o cuidado colaborativo exercido entre os Núcleos de Apoio à Saúde da Família e as equipes de referência com base no Apoio Matricial. Pesquisa qualitativa desenvolvida em seis municípios da Bahia. Foram realizadas entrevistas com 43 profissionais dos núcleos de apoio e 40 das Equipes de Saúde da Família. Foi utilizada como matriz analítica o modelo da colaboração interprofissional, composto pelas dimensões: Compreensão; Internalização; Governança; e Formalização. Nas quatro dimensões, evidenciaram-se dificuldades para a colaboração interprofissional. O trabalho colaborativo e a metodologia do Apoio Matricial são incompreendidas por ambas as equipes. Demonstrou-se existir tensionamentos sobre a função do matriciamento, com polarização entre as atividades coletivas e individuais. As gestões municipais não dão a direcionalidade adequada à prática colaborativa. Condições estruturais, materiais e formativas constituem-se em limitadores do Apoio Matricial. O trabalho entre os núcleos de apoio e as equipes apoiadas demonstra-se fragmentado e com baixa coesão necessária à atividade colaborativa.
Resumo O estudo objetivou analisar o sentido atribuído ao trabalho dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família, assim como analisar os entraves e desafios para a prática cotidiana do apoio matricial. É um estudo qualitativo do tipo casos múltiplos, desenvolvido em seis municípios da Bahia. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 43 profissionais dos núcleos de apoio e 40 das equipes de saúde da família. Utilizou-se o referencial teórico do apoio matricial nas dimensões pedagógica, terapêutica e institucional. Os resultados foram agrupados em três categorias: (in)compreensões sobre o trabalho dos núcleos de apoio; infraestrutura e condições de trabalho; valorização e gestão do trabalho. O estudo revelou existir compreensões divergentes entre os apoiadores e as equipes de saúde da família sobre a função do matriciamento, com expectativas conflitantes e implicações para o trabalho. A infraestrutura existente mostrou-se insuficiente e inadequada para o trabalho do apoio matricial. A baixa valorização dos núcleos de apoio também foi evidenciada por meio da diminuta adesão da comunidade às atividades coletivas, da remuneração insatisfatória e da sobrecarga de trabalho. Incompreensões sobre o caráter inovador do matriciamento e dificuldades estruturais apontam desafios ainda persistentes para a concretização da função de apoio.
Resumo Este artigo objetiva avaliar o desempenho dos conselhos de saúde (CS) em municípios de pequeno e médio porte. Trata-se de pesquisa avaliativa com a utilização do método spidergram adaptado à realidade dos CS. A matriz avaliativa foi composta por cinco dimensões: autonomia, organização, representatividade, envolvimento comunitário e influência política. O estudo foi desenvolvido nos municípios de Nova Canaã e Itapetinga, ambos no estado da Bahia, por meio de análise documental, observação das reuniões e 31 entrevistas com conselheiros de saúde. Utilizou-se a análise de conteúdo temática para a categorização dos dados. Os CS apresentaram baixo nível de desempenho, com resultados mais desfavoráveis ao menor município. Verificaram-se limitações na autonomia, como fragilidades no apoio técnico, estrutura física e dotação orçamentária. A dimensão organização revelou irregularidades na realização das reuniões e a inexistência de comissões temáticas. Foram evidenciadas fragilidades da relação entre representantes e representados. Sobre o envolvimento comunitário, observou-se o esvaziamento dos CS e baixos índices de comparecimento dos representantes. A influência política revelou diminuta capacidade dos CS em influenciar na definição das políticas de saúde locais. A adaptação da matriz avaliativa se mostrou oportuna e adequada. Os dois casos avaliados demostraram insuficiências no processo participativo e na capacidade de influência política.
Introdução: A educação em saúde para gestantes é uma das principais formas da garantia de um atendimento integral e centrado na pessoa. Entretanto, em meio a um cenário de pandemia viral, os espaços presenciais e coletivos voltados para troca de experiências e vinculação de informações entre gestantes e profissionais da saúde na rede primária de saúde foram suspensos por serem considerados um risco sanitário. Objetivou-se relatar as experiências vividas através de um trabalho socioeducativo a fim de estimular o autocuidado e promover acesso a informações sobre os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres em meio a gestação. Relato: A atividade foi dividida em dois períodos para a organização e aplicação da atividade, o primeiro para selecionar temáticas, capacitar integrantes, produção de material, estabelecer parcerias, viabilizar meios de divulgação com Agentes Comunitários de Saúde, apresentar a proposta às gestantes para a adesão ao projeto e criação do grupo com uma interação prévia de apresentação. Já o segundo período foi contemplado para a execução das ações programadas por meio de vídeos e materiais didáticos via aplicativo de mensagens, além da criação de um espaço para as mulheres tirarem suas dúvidas e expressarem suas angústias. Por fim, como forma de avaliação de impacto aplicou-se um questionário personalizado e temático para as gestantes, com a inclusão de aspectos qualitativos dos conhecimentos absorvidos e avaliativos da experiência vivenciada. Discussão: Fatores relacionados a importância da educação em saúde, acesso ao serviço de saúde, contexto do COVID-19 e gestação e a preservação de direitos, enquanto promotores de saúde e autonomia. Conclusão: O projeto mostrou-se efetivo no âmbito do fortalecimento de uma rede de apoio em meio a pandemia, com a criação de vínculos entre as participantes e coordenadores, o que fomentou a iniciativa do compartilhamento de conhecimentos de promoção e prevenção em saúde no período gravídico.
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