Introdução: A atuação da enfermagem ao indivíduo em cuidados paliativos (CP) na Atenção Primária à Saúde (APS) visa a promover a qualidade de vida dos indivíduos e da sua família como garantia da assistência integral, para um cuidado humanizado e digno, melhorando a maneira de enfrentar a doença e minimizando o sofrimento. Objetivo: Analisar e sintetizar a produção científica relacionada à assistência do enfermeiro ao indivíduo em CP nas APS. Método: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) via PubMed, Base de Dados de Enfermagem (BDENF) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os descritores: Palliative Care, Nursing e Primary Health Care. Resultados: Foram analisados 17 artigos após seleção sistemática, sintetizados em um quadro com seus principais resultados e agrupados em três categorias: capacitação em CP: uma barreira para atuação do enfermeiro na APS; percepções, experiências e práticas dos enfermeiros nos CP; o papel do enfermeiro na equipe multiprofissional de CP. Conclusão: Notou-se que os enfermeiros possuíam conhecimento superficial acerca dos CP na APS, evidenciando a necessidade de educação continuada para promover a sua atuação em CP. Ademais, estudos com maior rigor metodológico com o foco no enfermeiro como agente disseminador da prática são necessários.
Objetivo: descrever os saberes dos acadêmicos da área da saúde sobre cuidados paliativos (CP), além de analisar dados acerca da percepção dos acadêmicos sobre cuidados paliativos. Metodologia: Estudo exploratório descritivo de abordagem quantitativa, realizados com discentes dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia e Terapia Ocupacional; matriculado a partir do 3º ciclo/ano da graduação; que aceitaram participar da pesquisa. Resultados: A amostra foi composta por 254 acadêmicos, tendo como maioria público do sexo feminino (65,8%). Quanto ao ciclo, 49,2% eram do ciclo III, 29,5% ciclo IV, 17,0% ciclo V; 4,3% ciclo VI. Quase todos os participantes (98,4%) referiram ser muito importante ou importante disciplina sobre CP durante a graduação. Mais de 60% dos acadêmicos associaram os CP paliativos como qualquer medida com intuito curativo, indo de encontro ao que propõe os conceitos/filosofia dos CP. Conclusão: Evidencia-se o quanto é importante a abordagem sobre CP na grade curricular, porém, também fica evidente a lacuna ainda existente nos cursos de graduação pesquisados. Faz-se necessário a inclusão de disciplinas específicas e ações extracurriculares sobre a temática nas grades curriculares dos cursos da área da saúde.
O objetivo do estudo foi descrever o perfil clínico-epidemiológico de mulheres em tratamento oncológico para carcinoma ductal invasivo da mama. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo por meio da coleta de dados em prontuários clínicos de mulheres em tratamento oncológico do câncer de mama em um serviço privado de oncologia, considerando variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram identificadas 125 mulheres que se adequaram aos critérios de inclusão propostos. A maioria das pacientes incluídas eram sergipanas (71,2%), pardas ou negras (65,6%), com companheiro (56%) e com média de idade de 53,5±11,4 anos. Destas, 80,8% não possuíam ensino superior e 77,6% possuíam renda familiar entre um e três salários mínimos. Todas se submeteram à quimioterapia, 64,8% à mastectomia total e 36% à radioterapia. Além disso, 32,8% apresentaram mudanças na autoimagem, 24,8% na autoestima, 64,8% sinais de ansiedade e 49,6% sintomas depressivos. Além disso, 40% eram portadoras de hipertensão arterial sistêmica. O perfil clínico-epidemiológico das mulheres com carcinoma ductal invasivo da mama descrito é amplo e possui componentes sociodemográficos importantes. O tratamento oncológico pode desencadear alterações clínicas relevantes para a saúde, bem-estar e qualidade de vida destas pacientes.
Introdução: O tratamento precoce do câncer infantojuvenil possibilita um prognostico significativo para o paciente, aumentando a sobrevida e diminuindo os riscos de complicações oncológicas, o que torna imperiosa a sua instituição o mais rápido possível. Objetivo: Analisar os fatores associados a instituição precoce do tratamento oncológico na população pediátrica brasileira. Método: Estudo ecológico, com dados de casos de todos os tipos de câncer diagnosticados no Brasil de 2013 a 2019, na população infantojuvenil (0 a 19 anos), disponibilizados no PAINEL-Oncologia. Resultados: Foram incluídos 39.711 casos, dos quais 29.381 (74%) realizaram o tratamento oportuno, isto e, 30 dias antes do prazo máximo estipulado pela Lei Federal no. 12.732/12. Entre os principais fatores associados ao maior tempo até a chegada a instituição terapêutica, destacam-se: neoplasias malignas, com modalidade terapêutica não cirúrgica, residentes da Região Norte, entre 11 e 19 anos, e neoplasias que acometem os olhos e o Sistema Nervoso Central. Conclusão: Os achados deste estudo apontam dados essenciais, em consonância com a literatura, para visualização da situação atual do tratamento oncológico na população infantojuvenil no Brasil, ao mesmo tempo que demostram problemáticas que, se solucionadas, podem contribuir significativamente para a queda da morbimortalidade.
Introdução: No campo do ensino em saúde, o debate sobre a avaliação da aprendizagem em metodologias ativas é constante, visto que essa questão ainda encontra impasses em sua prática. Objetivo: Unir e consolidar informações que potencializam a tomada de decisão frente à promoção de melhorias do processo avaliativo no contexto de formação em saúde. Material e Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, a busca foi realizada através das seguintes bases de dados: LILACS, PubMed, SCOPUS, BDENF e o repositório de artigos SciELO. Foram incluídos 13 estudos no presente estudo. Resultados: Os resultados abordam questões acerca do enquadramento da metodologia ativa às instituições de ensino, da avaliação da aprendizagem no ensino superior e das dificuldades e impasses na implementação. Além disso, as evidências demonstraram múltiplas modalidades e estratégias de operacionalização das avaliações nas metodologias ativas de ensino-aprendizagem, como a avaliação formativa, e o impacto da avaliação de aprendizagem como um movimento que engloba os conhecimentos cognitivos, psicomotores e afetivos. Conclusão: A avaliação aplicada está diretamente relacionada com a metodologia de ensino utilizada pela instituição, dessa forma, compreender os fatores objetivos e subjetivos que estão associados à essa prática, bem como as fragilidades e potencialidades dos envolvidos nesse processo, é fundamental.
O Sistema Único de Saúde (SUS) atende à população a partir dos princípios de universalidade, integralidade e igualdade. Portanto, ações de Promoção de Saúde (PS), como um processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida, são de extrema importância para a consolidação do SUS. Nesse sentido, este estudo tem como objetivo relatar a experiência de acadêmicos da área da saúde, da Universidade Federal de Sergipe, na aplicação de um instrumento de mobilização popular (Método Bambu), com enfoque na PS, realizado com o público infantil (de 5 a 8 anos), em uma escola no interior do município de Lagarto-Sergipe, Brasil. Foram realizadas duas oficinas com a participação de 26 crianças. Observou-se incentivo à autonomia individual, com foco na consolidação do empoderamento; à compreensão; à reflexão da realidade em que as crianças estão inseridas; despertamento de atores locais; altruísmo e realização de trabalhos para a coletividade. Concluiu-se que o trabalho coletivo e participativo possibilitou às crianças a consciência de seu papel social e sua relevância como sujeitos que podem realizar mudanças na comunidade. Evidenciou-se, também, efeitos positivos na formação profissional em saúde dos acadêmicos responsáveis pelo projeto.
O câncer de mama pode impactar diversas esferas de saúde dos pacientes, uma vez que a vivência frente ao tratamento é frequentemente cercada de medos e anseios. É possível observar que reações adversas da quimioterapia são comuns e mulheres com câncer de mama podem apresentar alta incidência de mucosite oral (MO). Sendo assim, o objetivo desta revisão foi discutir a relação entre o tratamento quimioterápico do câncer de mama e a ocorrência da mucosite oral. A MO é caracterizada pelo surgimento de eritemas ou úlceras na cavidade oral, sendo que a sua classificação varia conforme a escala utilizada. A fisiopatologia está associada aos fatores de risco, visto que o tratamento administrado e o estilo de vida do paciente podem impactar diretamente na ocorrência e progressão da MO. Embora a maioria dos casos apresenta-se como leve ou moderada, o impacto da MO não pode ser subestimado, mesmo em casos de baixa sintomatologia ou impacto funcional, considerando a dor oral e a dificuldade na ingestão de alimentos. Assim, é importante que os profissionais estejam atentos à classificação, fatores de risco e possíveis impactos na saúde, incluindo o planejamento das intervenções preventivas e curativas no manejo desta reação adversa da quimioterapia. Profissionais de saúde, incluindo dentistas, enfermeiros e médicos devem estar preparados para lidar com casos de MO, promovendo ações integradas para reduzir o impacto dessa condição na saúde de mulheres com câncer de mama.
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