Embora a agricultura tenha iniciado com o intuito de alimentar e nutrir o ser humano, com o passar do tempo os alimentos se transformaram em mercadorias, onde suas funções principais foram esquecidas. Atualmente a produção agrícola atingiu níveis de produção nunca visto, contudo, cerca de 1 bilhão de pessoas ainda passam fome no mundo. Nesse sentido, a agricultura familiar desponta como o modelo de produção capaz de suprir as necessidades alimentares da população mundial e produzir de um modo mais harmônico quando comparada a agricultura industrial. Nos anos 90 surgiu o conceito de Soberania Alimentar, o qual além do acesso a um alimento de qualidade preza pela independência dos povos em sua produção, sendo necessários para isso a preservação e o acesso aos recursos. Neste contexto, este estudo buscou diagnosticar a situação quanto a soberania alimentar no Assentamento São Francisco a partir de ferramentas de Diagnóstico Rural Participativo. Para o diagnóstico utilizou-se categorias de indicadores que foram previamente selecionados para esse fim. O estudo foi realizado com alunos de EJA frequentadores de uma escola rural ao longo de 8 visitas ao assentamento durante o horário das aulas que foram cedidas pela professora responsável pela turma. As visitas ocorreram de março a agosto de 2017. A partir do estudo verificou-se que os moradores do assentamento possuem controle sobre sua produção (principalmente autoconsumo) e acesso a grande parte dos recursos necessários para as atividades, contudo, devido ao envelhecimento da população não se sabe se esse quadro será transmitido às gerações futuras.
O associativismo como promotor do desenvolvimento rural e (re) organização espacial em assentamentos rurais Associations as promoters of rural development and spatial (re) organization in rural settlements
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O presente trabalho tem como objetivo analisar a pecuária familiar nos diferentes agroecossistemas dos biomas Pampa e Cerrado, a partir de um estudo em três municípios. Apresenta como objetivos específicos: analisar dados secundários do rebanho bovino na agricultura familiar nos três municípios, a fim de verificar a representatividade da atividade da pecuária na categoria social. A pesquisa é do tipo quali-quantitativa e compreendeu basicamente pesquisa bibliográfica, levantamento e análise de dados secundários do IBGE. Como resultado da análise teórica constatou-se a importância da agricultura familiar como modelo mais sustentável no âmbito rural e a pecuária familiar como atividade de relevância para os biomas do Cerrado e Pampa. Concluiu-se que a atividade da bovinocultura no Cerrado e Pampa são notórias e representativas na categoria familiar rural do Rio Grande do Sul e Mato Grosso, necessitando de mais estudos in loco a fim de compreender a sua realidade e heterogeneidade. Palavras-chave: Agricultura familiar, Bovinocultura, Pecuária familiar, Sustentabilidade.
As implicações da agricultura moderna acarretaram profundas mudanças no cenário agrícola do país, entre efeitos positivos e negativos, a atividade agropecuária brasileira passou por diversos processos que não se circunscrevem somente às dimensões econômicas dos grandes proprietários de terra, mas às questões sociais, econômicas e ambientais dos pequenos produtores. A agricultura familiar demonstra, não somente a partir da produção de alimentos, uma categoria importante e dinâmica nos processos produtivos, sociais e ambientais do Estado do Mato Grosso, embora obtenha baixos índices produtivos, técnicos e tecnológicos nas propriedades. O objetivo deste trabalho é analisar os efeitos dos fatores socioeconômicos e produtivos precedentes da expansão da modernização da agricultura na agricultura familiar em Mato Grosso, Brasil, com ênfase nos dados do censo agropecuário do IBGE de 2017. A partir da utilização da análise multivariada (clusters) foi possível identificar, dentro do recorte metodológico do presente artigo, a baixa adesão aos processos técnicos, produtivos e econômicos modernos da agricultura familiar mato-grossense em comparação a agricultura patronal, junto à representatividade da atividade da pecuária nas propriedades familiares mato-grossenses, o satisfatório índice de instrução dos produtores e expressiva presença da faixa etária dos produtores entre 55 e 65 anos. Conclui-se então que a baixa adesão aos processos modernos agrícolas traz vulnerabilidades socioeconômicas às famílias. O insuficiente uso de tecnologias e o baixo financiamento e créditos rurais propiciam que os produtores não consigam índices satisfatórios produtivos e técnicos nas propriedades, relativizando as produções agropecuárias a escalas de sobrevivência.
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ResumoO artigo faz uma revisão e reflexão sobre contribuições teóricas, conceituais e metodológicas, levantadas à luz da geografia, e aplicadas aos estudos de extensão rural, agricultura familiar e assentamentos rurais. Inicialmente recortamos algumas concepções sobre os estudos de percepção nas diversas ciências e, com mais ênfase, no âmbito da geografia. A seguir, pontuamos a importância da Extensão Rural como um conjunto de atividades e serviços que contribuem para o desenvolvimento rural. Por fim, salientamos a extensão rural agroecológica e sua carência de investigação de ordem qualitativa, notadamente que considere a percepção social dos produtores. Palavras-chave:Percepção social, Geografia humana, Extensão Rural, Agricultura familiar. AbstractThe article makes a revision and reflection on theoretical and conceptual contributions, taking into consideration geography, and applied to the studies of rural extension, family farming and rural settlements. Initially, we outlined some conceptions on the studies of perception within geography. Next, we pointed out the importance of Rural Extension as a set of activities and services that contribute to rural development. Finally, we emphasize the rural agro ecological extension and its lack of investigation of qualitative order, notably which considers the social perception of the producers.Key words: Social perception, Human geography, Rural extension, Family farming. ResumenEl siguiente artículo realiza una revisión y reflexión sobre los aportes teóricos y conceptuales, levantados en el ámbito de la geografía, y aplicados a los estudios de extensión rural, agricultura familiares y asentamientos rurales. Inicialmente recortamos algunas concepciones acerca de los estudios de percepción en el ámbito de la geografía. A continuación, destacamos la importancia de la Extensión Rural como un conjunto de actividades y servicios que contribuyen al desarrollo rural. Por último, destacamos la extensión rural agroecológica y la carencia de una investigación de orden cualitativo, particularmente que considere la percepción social de los productores.
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