Introdução: O vírus da imunodeficiência humana é um vírus considerado epidêmico e sem possibilidade de cura, porém com possibilidade de tratamento e diferentes formas de prevenção. O termo Prevenção Combinada reúne diferentes estratégias para prevenção, que incluem preservativos/gel lubrificante, tratamento precoce aos portadores de vírus da imunodeficiência humana e infecções sexualmente transmissíveis, vacinação para hepatite B e papilomavírus humano, prevenção da transmissão vertical, testagem de vírus da imunodeficiência humana universal, redução de danos, uso da profilaxia pós-exposição e da pré exposição ao vírus da imunodeficiência humana. A profilaxia pré-exposição compreende o uso de antirretrovirais para reduzir o risco de adquirir a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana. A implantação do protocolo atendimento de profilaxia pré- -exposição nos serviços é um desafio para gestão pública. Objetivo: Intervenções para implantação da profilaxia pré-exposição em um serviço público de referência em vírus da imunodeficiência humana/aids do Oeste do Paraná. Métodos: Relato de experiência sobre o processo de implantação da profilaxia pré-exposição a partir da proposta de intervenções de educação permanente à equipe multiprofissional da assistencia e gestores por meio da metodologia de aprendizado significativo, utilizando disparadores como textos, artigos, discussão de casos de pacientes e cursos on-line de formação. Resultados: A proposta ocorreu em espaços de reuniões de gestores e de equipe, grupos de estudos e cursos online no período de janeiro a junho de 2020. Os espaços oportunizaram aprimorar o conhecimento sobre profilaxia pré-exposição, compartilhamento de diferentes pontos de vista baseado na vivência/formação de cada profissional e a definição em conjunto com a equipe da estruturação do fluxo de atendimento da profilaxia pré-exposição de acordo com realidade local. Após espaços de discussões realizados, os profissionais relataram maior comodidade em realizar abordagens, e os atendimentos iniciaram a partir agosto de 2020. Conclusão: O atendimento de profilaxia pré-exposição requer habilidade/conhecimento dos profissionais e organização do serviço, sendo necessário que haja garantia pela gestão pública da manutenção destes espaços de discussão de saberes continuos entre a equipe, recursos humanos e materiais.
Introdução: A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) é um método de prevenção ao HIV, teve sua eficácia comprovada e também está disponível, gratuitamente, pelo SUS, para alguns grupos em serviços de referência. Objetivo: Apresentar o fluxo de atendimento e os resultados em relação a PrEP em um serviço especializado localizado na região Oeste do Estado do Paraná. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo que utilizou como fonte de informações as bases de dados do Ministério da Saúde e também relatórios públicos do serviço em questão. Resultados: O serviço, buscando facilitar o acesso e garantir melhor decisão do paciente em relação ao uso da medicação, estabeleceu um fluxo em que os pacientes que procuram para testagem e aconselhamento são abordados pela equipe em relação ao início da profilaxia, são solicitados os exames iniciais e agendado para consulta médica. Verificou-se que nesse serviço no período de agosto 2020 a abril de 2021 atendeu 123 pacientes em uso de profilaxia, 104 ativos e 19 descontinuidades, percentual de 15%, abaixo dos 44% do Paraná e 41% do Brasil. Gays e HSH representam 65% dos usuários. A faixa etária com maior procura está entre 25 a 39 anos (60%) e 78% possui mais de 8 anos de estudo. Apenas 29% relatou efeitos adversos nos primeiros 30 dias e 70% referiu fazer uso de todos os comprimidos. Conclusão: O serviço apresentado tem conseguido resultados semelhantes aos nacionais na maioria dos dados analisados, porém um índice menor de abandono o que poderia estar relacionado à organização interna em relação a indicação e ao acompanhamento. A disseminação da profilaxia em indivíduos com menor escolaridade também foi maior neste serviço. Ainda é necessário ampliar a divulgação da profilaxia para a população em geral pois há muito mais pacientes dentro do público alvo e ainda existe uma concentração da procura por brancos e de alta escolaridade.
Introdução: A sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, quando ocorre na gestação, pode levar à transmissão vertical e resultar em aborto, natimorto, prematuridade ou várias manifestações clínicas, muitas vezes inaparentes ao nascimento. Assim, a sífilis congênita trata-se de uma doença que pode ser prevenida pelo diagnóstico precoce da infecção na gestante e seu tratamento adequado. Objetivo: Analisar as características da sífilis congênita no município de Cascavel (PR), comparando com os números nacionais, estaduais e municipais, a fim de entender como o manejo de cada gestante pode contribuir em cada caso de sífilis congênita e então auxiliar nas ações para controle desse agravo. Métodos: Estudo retrospectivo, de caráter descritivo, bibliográfico e documental, feito por meio de levantamento de dados epidemiológicos, na forma de notificação compulsória, de onde obtiveram-se informações dos casos de sífilis congênita no município de Cascavel entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro semestre de 2020, num total de 70 crianças. Resultados: Embora 82,8% das gestantes tenham realizado pré-natal, 85,7% delas não receberam tratamento ou o fizeram de forma inadequada. Como desfecho da sífilis gestacional, tivemos no período analisado quatro abortamentos (5,71%) e sete natimortos (10%). E apesar de a cidade de Cascavel liderar a comparação em âmbito municipal, estadual e nacional entre o número de diagnósticos de sífilis gestacional, nossa cidade ficou em último lugar no desfecho da sífilis congênita. Conclusão: Um pré-natal adequado, com diagnóstico precoce e manejo da mulher infectada e de suas parcerias sexuais, e posteriormente os cuidados na maternidade são peças fundamentais na prevenção da sífilis congênita. Dessa maneira, a ampliação dos esforços de notificação, além de melhorias na qualidade do pré-natal e do tratamento, é imprescindível para impedir que o concepto sofra com uma evolução desfavorável.
Introdução: A profilaxia pós-exposição é uma ferramenta de prevenção de urgência à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana a partir do uso de medicamentos que visam a redução do risco de contaminação nos indivíduos expostos a partir de violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional. Este está disponível gratuitamente em diferentes serviços do Sistema Único de Saúde. Objetivo: Avaliar os resultados relacionados às profilaxias pós-exposição realizadas em um município no Oeste do Paraná entre os anos de 2018 e 2020. Métodos: Trata-se de estudo retrospectivo que utilizou a base de dados do Ministério da Saúde. Resultados: Foram realizadas 519, 623 e 471 prescrições de profilaxia pós-exposição entre 2018 e 2020, respectivamente. Havia um crescimento anual, desde 2016, porém observa-se uma redução no ano de 2020, principalmente nos meses de fevereiro a junho. A população que mais procurou profilaxia pós- -exposição, nos formulários onde tal item foi identificado, foram as mulheres cisgênero, seguidas pelos gays e homens que fazem sexo com homens, em 2018 e 2020, e homens cisgênero, em 2019. A faixa etária que mais procurou foi 25 a 39 anos (44, 51,1 e 49%). A principal causa de busca em 2018 e 2019 foi por acidente ocupacional (55 e 49%) e em 2020 foi exposição sexual consentida (51%), que já apresentava tendência de crescimento nos anos anteriores. Conclusão: O município, em relação ao motivo de busca por profilaxia pós-exposição, possui dados que divergem dos nacionais e estaduais onde a exposição sexual consentida é a mais prevalente. Em relação ao perfil da população os dados se assemelham aos nacionais, mas divergem dos do Paraná, destacando-se o fato de essa informação estar ausente em quase metade dos formulários, o que pode alterar o perfil e dar viés ao resultado. Ampliar a divulgação e o acesso a profilaxia pós-exposição é fundamental e estratégias para tal devem ser priorizadas.
Introdução: A profilaxia pré-exposição é um método de prevenção ao vírus da imunodeficiência humana que teve sua eficácia comprovada e também está agora disponível, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde para alguns grupos nos serviços de referência. Objetivo: Apresentar o fluxo de atendimento e os resultados em relação à profilaxia pré-exposição em um serviço especializado localizado na região Oeste do estado do Paraná. Métodos: Trata-se de um estudo retrospectivo que utilizou como fonte de informações as bases de dados do Ministério da Saúde e também relatórios públicos do serviço em questão. Resultados: O serviço, buscando facilitar o acesso e garantir melhor decisão do paciente em relação ao uso da medicação, estabeleceu um fluxo em que os pacientes que procuram para testagem e aconselhamento são abordados pela equipe em relação ao início da profilaxia, sendo solicitados os exames iniciais e realizado o agendamento para consulta médica. Verificou-se que esse serviço já teve 123 pacientes em uso de profilaxia, 104 ativos e 19 descontinuidades, percentual de 15%, abaixo dos 44% do Paraná e 41% do Brasil. Gays e homens que fazem sexo com homens representam 65% dos usuários. A faixa etária com maior procura está entre 25 a 39 anos (60%) e 78% possui mais de 8 anos de estudo. Apenas 29% relataram efeitos adversos nos primeiros 30 dias e 70% referiu fazer uso de todos os comprimidos. Conclusão: O serviço apresentado tem conseguido resultados semelhantes aos nacionais na maioria dos dados analisados, porém um índice menor de abandono o que poderia estar relacionado a organização interna em relação a indicação e ao acompanhamento. A disseminação da profilaxia em indivíduos com menor escolaridade também foi maior nesse serviço. Ainda é necessário ampliar a divulgação da profilaxia para a população em geral, pois há muito mais pacientes dentro do público-alvo e ainda existe uma concentração da procura por brancos e de alta escolaridade.
Introdução: O Centro Especializado de Doenças Infecto Parasitárias é um serviço de referência aos ambulatórios de vírus da imunodeficiência humana, hepatites virais, infectologia e infecções sexualmente transmissíveis em Cascavel (PR). Diante da pandemia de COVID-19 e a interrupção da maioria dos serviços ambulatoriais do município no final de março de 2020, surgiu a preocupação em não interromper o atendimento nesse serviço. Objetivo: Avaliar as estratégias e impacto dos atendimentos ambulatoriais de infecções sexualmente transmissíveis durante a pandemia, diante das restrições. Métodos: Relato de experiência de estratégias utilizadas para manutenção dos atendimentos de infecções sexualmente transmissíveis e avaliação do quantitativo dos atendimentos realizados no período de abril a dezembro de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019, utilizando relatórios de atendimento ambulatorial. Resultados: As estratégias criadas pensando em garantir atendimentos com segurança – reformulação de agendas médicas com maior intervalo entre as consultas, garantia do atendimento por livre demanda, equipamentos de proteção individual para servidores, barraca externa como sala de espera, uso rede sociais como Facebook e WhatsaApp para esclarecer dúvidas e/ou agendar consultas, fortalecimento de vínculos com projetos on-line e informação à imprensa e ao call center municipal sobre atendimentos prioritários – visaram garantir que demandas de infecções sexualmente transmissíveis não fossem totalmente desassistidas durante a pandemia. O quadro de profissionais médicos desse ambulatório foi reduzido em 50%, e enfermagem em 30%, não considerando afastamentos por suspeita de COVID-19. O número de atendimentos entre abril e dezembro de 2019 foi de 1.362, enquanto no mesmo período de 2020 foi de 1.015 (queda de 25,4%). Destaca-se o mês de abril de 2020, com diminuição de 78% nos atendimentos. Conclusão: Infecções sexualmente transmissíveis não deixaram de ocorrer ou ter complicações com a presença da pandemia. O conhecimento e organização da equipe, mesmo reduzida, são destaques dessa avaliação, garantindo o acesso ao serviço público para diagnóstico e tratamento de infecções comumente pouco valorizadas.
Introdução: Os novos antivirais de ação direta modificaram radicalmente o panorama da hepatite C. Medicamentos bem tolerados e seguros, possibilitando tratamentos curtos e eficazes. Objetivo: Avaliar a resposta virológica sustentada dos portadores de hepatite C crônica tratados no Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias de Cascavel (PR) de 2018 a 2020 e estratificá-los conforme sexo, idade, genótipo, fibrose hepática e coinfecção com vírus da imunodeficiência humana. Métodos: Análise retrospectiva dos prontuários de pacientes tratados por hepatite C crônica de 01/01/2018 a 31/12/2020 no Centro Especializado de Doenças Infecto-Parasitárias de Cascavel. As informações foram coletadas utilizando uma tabela contendo as variáveis. Os dados foram digitados em planilha eletrônica do programa LibreOffice Calc, procedendo-se à análise descritiva. Resultados: No período avaliado foram tratados 101 pacientes, 64 (63%) homens e 37 (37%) mulheres. Predominou a faixa etária entre 40 e 59 anos com 64 pacientes (63%), 22 (22%) tinham 60 anos ou mais e 15 (15%) entre 18 e 39 anos. Houve predomínio do genótipo 1 com 59 pacientes (58%), seguido pelo genótipo 3 em 39 (39%) e genótipo 2 em 3 (3%). Apenas três pacientes (3%) apresentavam coinfecção por vírus da imunodeficiência humana/vírus da hepatite C. A maioria dos pacientes não apresentava diagnóstico de cirrose hepática, totalizando 84 (83%), enquanto 17 (17%) eram cirróticos. Os tratamentos administrados, em sua maioria, tiveram duração de 12 semanas: 94 (93%). Cinco (5%) tiveram duração de 24 semanas e dois (2%) de oito semanas. Atingiram resposta virológica sustentada 87 pacientes (86%), um paciente (1%) não alcançou resposta virológica sustentada, cinco foram a óbito durante ou poucas semanas após o término do tratamento e oito (8%) não retornaram até o momento para avaliação da resposta. Conclusão: Considerando os pacientes que concluíram o tratamento e realizaram avaliação da resposta virológica sustentada, a taxa encontrada foi de 98,8%, em conformidade com os resultados encontrados na literatura médica.
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