Introdução: A sífilis não tratada ou inadequadamente tratada, quando ocorre na gestação, pode levar à transmissão vertical e resultar em aborto, natimorto, prematuridade ou várias manifestações clínicas, muitas vezes inaparentes ao nascimento. Assim, a sífilis congênita trata-se de uma doença que pode ser prevenida pelo diagnóstico precoce da infecção na gestante e seu tratamento adequado. Objetivo: Analisar as características da sífilis congênita no município de Cascavel (PR), comparando com os números nacionais, estaduais e municipais, a fim de entender como o manejo de cada gestante pode contribuir em cada caso de sífilis congênita e então auxiliar nas ações para controle desse agravo. Métodos: Estudo retrospectivo, de caráter descritivo, bibliográfico e documental, feito por meio de levantamento de dados epidemiológicos, na forma de notificação compulsória, de onde obtiveram-se informações dos casos de sífilis congênita no município de Cascavel entre o segundo semestre de 2017 e o primeiro semestre de 2020, num total de 70 crianças. Resultados: Embora 82,8% das gestantes tenham realizado pré-natal, 85,7% delas não receberam tratamento ou o fizeram de forma inadequada. Como desfecho da sífilis gestacional, tivemos no período analisado quatro abortamentos (5,71%) e sete natimortos (10%). E apesar de a cidade de Cascavel liderar a comparação em âmbito municipal, estadual e nacional entre o número de diagnósticos de sífilis gestacional, nossa cidade ficou em último lugar no desfecho da sífilis congênita. Conclusão: Um pré-natal adequado, com diagnóstico precoce e manejo da mulher infectada e de suas parcerias sexuais, e posteriormente os cuidados na maternidade são peças fundamentais na prevenção da sífilis congênita. Dessa maneira, a ampliação dos esforços de notificação, além de melhorias na qualidade do pré-natal e do tratamento, é imprescindível para impedir que o concepto sofra com uma evolução desfavorável.
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