Funcionalismo e pragmatismo na teoria De carl rogers: apontamentos Históricos Functionalism and pragmatism in Carl Rogers' theory: historical appointments Funcionalismo y pragmatismo en la teoría de Carl Rogers: notas históricas Paulo Coelho CasTelo BranCo sérgio dias Cirino resumo: É possível identificar, na teoria de Carl Rogers, diversas influências que merecem ser revisitadas. É sabido que ele foi um pensador atento ao contexto de ideias que afetaram a cultura acadêmica estadunidense. Tal atenção dialoga com a comple-xidade de diversas influências sobre sua obra. Este artigo objetiva analisar algumas ideias psicológicas e filosóficas que influen-ciaram Rogers. Entende-se que exerceram influências diretas no pensamento rogeriano: o Funcionalismo de John Dewey, Leta Hollingworth e Kurt Goldstein; e o Pragmatismo de John Dewey e William Kilpatrick. Segundo uma perspectiva metodológica histórica-crítica, elucida-se como cada perspectiva de influência se desenvolveu nos EUA, nas universidades de Chicago e de Columbia. Em seguida, identificam-se os aportes contatados e elaborados por Rogers de cada expoente mencionado. Constata-se que essas apropriações, embora pontuais, foram importantes para a circulação de Rogers no contexto acadêmico estadunidense. Contudo, incorre equívoco afigurar Rogers, exclusivamente, como um psicólogo funcionalista ou pragmatista, dado que ele não deu continuidade a essas perspectivas. O estudo, finalmente, destaca a necessidade de aprofundar investigações sobre outras bases históricas de influência na teoria rogeriana. Palavras-chave: Carl Rogers; Funcionalismo; História da Psicologia; Pragmatismo; Terapia Centrada no Cliente. Abstract: It is possibly to identify in the theory of Carl Rogers many influences that deserve to be revisited. It is known that he was a careful thinker of the context about some ideas that affected the American academic culture. Such attention dialogs with the complexity of many influences on his work. This article aims to analyze some psychological and philosophical ideas that influenced Rogers. It is understood that the followings theories influenced directly Rogers' thought: the Functionalism of John Dewey, Leta Hollingworth and Kurt Goldstein, and the Pragmatism of John Dewey and William Kilpatrick. Through a critical-historical methodological perspective, it is elucidated how each perspective of influence was developed in the USA, in the universities of Chicago and Columbia. After that, we identified the theories contacted and elaborated by Rogers about each mentioned exponent. It was found that those appropriations, although punctual, were important for Rogers' circulation in the American academic context. However, it is a misunderstanding considering Rogers exclusively as a functionalist psychologist, or a pragmatist one, because he did not give continuity to those prospects. The study, finally, highlights the need for further investigations on other historical bases of influence in Rogers' theory.
Este trabalho discute a hiperatividade considerando a metáfora do corpo da criança e o seu funcionamento psicológico, de forma a esclarecer se a sua expressão constitui doença ou um modo próprio de ser. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) tem sido extensivamente investigado em pesquisas que visam aprimorar os critérios diagnósticos e conhecer sua etiologia. Poucos estudos são orientados para elucidar a dimensão psíquica da criança hiperativa. A Gestalt-Terapia é uma abordagem fenomenológico-existencial assentada em teorias holísticas que reconhecem a multidimensionalidade do humano, enfocando a relação (o contato) como ontológica à existência humana.
Resumo A proposta metodológica central da Gestalt-terapia foi construída em torno de uma perspectiva que toma como foco a experiência humana no mundo. No artigo ampliamos o significado do trabalho gestáltico com a experiênciafrequentemente reduzido ao uso do experimento como técnica-abordando suas origens fenomenológicas e dialogando com Merleau-Ponty, propondo conceber a psicoterapia como campo de presença. A existência se dá no campo organismo-ambiente e a experiência é uma estrutura configurada a partir dessa situação relacional no mundo. Partindo do id da situação, a psicoterapia visa à ampliação da experiência do cliente no aqui-agora do encontro terapêutico para significar sua ação espontânea e criativa no mundo. O processo de contato implica um mergulho no mundo ambíguo da experiência com o outro, gerando oportunidade de um exercício criativo envolvido com uma capacidade humana de agredir, transformar e instituir. Consideramos a experiment-ação na Gestalt-terapia meio para que a ação espontânea e criativa se desvele, produzindo significados e transgredindo o instituído.
1Jorge Ponciano Ribeiro Universidade de Brasília RESUMO -O autor faz um estudo da resistência em grupo baseado na obra de Siegmund Heinrich Foulkes, fundador da Psicoterapia Grupo Analítica. Foulkes utilizava os conceitos da Psicologia da Gestalt e da Teoria do Campo para fazer compreender o processo de mudança nos seus grupos, embora essas referências passassem desapercebidas, talvez pela difi culdade epistemológica que ele encontrava em combinar Psicanálise e essas teorias. O autor retoma os rastros de Foulkes e desenvolve, a partir dos conceitos de fi gura e fundo e aqui e agora, uma visão diferente na perspectiva foulkesiana, acenada por ele, mas não desenvolvida. Foulkes tem também uma linguagem fenomenológica que o autor procura explorar.Palavras-chave: resistência; psicoterapia grupo analítica; Foulkes. The Concept of Resistance in the Group-Analytic Psychotherapy:Rethinking a Path ABSTRACT -The author makes a study of the resistance in group based on the work of Siegmund Heinrich Foulkes, founder of the Group-Analytic Psychotherapy. Foulkes used the concepts of the Psychology of Gestalt and of the Theory of the Field to understand the change process´ in their groups, although those references passed unnoticed, maybe for the epistemological diffi culty that he found in combining psychoanalysis and those theories. The author retakes the traces of Foulkes and develops, beginning with concepts of here and now, and fi gure and group a different vision in the Foulkesian perspective, waived by him, but not developed. Foulkes also has a phenomenological language which the author attempts to explore.
RESUMO -Resistência é um processo humano que acontece quando a pessoa se encontra sob algum tipo de ameaça. Não é essencialmente um acontecimento psicoterapêutico. Ocorre na terapia não como uma oposição a si mesmo ou ao terapeuta, mas como uma forma de se ajustar a uma nova situação. A resistência, é por natureza, a atualização do instinto de auto-preservação. E o organismo inteligentemente segue a lei da preferência. Resistência é uma forma de contato que não pode ser destruída, mas administrada, porque ela surge como uma defesa da totalidade vivenciada pela pessoa. A Resistência é, às vezes, resistência e awareness mais que ao contato. Ela revela mais o caminho seguido do que oculta a caminhada feita. A resistência é um processo natural, porque o corpo que não resiste, morre, mas falamos em processos de auto-regulação organísmica. Valorizamos mais o que mantêm a resistência funcionando do que à própria resistência. O terapeuta também resiste, ou seja, ele se auto-regula na sua relação com o cliente. Não questionamos a resistência, mas o processo que a mantêm. Trabalhamos com nove mecanismos de defesa, também tradicionalmente, chamados de resistência.Palavras-chave: resistência; fenomenologia existencial; gestalt terapia; processo grupal. The Resistance Facing the ResistanceABSTRACT -Resistance is a human process that happens always that the person is under menace or is in position of defending his right to be self-regulated. Resistance is not, by nature, a given psychotherapeutic process. It occurs in psychotherapy, not as an opposition process against himself or to the therapist, but as a function of helping a new situation inside the person. Resistance is, by nature, the actualization of the instinct of self-preservation. That is, everything that is born deserves to live, everything that emerges from the organism emerges as a necessity of the organism, that always follows of the preference law, no matter the nature of the object under observation. Resistance is a contact form that cannot be destroyed, but managed, controlled, because it emerges as a defense of the totality in action. Resistance is, sometime, resistance to awareness, not to contact, even if resistance is a contact form. We don't use to work with the resistance, as resistance, indeed, because if the body does not resist, it dies. We work rather the process than with the resistance in itself. The therapist also resists, it is, and even he also experiences his own self-regulation. What is generally called resistance, we call organic self-regulation process, and we work with mine of these mechanisms.Key words: resistance; existential phenomenology; gestalt therapy; group process. (Foulkes, 1948, p. 157). "A vida exterior não é tão diferente da sociedade em miniatura da análise de grupo e, ao menos em espírito, todo grupo é um grupo aberto ao livre oceano da vida exterior" (Foulkes & Anthony, 1957, p. 133).A Inglaterra se encontrava em guerra com a Alemanha. Os soldados voltaram do front totalmente perturbados. Precisavam se recompor, se rever....
The present work studies the Psychology of Religion as a theme to be understood from the concept of totality. It discusses the issue of the nature of religion, psychology and the relationship between both. It approaches the human conflicts from their connection with nature, and, above all, with God. As a possible path of a creative and healthy adjustment, faith fills a special position establishing the relationship between psychology, religion and the human person. The nature of the soul and the psychological struggles bring up a central issue: what is the role of the Religion Psychologist facing the human angst caused by guilt, by the loss of meaning of God in the human existence or up to what theoretical point does the Psychology of Religion oppose the clinical practice where the silent presence of the hallowed in human conflicts become apparent while being ignored at the exercise of our profession.
O artigo tem como objetivo propor e discutir a noção de ambientalidade, colocando-a em diálogo com as noções de sustentabilidade e co-existência, visando promover, no âmbito da Gestalt-Terapia, discussões acerca de nossa implicação ética e existencial com o Planeta Terra. Ambientalidade é um termo inexistente no dicionário e que está aqui proposto como derivação da palavra ambiente para, juntamente com animalidade e racionalidade, constituir a definição da estrutura de nossa essência humana. Animal-racional, o ser humano tem sido definido, frequentemente, de uma maneira inadequada, pois falta-lhe o terceiro existencial: ambientalidade, que estou constituindo e definindo a partir dos modos de existência que constituem a experiência humana de ser pessoa. Ambientalidade é uma dimensão da essência humana, através da qual somos co-constituintes do universo, somos partes fundantes consubstanciais de uma totalidade através da qual tudo muda, tudo está ligado a tudo. Considerando a noção de Campo organismo/ambiente da Gestalt-Terapia como um construto central na abordagem, o desenvolvimento da noção de ambientalidade pode contribuir para ampliar o escopo da perspectiva gestáltica na direção de discussões que englobem de modo mais efetivo as relações das pessoas com o mundo e coloquem em relevo sua implicação com a sustentabilidade do planeta.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.