Introdução: A depressão, estimada em cerca de 30 milhões de casos no mundo, pode estar atrelada a problemas familiares, a baixos níveis escolar e socioeconômico e está associada ao aumento do risco de mortalidade precoce por suicídio. A educação em saúde é uma importante ferramenta de promoção de saúde, definida como um conjunto de práticas que contribui para aumentar a autonomia das pessoas no seu cuidado. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos sobre implementação de práticas de educação em saúde sobre depressão em estudantes de uma escola pública do interior de Sergipe. Métodos: Trata-se de um relato de experiência dos acadêmicos da Universidade Federal de Sergipe – Campus Lagarto, onde foi realizada uma intervenção em uma escola de ensino fundamental público. O Arco é dividido em cinco fases, sendo a observação da realidade, discussão dos pontos chave, teorização, elaboração das hipóteses de solução e aplicação à realidade. Resultados e Impactos: As dinâmicas de apresentação, do papel amassado, da angústia e conforto e roda de conversa foram bem aceitas pelos escolares, visto que todos participaram efetivamente de todo o processo de ensino aprendizagem. O professor foi peça fundamental para realização das intervenções, visto que a faixa etária dos estudantes foi de 11 a 13 anos, os quais eram bastante inquietos. Conclusão: Pode-se concluir que atividades de educação em saúde relacionadas à saúde mental elaboradas pelo Arco de Maguerez, são ferramentas de baixo custo, dão resultados satisfatórios e podem ser implementadas por qualquer profissional de saúde em intervenções de promoção de saúde.
Introdução: As doenças neurodegenerativas (DN) são causas comuns e crescentes de mortalidade e morbidade em todo o mundo, particularmente na população idosa. As DN tendem a comprometer a qualidade de vida, pois afetam os aspectos fisiológicos, sociais e emocionais, comprometendo a adaptação e interação do idoso em seu ambiente habitual, como a Doença de Alzheimer e a Doença de Parkinson. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida de indivíduos com doenças neurodegenerativas. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo e transversal, de abordagem qualitativa e quantitativa, realizado com indivíduos que possuem diagnóstico de doença neurodegenerativa e que sejam moradores da cidade de Lagarto. Para avaliação da qualidade de vida, foi utilizado o Questionário de Qualidade de Vida de 36 itens (SF-36). Resultados e Discussão: Foram incluídos 8 participantes, sendo 4 do gênero masculino e 4 do gênero feminino, idade média de 65 anos, renda familiar de até 1,25 SM e 4 possuíam escolaridade até o ensino fundamental menor. Dentro dos resultados de qualidade de vida, os participantes apresentaram piores resultados nos domínios de capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade e saúde emocional. Os dados corroboram com alguns estudos da literatura. Conclusão: Diante dos resultados, sugere-se que os indivíduos portadores de DN estão susceptíveis a uma pior percepção de qualidade de vida.
Introdução: Mesmo frente ao grande número de pacientes que tem uma sobrevida pós alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a maioria sobre complicações que afetam sua funcionalidade. Objetivo: Avaliar o perfil funcional do paciente pós alta da unidade de terapia intensiva e identificar os fatores determinantes que influenciam na funcionalidade. Metodologia: Estudo longitudinal, observacional e descritivo, tendo uma abordagem quantitativa incluindo pacientes admitidos na UTI de um Hospital Universitário no Estado de Sergipe, no período de agosto de 2018 a março de 2020. Como instrumento de pesquisa, foi usada a Medida de Independência Funcional (MIF) em três momentos: na admissão hospitalar, para mensuração da independência funcional prévia à internação hospitalar, na admissão na UTI, para mensuração da funcionalidade prévia à internação na UTI; e na alta imediata . Resultados: A amostra foi composta por 206 pacientes, sendo incluídos 91 participantes. Observou-se uma redução da MIF na admissão na UTI comparada à MIF prévia hospitalar e uma tendência à elevação na alta, porém os valores não retornam ao que foi observado antes da internação hospitalar. Além disso, aqueles pacientes com idade mais avançada e que utilizaram ventilação mecânica por um maior período e com um maior tempo de internação, foram determinantes para a MIF após a alta da UTI. Conclusão: Conclui-se que o processo de hospitalização, especialmente na UTI, de pacientes de idade mais avançada, em uso ventilação mecânica e com um maior tempo de internação, provoca uma redução significativa na funcionalidade.
Introdução: O baixo nível educacional associado ao baixo letramento funcional em saúde são grandes desafios para o sistema de saúde brasileiro, principalmente a atenção primária, pois a incompreensão da doença não permitirá a adoção de hábitos diferenciados de cuidado em saúde. Métodos: Trata-se de um relato de experiência realizado entre janeiro e fevereiro de 2020, seguindo o método do arco de Charles Maguerez: observação da realidade - escala de letramento em saúde; pontos-chaves - baixo letramento em saúde, falta de interação dos usuários com os profissionais de saúde, estilo de vida sedentário, baixo nível educacional e baixa corresponsabilidade com o atual estado de saúde; teorização - leitura de artigos científicos e políticas sobre a temática; hipóteses de solução - planejamento das ações; aplicação à realidade - uso da educação em saúde sobre diabetes. Resultados e Discussão: A utilização de ferramentas de aprendizagem e de experiência ativa, lúdica, motivadora e competitiva, facilitou o processo ensino-aprendizagem, promovendo uma difusão de conhecimentos e atitudes em saúde nos usuários, estimulando seu autocuidado, e aos discentes uma formação humanizada e contextualizada. Conclusão: Pode-se concluir que essas ferramentas são aplicáveis em diferentes temáticas e podem auxiliar na educação em saúde dos usuários do sistema único de saúde, minimizando possíveis complicações das doenças crônicas e, fortalecer a formação do profissional de saúde.
Objetivo: avaliar a eficácia das metodologias ativas de ensino-aprendizagem como ferramenta para o ensino da anatomofisiologia humana aos alunos do Ensino Médio (EM) de escolas públicas da cidade da Lagarto/SE. Métodos: trata-se de um estudo transversal com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado entre julho e dezembro de 2018. As atividades de aprendizagem foram desenvolvidas semanalmente, por meio de módulos temáticos sobre Anatomofisiologia do Sistema Cardiorrespiratório (ASCR) e Reprodutor Humano (ASRH), com grupos de até 25 alunos. Para construção do aprendizado, foram utilizadas diversas metodologias ativas, com mensuração dessa aprendizagem mediante avaliações somativas e formativas iniciais e finais, além de avaliações das atividades propostas nas aulas. Resultados: participaram deste estudo 70 sujeitos, de modo que 89% eram do gênero feminino, e 50% cursavam a 3ª série do EM. Em relação aos módulos, todos os sujeitos participaram do módulo ASCR; destes, apenas 20 continuaram com as atividades do módulo ASRH. Após análises estatísticas por meio do Wilcoxon Test, foi evidenciado impacto positivo do uso de metodologias ativas no aprendizado por intermédio das notas obtidas na 2ª avaliação somativa nos módulos ASCR (p<0.0001) e ASRH (p=0.0038), assim como na avaliação formativa dos módulos ASCR (p<0.0001) e ASRH (p=0.007). As avaliações das atividades propostas demonstram grande aceitabilidade dos alunos às novas formas de aprender. Conclusões: a utilização de metodologias ativas e seus diversos recursos para o ensino da anatomofisiologia demonstram grande eficácia e direcionam à construção de uma visão crítico- reflexiva por parte dos alunos, facilitando o processo ensino-aprendizagem.
No abstract
Objetivo: Relacionar a severidade dos sinais e sintomas de DTM e de disfunção cervical com a função pulmonar em indivíduos com doenças respiratórias crônicas. Métodos: foram incluídos 13 indivíduos com diagnóstico de doenças respiratórias crônicas, atendidos na clínica escola de fisioterapia, ambulatório da EBSERH e estudantes da UFS, nove do sexo feminino e quatro do sexo masculino, com idade entre 18 a 50 anos. Foi usado o ProDTMmulti para quantificar a frequência e a gravidade dos sinais e sintomas da DTM. O Índice de Disfunção Craniocervical foi utilizado para avaliar mobilidade cervical, dor muscular, dor durante o movimento, disfunção da coluna cervical e análise da postura. Além disso, foram realizados testes de função respiratória com o ventilômetro. Resultados e Discussão: Foi constatada maior prevalência de ausência de sinais e sintomas de DTM, exceto para dor cervical (53,85%), sensação de ouvido tampado (53,85%) e sensibilidade nos dentes (53,85%), em que o grau leve foi mais prevalente. Todos os indivíduos apresentaram alterações cervicais, 69% com disfunção moderada e 31% com severa. E não apresentaram alterações ventilatórias. Não houve correlação significativa entre doenças crônicas respiratórias com o grau de severidade dos sinais e sintomas de DTM e disfunção craniocervical. Conclusão: Não houve correlação entre doenças respiratórias crônicas e função pulmonar com a presença de disfunção craniocervical e DTM na amostra avaliada. Contudo foi possível verificar que parte desses indivíduos apresentaram sinais e sintomas de DTM, como dor cervical, sensação de ouvido tampado e sensibilidade nos dentes, e que todos apresentaram disfunção craniocervical de severidade moderada a grave.
A pandemia de COVID-19 e suas medidas de contenção influenciaram diretamente na saúde psicossocial dos indivíduos podendo acarretar no surgimento ou agravamento dos sinais e sintomas de disfunções temporomandibulares (DTMs). Dessa forma, os objetivos do presente estudo foram avaliar o impacto da pandemia nos sinais e sintomas de DTMs e a influência da infecção pelo novo coronavírus nesses sinais e sintomas. Trata-se de uma pesquisa observacional transversal com abordagem quantitativa, realizada na população do estado de Sergipe e do Distrito Federal. Baseado no Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders DC/TMD, os indivíduos responderam via Google forms ao Questionário de Sintomas do DC/TMD e aos Dados Demográficos do DC/TMD. Participaram do estudo 244 indivíduos, 123 do estado de Sergipe e 121 do Distrito Federal. Destes indivíduos, 70,8% sentiram dor na mandíbula, têmpora, no ouvido ou na frente do ouvido e 64,2% relataram presença de dor na região temporal nos últimos 30 dias. Hábitos ou manias como apertar ou ranger os dentes e mastigar chiclete, alteraram a dor da maior parte dos entrevistados (50,8%). Não foi encontrada associação significativa (p≥0,05) entre as questões do Questionário de Sintomas do DC/TMD e a contaminação por COVID-19 entre os entrevistados. Desse modo, sugere-se que a pandemia pode ter impactado nos sinais e sintomas de DTMs na população de Sergipe e do Distrito Federal, mas a infecção pelo novo coronavírus não influenciou nestes sinais e sintomas, não sendo encontrada diferença significativa entre os indivíduos que foram ou não infectados.
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