Introdução: Com o aumento do número de pacientes com transtornos mentais, consequentemente eleva-se a prevalência dos atendimentos nas unidades de saúde. Neste contexto, os profissionais da atenção primária são os responsáveis por prestar um acolhimento e direcionar os fluxos desses usuários quando necessário. Objetivo: Relatar a experiência sobre o desenvolvimento e implementação da cartilha sobre acolhimento e fluxos desses usuários como material educativo para os profissionais de Saúde da Atenção Primária. Métodos: Trata-se de um relato de experiência do tipo descritivo de uma residente do Programa Multiprofissional de Saúde da Família e Comunidade (ESCS), onde foi realizada uma intervenção em uma Unidade de Saúde localizada no Distrito Federal, seguindo os pressupostos do Arco de Maguerez. Resultados e Discussão: A atenção primária à saúde funciona como porta de entrada no sistema de saúde aos usuários que possuem algum transtorno psíquico, é o espaço privilegiado para o acolhimento à pessoa que está em sofrimento agudo e para construção de vínculo longitudinal. É preciso um constante exercício de auto avaliação dos profissionais para evitar enquadrar esses usuários em estereótipos, lembrando sempre que esses se encontram em situação de fragilidade e necessitam ser cuidados, as situações referentes ao campo da saúde mental estão entre aquelas que mais exigem esforço da equipe para a percepção oportuna do problema e a tomada de decisão. Conclusão: A cartilha tornou-se uma estratégia que visa realizar educação em saúde, que poderá ser utilizada como material de apoio por qualquer profissional de Saúde auxiliando no atendimento do usuário.