Sob uma ótica global, o fenômeno turístico tem sido caracterizado por uma racionalidade econômica que fortalece a dissociação entre “políticas públicas” e “ética”, ao abdicar de propósitos voltados ao bem comum. Reproduz a lógica finalística de crescimento no fluxo excessivo de turistas e a expansão do consumo, sem um planejamento responsável e sustentável. O objetivo desta pesquisa é compreender em que medida a ética vem sendo contemplada nas políticas públicas nacionais de Turismo, e identificar elementos que possam se tornar premissas e/ou proposições para futuras políticas de mitigação das consequências da pandemia (Covid-19), com vistas ao bem comum e a sustentabilidade. Para tanto, foi realizada uma pesquisa exploratória, com abordagem qualitativa, por meio de entrevistas com 29 pesquisadores de notório saber no campo do Turismo. Resultados apontam que as futuras políticas públicas de Turismo, no combate aos distúrbios do Covid-19, devem considerar, como premissa suprema, o propósito para além de uma base restringida ao progresso econômico dos destinos, mas principalmente direcionado a um processo de desenvolvimento humano e sustentável e de bem estar comum.
Aos meus pais amados, Terezinha Maria Faria Tasso e Paulo Sérgio Tasso, pelo enorme carinho, paciência e fé, e por terem dedicado suas vidas com muito amor à formação profissional, social e humana de seu filho.Ao meu grande orientador e amigo, Elimar Pinheiro do Nascimento, por sua imensa sabedoria transmitida por orientações acadêmicas e para a vida, pela serenidade, segurança, amizade, companheirismo e simpatia, por estimular minha inquietude e minha superação. Mas mais do que isso, pelo enorme sorriso no rosto a cada reunião.A Helena Araújo Costa, amiga eterna, que com suas palavras de incentivo, seu brilhantismo e companheirismo demonstrados nos inúmeros momentos de contribuição, fez com que eu ampliasse (mesmo achando que não fosse mais possível) minha admiração e meu respeito por tudo que ela é.A Eleusina Rodrigues, amiga e companheira fiel, a quem guardo uma grande e verdadeira gratidão, pelas muitas contribuições diárias, pelas conversas descontraídas, pelo amplo conhecimento, paciência e contribuição no trabalho de campo.
Há quase meio século discute-se a finitude dos recursos naturais e a irracionalidade de sua exploração pelo modelo econômico vigente que resultou na presente crise ecológica. Este artigo discute o Decrescimento, uma das saídas propostas à esta crise. Nome propositalmente antipático para que o establishment não se aproprie, como ocorre com o Desenvolvimento Sustentável. O objetivo é desenhar a trajetória do Decrescimento para identificar as possibilidades e limites. Pesquisaram-se as principais publicações que sustentam a proposição. As origens do Decrescimento são múltiplas, tanto de caráter econômico como cultural e as proposições são variadas. Contudo, há três certezas: a ideologia do crescimento, que rege o presente modelo econômico, caso não seja modificado, nos levará a uma catástrofe; medidas paliativas, como as propugnadas pelo Desenvolvimento Sustentável, não conduzem a uma solução da crise ecológica; a saída possível é quebrar a lógica da ideologia do crescimento, buscando uma vida mais simples, com relações sociais mais agradáveis e melhor distribuição, e redução, dos bens materiais. O artigo finaliza perguntando-se sobre a possibilidade de as propostas do Decrescimento serem levadas a cabo, e quais os seus obstáculos.Palavras-chave: Desenvolvimento Sustentável. Decrescimento. Crise Ambiental.
RESUMOO foco do presente artigo está no estudo sobre os múltiplos fatores que influenciam os processos de inclusão socioeconômica, de habitantes de destinos turísticos, no sistema produtivo local do turismo (SPLT). A relevância do trabalho perpassa pelo entendimento de que a inclusão socioeconômica (pelo emprego formal ou por práticas de inserção produtiva) pode ser definida como um dos aspectos fundamentais para a sustentabilidade do turismo. Foram selecionados para a pesquisa dois municípios (Barreirinhas -MA e Jijoca de Jericoacoara -CE), caracterizados tanto por suas potencialidades naturais (Parques Nacionais) quanto pela incipiente participação de seus habitantes nos benefícios econômicos decorrentes do setor. A ampla incidência de pobreza e de baixos rendimentos econômicos de seus moradores são aspectos que definem similitudes entre os cenários. O objetivo é fomentar o debate sobre os fatores que contribuem para, ou impedem, a inclusão socioeconômica das populações locais de destinos turísticos nacionais no sistema turístico. As reflexões são: em que medida a dinâmica do turismo nesses territórios permite ou não a inclusão socioeconômica dos moradores no SPLT, e como
The theme of this article focuses on the various (and contradictory) measures to deal with the disastrous consequences of the Covid-19 pandemic, that is, on the one hand, by encouraging the immediate resumption of Tourism leveraged by the current administration of the Federal Government of Brazil (such as a strategy to fight the economic crisis) and by protest actions by representatives of the productive sector of Tourism and, on the other hand, by popular demonstrations by residents of Brazilian tourist destinations, against such a resumption of the activity. So, the central question seems to be: how should national public policies be structured in order to mitigate the appalling negative impacts of the pandemic on the Brazilian economy (especially regarding unemployment and lack of income), without disregarding the fundamental commitment to health security of populations in tourist destinations, in view of the increase in the situation of disseminated contamination? The objective of the research is to analyze the contradictions that have been established between national public policies for the resumption of Tourism (in the fight against the economic crisis resulting from the Covid-19 pandemic) and the growing insecurity of populations in Brazilian tourist destinations in view of the expansion of the situation. of contamination. The theoretical foundation is based on: theories of the sociology of absences and emergencies, by Boaventura dos Santos; Hannah Arendt ( 2010) about the rise of the social sphere that undermined the original distinction between public and private, with action (praxis) being one of the fundamental human conditions. The theoretical-methodological path taken in the development of the essay is the multiple case study through the analysis of experiences, and the triangulation of speeches through analytical categories. The discussions that open from there permeate conceptual debates on an ethical foundation of public policies, to mitigate the effects of structural crises, and the current impact of the pandemic that devastates the world scenario. And if these are in the field of mitigation or irresponsible promotion, under the commitment to save jobs, opposing ethical attitudes in the exercise of imposing violence of legal authority, and the principles of public discussion on "mutual commitment and common deliberation".
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