Este texto aborda a questão da sustentabilidade, sob a forma hegemônica de qualificação do desenvolvimento. Traça as origens e o contexto do surgimento da ideia de desenvolvimento sustentável como resultado do confronto entre os países desenvolvidos e os restantes, e entre ambientalistas e desenvolvimentistas. Analisa e discute suas dimensões, mostrando as limitações da configuração em "trevo de três folhas" (ambiental, econômica e social); exemplifica a polissemia do termo e traduz o seu significado; mostra as razões da relevância do tema; e, finalmente, examina respostas que estão sendo socialmente construídas em razão dos possíveis desdobramentos da crise ambiental. Na conclusão, sintetiza as mudanças que ocorrem na trajetória da compreensão da sustentabilidade.
This text discusses the sustainability issue in the hegemonic form of qualification of a new development. It outlines the origins and the context where the idea of sustainable development has emerged as a result of the confrontation between developed countries and other countries and between environmentalists and developmentalists; analyzes and discusses its dimensions by showing the limits of the three-leaved clovers configuration (environmental, economic and social); exemplifies the polysemy and translates its meaning; shows reasons for the relevance of the sustainability issue; and finally, examines answers that are socially being built due to the possible consequences of environmental crises. In the conclusion, it summarizes the changes that have occurred on the trajectory of understanding sustainability
O turismo de base comunitária (TBC) representa uma proposta de desenvolvimento apoiada na conservação ambiental, na valorização da identidade cultural e na geração de benefícios diretos para as comunidades receptoras. O presente trabalho, por sua vez, tem como objetivo realizar uma revisão do arcabouço teórico do TBC para, então, identificar os elementos chaves de sua conceituação. A partir da compilação conceitual realizada, foram identificados componentes recorrentes no entendimento do TBC, sob a ótica de diversos atores a ele relacionados: academia, governo, ongs etc. A análise destes componentes possibilitou o delineamento de 6 elementos chaves (dominialidade, interculturalidade, organização social, repartição de benefícios, integração econômica e gestão do bem comum) a serem considerados como base para a construção futura de indicadores capazes de aferir, à luz da sustentabilidade, o desempenho de iniciativas de TBC.
Resumo: O artigo discute a inserção da participação social em metodologias de Avaliação Ambiental Estratégica (AAE). A preocupação surge não apenas da pressão existente para a gestão ambiental participativa, mas também a partir da compreensão de que a AAE, em relação à avaliação de impacto ambiental (AIA), oferece maior consideração sistêmica de aspectos socioambientais e mais amplo espaço para a participação social. Três metodologias foram analisadas: (a) Plataforma SEAN; (b) Comissão Econômica Européia; e (c) Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil. Concluiu-se que o termo participação figura entre os passos de todas as metodologias, ainda que mereça destaque diferenciado em cada uma delas. A visão demonstrada acerca da participação é restrita e limitante quanto ao envolvimento dos atores, regularmente incluídos apenas na etapa de levantamento de dados sobre o local. Ademais, a dimensão do conflito é freqüentemente ignorada e não são contemplados instrumentos inovadores que habilitem a operacionalização das novas intenções da AAE frente à AIA no quesito participação social.Palavras-chave: avaliação ambiental estratégica (AAE); metodologia; avaliação de impactos ambientais (AIA); participação social.
A coleta seletiva nas pesquisas brasileiras: uma avaliação metodológica Selective waste collection in Brazil: comparing reports and research methodologiesLeonardo Silveira Conke [a] , Elimar Pinheiro do Nascimento [b] [a] Universidade de Brasília (UnB), Departamento de Administração, Brasília, DF, Brasil [b] Universidade de Brasília (UnB), Centro de Desenvolvimento Sustentável, Brasília, DF, Brasil ResumoA coleta seletiva é uma atividade que tem atraído grande interesse da sociedade, tanto pela sua contribuição à sustentabilidade urbana como pela geração de renda, de cidadania e pela economia de recursos naturais que proporciona. A melhoria na prestação desse serviço depende de uma avaliação adequada da sua situação, algo normalmente realizado por meio de levantamentos estatísticos. Contudo, ao se analisar as quatro principais pesquisas brasileiras sobre o tema, descobriu-se que elas apresentam dados bastante contrastantes. Um dos mais divergentes refere-se ao número de municípios que oferecem a coleta seletiva que, segundo os relatórios, pode ser de 14%, 20%, 32% ou 60%. Por isso, buscou-se aqui comparar os procedimentos metodológicos adotados nas pesquisas brasileiras sobre coleta seletiva, a fim de explicar suas divergências e esboçar um panorama da oferta desse serviço no país. Os resultados revelaram que a coleta seletiva ainda é incipiente em abrangência (ocorre em apenas 41% dos municípios) e em eficiência (apenas 10% daquilo que é potencialmente reciclável é recolhido). Descobriu-se também que há espaço para aperfeiçoamento na produção dos relatórios, especialmente nos métodos amostrais, nas técnicas estatísticas para os cálculos finais e na qualidade das perguntas dos questionários, fatores que mais influenciaram as disparidades observadas. Palavras
Resumo: O artigo apresenta os resultados de um trabalho onde verificou-se de que maneira os indicadores de sustentabilidade são abordados no monitoramento das iniciativas de arranjos produtivos locais (APLs) de turismo no Brasil, visto que tais arranjos têm sido considerados estratégicos nas políticas de desenvolvimento sustentável em escalas local e regional. Foram analisadas, a partir de dados secundários, dez iniciativas de APL de turismo geridas pelo Sebrae-Serviço de Apoio à Pequena e Média Empresa, disponíveis para acesso público em seu sistema de monitoramento de projetos (SIGEOR). Os indicadores de monitoramento foram analisados segundo quatro categorias: esfera, dados, interface e escopo. A principal conclusão mostra que o monitoramento dos projetos dá uma resposta insuficiente para a problemática da sustentabilidade, visto que se concentra na dimensão econômica e não
This interdisciplinary article draws from the radical ideas of global political ecology (GPE), environmental politics, ecological economics and the sociological analysis of social movements. It seeks to help bridge the research gap regarding non-state actors' (NSAs) influence on the role of the nation-state and the United Nations in global political ecology and environmental policy, including emission reductions, such as antideforestation measures, and environmental justice. We consider NSAs as consisting of two heterogeneous global coalitions: a) civil society organizations (CSOs) and environmental non-governmental organizations, and b) peak corporate organizations with green economy objectives, here denominated green business organizations, representing transnational corporations (TNCs). After a review of prior studies, we present a version of an advocacy coalition framework; identify a timeline of changes in UN architecture and simplified NSA influence categories. We only begin to test very broad hypotheses on relative agency and to compare NSA narratives with UN documents. We show that the architecture of the UN has gradually shifted from favoring civil society to corporations. There is evidence that, in the late 1990s, in comparison with CSOs, TNCs increased their access to nation-states and UN agencies. The TNC narrative changed from a) denying climate change and ignoring the UN to b) recognizing change and guiding negotiations. These shifts in UN architecture, TNC agency and narrative appears to have influenced changes in UN documents towards a corporate global environmental framework, reducing their references to the regulatory and enforcement roles of the state and global binding agreements, shifting global debate towards a voluntary corporate orientation. This may have reduced prospects for reducing emissions and increasing environmental justice. Combining market mechanisms with strong regulatory frameworks is best practice for environmental policy. When nation-states have the will and capacity to command and control, they can reduce environmental degradation. Stronger national government competence and enforcement capacity and binding UN agreements are essential for the effectiveness of market incentives, which may be enhanced by business and civil society initiatives. If CSOs can reunite and regain their strength, maybe they could negotiate with TNCs on a more equal footing. Perhaps UN members could once again become comfortable with the idea of strong states and non-hegemonic global governance. Key words: Global political ecology, Nation-state, earth system governance, UN architecture, UN agency, green economy, non-state actors, UNCED, Rio+20, Climate convention
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