postal -478, CEP 69011-970 Manaus-AM RESUMO -O elevado teor de ácido ascórbico no camu-camu (Myrciaria dubia McVaugh, Myrtaceae) desperta o interesse de extrativistas, agricultores e consumidores, e leva à necessidade de desenvolvimento de tecnologias adequadas para produção em terra firme e aproveitamento industrial do fruto. Este trabalho teve por objetivo verificar a adequação do camu-camu para a produção de bebida alcoólica fermentada, assim como o efeito do branqueamento do fruto e da incorporação da casca à polpa nas características nutricionais e sensoriais da bebida. Os frutos foram separados em quatro lotes, sendo dois branqueados (90 ºC por 7 min). Após a despolpa, as cascas de um lote de cada tratamento (com e sem branqueamento) foram incorporadas às respectivas polpas e avaliadas quanto à composição química (umidade, pH, acidez, sólidos solúveis, açúcares, ácido ascórbico, compostos fenólicos, antocianinas e flavonóides). Após a correção do mosto com açúcar, pasteurização, fermentação (25 dias), trasfega, pasteurização (70 ºC por 15 min), filtragem e clarificação, as bebidas foram avaliadas quanto a composição química, edulcoradas e submetidas à análise sensorial. O branqueamento reduziu a concentração de ácido ascórbico das polpas (33 %) e a agregação da casca aumentou os teores de matéria seca (39 % polpa), ácido ascórbico (33 % na polpa, 23 % no mosto e 50 % na bebida) e fenólicos (50 % bebida). O perfil sensorial e a aceitabilidade sugerem que o camu-camu é adequado para a produção de bebida alcoólica fermentada e que a agregação da casca à polpa contribuiu positivamente para a aceitabilidade (6,7 com casca e 6,2 sem casca, na escala de 9 pontos). As bebidas apresentaram flavor característico do fruto, limpidez, coloração vermelho-laranjada e sabor agradável. Palavras-chave: Fruto da Amazônia, composição química, Saccharomyces cerevisiae, fermentação, análise sensorialThe use of camu-camu (Myrciaria dubia) for the production of a fermented alcoholic beverage ABSTRACT -The high levels of ascorbic acid in camu-camu (Myrciaria dubia McVaugh, Myrtaceae) have stimulated interest of extractivists, farmers and consumers. This has led to a need to develop adequate technology for it's production on non-flooded land and the industrial use of this fruit. This study had as its main objective to verify if camu-camu is adequate for the production of fermented alcoholic beverages, measuring the effect of blanching the fruit and the incorporation of the fruit peel with the fruit pulp on the nutritional and sensory characteristics of the drink. The fruits were separated into 4 groups, two being blanched (90 o C for 7 minutes). After the pulp was removed, the peels of one group from each blanching treatment were incorporated into the respective pulps and their chemical composition evaluated. After sugar correction of the must, pasteurisation, fermentation (25 days), decanting, pasteurisation (70 o C for 15 minutes), filtering and clarification, the beverages were evaluated as to their chemical composition, sweeten...
RESUMO -Frutos de araçá-pera (Psidium acutanguium D.C.) em estádio de amadurecimento comercial foram avaliados quanto às características físicas, fisico-químicas e químicas. Houve grande variação no peso dos frutos (47,89 a 138,34 g) e no rendimento em polpa (55,01 a 75,98%). O araçá-pera é um fruto suculento (85,85% de umidade), com baixa relação Brix/ acidez (5,88), baixo pH (3,0) e acidez elevada (1,87% de ácido citrico). Destaca-se como excelente fonte de vitamina C total (389,34 mg l00g' 1 de polpa integral). O baixo grau de doçura é fator limitante para o consumo "in natura". Apresenta potencial para industrialização, e para esta finalidade, seus atributos de qualidade são a uniformidade de formato,(levemente arredondado), alto rendimento em polpa, baixo pH e elevadas concentrações de acidez e vitamina C total. Palavras-chave:Psidium acutanguium, características físicas, composição química, vitamina C, frutos da Amazônia.Physical and Chemical Characteristics of Araça-pera (Psidium acutanguium D.C.) Fruits.ABSTRACT -Ripe fruits of araçá-pera (Psidium acutanguium D.C.) were evaluated for physical, physico-chemical and chemical characteristics. There were significant variations on fruit weight (47.89 to 138.34 g) and pulp yield (55.01 to 75.98%). The fruit is juicy (85.85% of moisture), with low Brix/acidity ratio (5.88), acid pH (3.0), and high titrable acidity (1.87% of citric acid). The fruit is a significant source of total vitamin C (389.34 mg l00g -1 of fresh pulp). The low sweetness degree is a limitation for its natural consumption. The araçá-pera presents good characteristics for industrialization, such as low pH, high pulp yield, uniformity on fruit form (spherical), and high acidity and total vitamin C contents.
ResumoAs amilases estão entre as mais importantes enzimas industriais e são de grande interesse na biotecnologia atual. Embora elas possam ser derivadas de diversas fontes, as de origem microbiana são geralmente as mais procuradas pelas indústrias. As espécies do gênero Bacillus são consideradas as principais fontes de amilases. Apesar disso, a busca por novas fontes microbianas vem crescendo em todo o mundo. O presente estudo objetivou avaliar a produção de amilase por rizóbios nativos, usando farinha de pupunha como substrato. Neste estudo, foi adotado o delineamento experimental inteiramente casualizado, com três repetições. Foram determinados ainda os coeficientes de correlação de Pearson entre as variáveis pH do meio, proteína extracelular, biomassa celular, diâmetro médio da colônia (DMC), diâmetro médio do halo (DMH), índice enzimático (IE) e atividade amilolítica das bactérias selecionadas. Dos 19 isolados com atividade amilolítica em meio YMA modificado, sete (36,8%) exibiram "IE" ≥ 2,1, o que permite considerá-los bons produtores de amilase. Os "IE" apresentados pelos isolados INPA R-987, 950 e 915B foram significativamente inferiores (p < 0,01) aos mostrados pelas bactérias INPA R-926, 975 e 957. A atividade amilolítica variou significativamente (p < 0,01) entre as bactérias investigadas. Os isolados INPA R-975 e R-926 apresentaram, respectivamente, a maior (1,00 U.min -1 .mL -1 ) e a menor (0,31 U.min -1 .mL -1 ) média de atividade. Em termos gerais, a proteína extracelular correlacionou-se positivamente com "IE" (r = 0,52*; p < 0,05) e "DMH" (r = 0,55*; p < 0,05). A biomassa celular apresentou correlações positivas com atividade amilolítica (r = 0,55*; p < 0,05) e "DMH" (r = 0,54*; p < 0,05) e negativa com o pH final do meio de cultivo (r = 0,93**; p < 0,01). Palavras-chave: atividade amilolítica; rizóbios; farinha de pupunha; Amazônia Central. AbstractAmylases are among the most important industrial enzymes and are of great significance in present-day biotechnology. Although they can be derived from various sources, enzymes from microbial sources are generally the most required by industry. Species of the genus Bacillus are considered to be the main sources of amylases, although screening for new microbial sources is increasing all over the world. The objective of the present study was to evaluate the production of amylase by indigenous rhizobia, using peach palm flour as substrate. In this study, a completely randomized experimental design was adopted with three replicates. Pearson's correlation coefficients were calculated for medium pH, extracellular protein, cellular biomass, mean colony diameter (MCD), mean halo diameter (MHD), enzymatic index (EI) and amylolytic activity variables from the bacteria selected. Out of the 19 rhizobia strains with amylolytic activity on modified YMA, seven (36.8%) strains showed "EI" ≥ 2,1, and they were considered as good producers of amylase. The "IE" presented by bacteria INPA R-987, R-950 and R-915B were significantly lower (p < 0.01) than those shown by the ...
Six isolates of indigenous rhizobia of Central Amazonia were screened for the production of amylases in liquid media using various starchy substances as carbon sources. All rhizobia strains could produce more extracellular protein, biomass and amylases with the different kinds of carbon substrates. Among the carbon sources tested maltose was the best substrate for protein and amylase production. In general, peach palm flour and corn starch (maizena ® ) were also considered to be good carbon sources for rhizobia amylases. On the other hand, the biomass production by the rhizobia isolates was higher in the presence of oat flour. INPA strain R-926 was a good amylase producer in maltose (1.94 U) and corn starch (0.53 U) media. INPA strain R-991 was also a good amylase producer in maltose (1.66 U) and corn starch (1.59 U) yielding significant extracellular amylase. Correlation analysis showed significant and positive relationships between rhizobia amylases and final pH (r = 0.49, P < 0.05), extracellular protein (r = 0.47, P < 0.47) and biomass production (r = 0.69, P < 0.01) in the maltose medium. The results obtained in this study revealed several Central Amazonian rhizobia strains as promising sources of amylase for biotechnological applications, especially in starch industry.
A associação rizóbia x leguminosa contribui para enriquecer o solo com nitrogênio por meio da fixação biológica. Entretanto, pouco se conhece a respeito do perfil enzimático desses microrganismos. Nesse contexto, a presente investigação propõe avaliar a produção de enzimas hidrolíticas extracelulares por isolados de rizóbia nativos da Amazônia Central. Essa triagem constitui o primeiro passo na seleção de microrganismos nativos que são potencialmente exploráveis como produtores de enzimas. Foram testados 67 isolados nativos de rizóbia para as atividades amilolítica, celulolítica, lactolítica, lipolítica, pectinolítica e proteolítica, em meio YMA modificado. A atividade ureolítica foi detectada em meio ágar-uréia. As bactérias isoladas dos nódulos de feijão caupi mostraram maior capacidade em produzir enzimas do que os isolados bacterianos de soja. De todas as enzimas hidrolíticas avaliadas, apenas a pectinase não foi detectada neste estudo. Amilase (32,8%), protease (28,4%), urease (20,9%) e carboximetilcelulase (9,0%) foram as enzimas mais freqüentes produzidas pelos isolados. Neste trabalho, apenas as enzimas amilase e protease variaram significativamente entre os isolados de rizóbia. Os isolados INPA R-926 e INPA R-915 exibiram os maiores índices amilolíticos (IE = 3,1) e proteolíticos (IE = 6,6), respectivamente. Este estudo revelou alguns isolados de rizóbia nativos da Amazônia Central como fontes promissoras de enzimas de importância industrial para uso biotecnológico.
O cultivo da pupunheira (Bactris gasipaes Kunth) é realizado em toda Amazônia. O pico da safra coincide com a estação chuvosa e os frutos, em cachos, são comercializados em feiras na forma in natura. Pesquisas mostram diferenças na concentração da maioria dos constituintes químicos do fruto [2], porém, para os consumidores, apenas a de lipídios e carboidratos influem na preferência e delimitam a finalidade de uso. A população da Amazônia conserva e/ou utiliza os frutos de diversas formas, tais como: desidratação (farinha), apertização (juntamente com xarope de açúcar ou salmoura), fritura (como tira-gosto para acompanhar bebidas) e cocção (com ou sem adição de sal). A conservação e processamento ainda são realizados de forma artesanal e em escala doméstica; porém, quantidades maiores são processadas em algumas regiões produtoras, destacando-se as do projeto Reca (Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado) e Aspruve (Associação dos Produtores Rurais Vencedora) em Rondônia. Na região, o potencial econômico dos frutos da pupunheira decorre da grande aceitação e diversas formas de consumo [10], alta qualidade alimentícia em função de seu valor energético e pró-vitamínico [21] e alta produtividade agrícola [1].A característica amilácea da pupunha indica sua utilização para produção de farinhas [1,5,14] e de bebidas alcoólicas [15,16,17,19]. Bebidas alcoólicas fermentadas são produzidas e consumidas, geralmente, em ocasiões comemorativas, por indígenas da Amazônia e dos Andes. Dependendo da região e da etnia, há variações nas matérias-primas e no tempo de fermentação, porém, a hidrólise do amido pela incorporação da ptialina salivar, durante a mastigação prévia da matéria-prima é RESUMOCom frutos de pupunha (Bactris gasipaes Kunth) e fermentação natural, índios na Amazônia produzem uma bebida alcoólica turva, densa, com resíduos de polpa, denominada de caiçuma. Pesquisas realizadas no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia mostram que com hidrólise enzimática do amido, fermentação por Saccharomyces cerevisiae e filtração adequada, a limpidez e características desejáveis podem ser obtidas. Este experimento teve por objetivo aumentar o rendimento em bebida e facilitar o processo pelo aumento da proporção água:polpa no mosto e exclusão da hidrólise enzimática do amido, respectivamente. A composição química da polpa dos frutos in natura e cozidos foi determinada, e com a polpa cozida e autoclavada foi preparado o mosto completando-se a quantidade de substrato com a adição de xarope de sacarose. Após a inoculação com Saccharomyces cerevisiae a fermentação foi monitorada diariamente por sete dias através de análises químicas. A bebida foi caracterizada quanto à composição química, edulcorada e analisada sensorialmente. A cocção e autoclavagem ocasionaram hidrólise parcial do amido presente na polpa. A evolução da fermentação foi mostrada pelo consumo de açúcares e produção de ácidos e álcool. O rendimento em bebida (± 60%), graduação alcoólica de 12,1% (v/v), atraente coloração alaranjada clara, limpidez, sabor ...
Pejibaye flour (Bactris gasipaes Kunth, also known as peach palm) produced in Nova California and Extrema in Rondonia, Brazil, was tested for farinographic characteristics. It was also studied for its possible use in producing food pastas, using a mixture containing 15% pejibaye flour (PF) and 85% wheat flour (WF). In terms of the farinogram characteristics of the mixed flour, when compared with WF, there was an increase in values for water absorption, arrival and development times, as well as the tolerance index; on the other hand, there was a decrease in stability and departure times. In the cooking test for spaghetti and twist noodles, it was found that adding PF to the pasta did not significantly alter its characteristics of quality and texture.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
334 Leonard St
Brooklyn, NY 11211
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.