Este ensaio teórico desenvolveu um estudo sobre as racionalidades instrumental e substantiva nas organizações do terceiro. O terceiro setor surge para fazer frente à incapacidade do Estado em atender às demandas da sociedade. Diferente das organizações produtivas, cujas ações são motivadas pela racionalidade instrumental, sua lógica é voltada para valores como solidariedade, reciprocidade e satisfação social. Por esse motivo, essas organizações são consideradas como substantivas, ou seja, suas ações são motivadas pela racionalidade substantiva. Observa-se, hoje, que a racionalidade instrumental se faz presente no terceiro setor, no qual se espera predominância da racionalidade substantiva. Contudo, como é possível afirmar que essas organizações são motivadas predominantemente pela racionalidade substantiva? A partir da utilização de um método adaptado do modelo de análise de racionalidade nas organizações proposto por Serva et al. (2015), o objetivo deste ensaio foi identificar as expressões das racionalidades instrumental e substantiva nas organizações do terceiro setor. Após a análise teórica, foi possível identificar as expressões das racionalidades instrumental e substantiva nas organizações do terceiro setor e constatar a predominância da racionalidade substantiva nessas organizações. Submetido em: 06/08/2019Aceito em: 25/10/2019
Devido ao caos socioeconômico, começa-se a questionar o papel do Estado em garantir o bem comum da sociedade. Surgem desse contexto novos atores com propostas alternativas frente às demandas da sociedade, entre os quais se destaca o Terceiro Setor. Esse setor apresenta, ainda, papel impreciso, que pode ir da prestação de serviços sociais à defesa de direitos civis, pressionando, fi scalizando, tanto o Estado como o mercado. Assim, objetivando traçar seu perfi l, na cidade de Londrina, realizou-se um estudo exploratório descritivo de natureza quantitativa.
A partir da análise do discurso dominante de sustentabilidade (de Brundtland), este artigo tem por objetivo apresentar uma proposta alternativa a ele, tendo como perspectiva a Teoria do Pensamento Complexo de Edgar Morin. Diante dos problemas engendrados pelo atual modelo de desenvolvimento, destacamos que o discurso de sustentabilidade de Brundtland segue a mesma lógica que levou à humanidade a uma série crise, por isso tem se mostrado insuficiente para compreender e atender a complexidade dos problemas socioambientais atuais. Como resposta, propomos uma reflexão construída sob a perspectiva da sociedade e do meio ambiente, orientada por novos valores e saberes: a sustentabilidade complexa. Além das dimensões clássicas, social, ambiental e econômica, a sustentabilidade complexa incorpora ao discurso de sustentabilidade quatro outras dimensões: a política, a cultural, a espacial e a interior.
Este artigo apresenta relatos de uma experiência de Economia Solidária, o caso da Cooperativa de Costureiras Unidas Venceremos - Univens. Com a ascensão do neoliberalismo e o crescimento do desemprego, em 1996, um grupo de mulheres desempregadas de uma comunidade da cidade de Porto Alegre/RS, viram na formação da cooperativa uma oportunidade de trabalho, geração de renda e inclusão social. É comum em estudos de empreendimentos de corte coletivista, como o caso da Univens, especificamente ligado à Economia Solidária, um confronto entre o modelo organizacional desejado talhado numa perspectiva idealista e a realidade vivida nesses empreendimentos. Por isso, o objetivo deste estudo foi identificar as principais aderências e distanciamentos da experiência da Univens em relação aos princípios que fundamentam a Economia Solidária. Utilizando-se de procedimentos metodológicos qualitativos, procuramos compreender o processo de organização e desenvolvimento da cooperativa diante de um contexto socioeconômico adverso. Para a realização da coleta de dados foram utilizados três instrumentos: a pesquisa documental, a entrevista semiestruturada e a observação direta. As análises foram realizadas a partir da triangulação dos instrumentos de coleta de dados e os dados ordenados em três categorias: desenvolvimento histórico, processos de gestão, desafios e problemas. Como resultados, identificamos que a Univens utiliza princípios do modelo de autogestão; que o processo produtivo é dividido em três etapas (corte, costura e serigrafia), demonstrando uma clara divisão do trabalho; e que as fragilidades da cooperativa são decorrentes da sazonalidade dos pedidos e da falta de capacitação das cooperadas e das potenciais cooperantes. Conclui-se que apesar da Univens não ter superado a lógica capitalista, é preciso considerar o potencial transformador de suas práticas como forma de resistência as organizações capitalistas. Palavras-chave: Economia solidária. Cooperativismo. Empreendimentos solidários. Univens.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.