A pinheira (Annona squamosa L) é cultivada no Estado do Alagoas há mais de um século, sendo a principal cultura de valor econômico para centenas de pequenos agricultores. Um dos principais entraves para melhorar a produtividade da cultura é o baixo índice de polinização das flores e a conseqüente produção de frutos. Embora sejam morfologicamente perfeitas, as flores da pinheira apresentam dicogamia protogínica, fenômeno no qual a maturação dos carpelos acontece antes da maturação dos estames, inviabilizando a autofecundação. O presente trabalho objetivou estudar o efeito da polinização natural, manual e da autopolinização no número de frutos fixados em pinheiras. Foram utilizadas plantas de 4 anos de idade oriundas de pés-francos da variedade local "Crioula". As flores foram selecionadas na porção média das árvores em toda a sua circunferência. Foram utilizados os seguintes tratamentos: flores em polinização natural; flores cobertas para induzir a autopolinização; flores polinizadas com pincel usando pólen puro; flores polinizadas com pincel usando 75 % de pólen e 25 % de amido de milho; flores polinizadas com pincel usando 50 % de pólen e 50 % de amido de milho; flores polinizadas com pincel usando 25 % de pólen e 75 % de amido de milho; flores polinizadas com bomba usando pólen puro; flores polinizadas com bomba usando 75 % de pólen e 25 % de amido de milho; flores polinizadas com bomba usando 50 % de pólen e 50 % de amido de milho; flores polinizadas com bomba usando 25 % de pólen e 75 % de amido de milho. Os resultados obtidos mostraram que o uso da polinização artificial com pincel ou com bomba polinizadora aumentou em até 10 vezes o número de frutos fixados em polinização natural ou em autopolinização. A adição do amido de milho seco como veículo para o pólen não reduziu a percentagem de frutos fixados e pode ser utilizado em até 50% da mistura sem reduzir a eficiência na polinização com pincel e em até 75% com bomba.
O Bambu – <em>Bambusa</em> spp. (Poaceae) é uma planta muito utilizada na confecção de papel, objetos de arte, construção civil e naval, além de servir como alimento e remédio. Seu cultivo tem sido estimulado em Alagoas desde a criação do Instituto do Bambu em 2000, como resultado de uma parceria entre a Universidade Federal de Alagoas e o numa parceira entre a UFAL e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-AL). Dentre as dificuldades encontradas destaca-se aquisição de mudas e de colmos de bambu de espécies adequadas para suprir a demanda para os seus diferentes usos. O Laboratório de Biotecnologia Vegetal (BIOVEG) do Centro de Ciências Agrárias da UFAL vem desenvolvendo pesquisas sobre propagação convencional e micropropagação em várias espécies de bambu. Com o objetivo de desenvolver um protocolo para multiplicação <em>in vitro </em>de <em>Bambusa nutans </em>G.C. Wall ex Munro, espécie de interesse no fabrico de papel, artesanato e construção civil, testaram-se os efeitos da adição de fitohormônios (citocininas e auxinas) em meio de cultura de Murashige e Skoog (MS) na brotação e enraizamento de explantes provenientes de sementes. Os resultados mostraram que houve uma equivalência no número de brotações (8 a 12 brotos/explante) entre os tratamentos com 0,2 a 0,5 mg.L<sup>-1</sup> TDZ (Tidiazurom) e 5 a 10 mg.L<sup>-1</sup> de BAP (Benzilaminopurina). Na ausência dos fitohormonios ou com 3 mg.L<sup>-1</sup> de BAP, o número de brotações foi significantemente menor (2 brotos/explante), mas estas foram significantemente maiores e com maior número de folhas por explantes. A percentagem de enraizamento dos brotos foi influenciada pela presença de AIB (ácido indolbutírico) sendo maior (80%) na concentração de 2 mg.L<sup>-1</sup>
<em>Etlingera elatior</em> (Jack) R.M. Smith é uma planta tropical florífera. O objetivo do trabalho era desenvolver um protocolo para multiplicação <em>in vitro </em>de <em>Etlingera elatior</em>, onde foram testados os efeitos da adição da citocinina 6-benzilaminopurina (BAP) em meio de cultura de Murashige e Skoog na germinação de embriões <em>in vitro</em>. Foram ainda estudados os efeitos da adição das citocininas (BAP) e cinetina (CIN) e da auxina ácido naftaleno acético na multiplicação <em>in vitro</em> dos explantes. As plântulas com cerca de 2 cm foram cultivadas no meio de cultura (MS), enriquecido com 1 mg L-1 BAP mais um dos seguintes tratamentos: 1) 1 mg L<sup>-1</sup> ANA (Ácido naftalenoacético); 2) 2 mg L<sup>-1</sup> ANA 3)1 mg L<sup>-1</sup> CIN; 4) 2 mg L<sup>-1</sup> CIN. Os resultados mostraram que houve maior percentagem de formação de calos (30 %) em embriões excisados quando transferidos em meio de cultura com 2 mg L<sup>-1</sup> de BAP. Após 90 dias de cultivo, o maior número médio de brotos (4,4) foi obtido com 1 mg L<sup>-1</sup> BAP+2 mg L<sup>-1</sup> CIN e a maior altura média dos brotos foram obtidas na concentração de 1 mg L<sup>-1</sup> BAP+2 mg L<sup>-1</sup> ANA. O maior número e comprimento médio das raízes foram obtidos com 1 mg L<sup>-1</sup> BAP+2 mg L<sup>-1</sup> ANA. A taxa de pegamento das plântulas foi superior a 80%, as quais estavam prontas para serem transferidas para o campo aos 60 dias
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